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Cemepi deverá retomar internações no final deste mês

Após a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) credenciar o Centro Médico Pediátrico de Itabuna (Cemepi), o atendimento pelo SUS está sendo retomando, de forma gradual. De acordo com a SMS, já estão autorizados exames laboratoriais e citologia e raio-x, serviço este que é feito com autorização da Central de Regulação.

Segundo o governo, a expectativa é de que seja retomado o atendimento ambulatorial até a próxima semana depois de concluir a escala dos médicos. A promessa é de que o hospital 24 horas, com internação, passe a funcionar até o final de novembro.

A direção do hospital está reformando o espaço para o raio-x, com a finalidade de melhorar a acessibilidade para os pacientes. Com a reativação total do Hospital Cemepi, a expectativa é de que sejam realizadas cerca de 4 mil consultas por mês, e 180 internamentos. Para exames de radiologia serão disponibilizados 80/dia, e 100 exames laboratoriais também por dia.

A direção do Cemepi lembra que ainda no decorrer deste mês será realizada uma campanha com a finalidade de mobilizar a sociedade em geral para doação de materiais para reestruturação do hospital. Entre os materiais que a unidade estará recebendo doações materiais descartáveis, equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais de higiene e limpeza, dentre outros.

Augusto durante reunião falou das prioridades na saúde || Foto Divulgação
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Candidato a prefeito de Itabuna pelo PSD, Augusto Castro disse que requalificar o atendimento médico-hospitalar público será prioridade, caso eleito, com a melhoria das unidades da rede básica e da média e alta complexidade. Das primeiras medidas, segundo ele, estão a reabertura do Hospital São Lucas, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia e o Governo do Estado, e o Cemepi (antigo Ipepi) para o atendimento pediátrico.

“Vamos trabalhar nos primeiros 100 dias, a partir de janeiro de 2021, para que os cidadãos sejam atendidos nas suas necessidades na área de saúde. Atualmente, as pessoas sofrem nas filas nas unidades, na regulação e não têm atendimento razoável junto aos prestadores de serviço contratados pelo SUS. Precisamos mudar esta cruel realidade que acaba causando graves prejuízos à assistência médica e hospitalar das pessoas”, afirmou ele durante reunião com comerciantes de lanches da Praça Camacã e moradores do Banco Raso.

O Hospital São Lucas, na opinião de Augusto Castro, é um equipamento indispensável para atender as pessoas de Itabuna e da região sul do Estado que necessitam de atendimento. “O atual estágio de abandono é inconcebível. Conversei com o secretário estadual de Saúde, Fábio Villas Boas, de quem temos a garantia de recursos da ordem de R$ 2 milhões para que a unidade seja exclusivo pelo SUS com diversas especialidades”, afirmou

O candidato disse que o Cemepi voltará a atender pelo SUS para socorrer as crianças, as mães e as famílias. Augusto recordou que, como deputado estadual, conseguiu verba de R$ 400 mil, “dinheiro que está nos cofres da Prefeitura de Itabuna”. Segundo ele, o prefeito Fernando Gomes não assinou contrato com a direção do Cemepi. “Tenho confiança que, a partir do próximo ano, a unidade vai entrar em funcionamento”, assegurou.

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Raimundo Santana | [email protected]
 

O Sintesi requereu ao Ministério Público Estadual que promova uma mediação com o Município de Itabuna e a direção do CEMEPI, com vistas a tentar encontrar uma saída negociada em que os mais afetados não sejam os usuários do SUS, sobretudo os mais carentes.

 
Há uma guerra de versões sobre o fechamento do CEMEPI. A direção da unidade hospitalar alega que os recursos pagos pelo Município de Itabuna são insuficientes para manter a instituição, que funciona com 100% SUS com portas abertas, com pronto-socorro funcionando 24 horas. Afirma que só está em funcionamento, ainda, por causa do repasse mensal de um subsídio de R$ 100.000,00 que as duas gestões municipais anteriores faziam – e levantou o repasse ideal para abrir uma negociação, que já se arrasta, faz bom tempo, sem encaminhamento concreto.
Por sua vez, o secretário de Saúde, Isaac Nery, alega que já paga além do faturado pelo hospital e a direção da unidade hospitalar foi inflexível e precipitada no processo, não deixando margem para negociação que viabilize a manutenção do funcionamento do hospital. O secretário prometeu buscar uma alternativa com outro prestador que propicie a manutenção dos leitos que eram utilizados pelo CEMEPI. O hospital fazia cerca de 470 consultas/mês e cerca de 100 internamentos/mês.
Na verdade, o que está em jogo é a manutenção ou não de uma importante parcela do atendimento pediátrico em Itabuna e região com o fechamento de uma unidade hospitalar com 50 anos de serviços prestados, que emprega diretamente 46 funcionários.
Quando se fala em buscar alternativa de internamento para absorver essa demanda, não é tão simples assim. A Maternidade Ester Gomes encontra-se à beira da falência, com cerca de 7 meses de salários atrasados deixados pela gestão anterior e cerca de 3 meses de salários atrasados da atual gestão, problema com pagamento de folha médica, etc.
Já o hospital Manoel Novaes tem um papel importante no atendimento de pediatria, atendendo SUS e convênios de Itabuna e região, com uma considerável sobrecarga. A UPA chegou a ser um alento no atendimento de pediatria em nossa cidade, contudo o Município renegociou o contrato com o instituto que administra a unidade alterando de R$ 900 mil para R$ 500 mil o contrato e reduzindo os serviços. Porém, já no pagamento da primeira fatura, quitou-se apenas R$ 350 mil. Como ato final, os médicos pediram demissão coletiva.
O financiamento da SUS deveria ser tripartite (União, Estado e Município). Todavia, o gestor municipal não leva esse fato em consideração. Essa inobservância está transformando Itabuna e demais cidades da região em cemitérios de hospitais.
A partir dessa realidade, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi) requereu ao Ministério Público Estadual que promova uma mediação com o Município de Itabuna e a direção do CEMEPI, com vistas a tentar encontrar uma saída negociada em que os mais afetados não sejam os usuários do SUS, sobretudo os mais carentes.
Raimundo Santana é dirigente do Sintesi.