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Ramiro Aquino | [email protected]

E os índices cresciam. Nas vésperas do pleito os adversários se assustaram, deram um tiro no pé com a coligação estapafúrdia e a última caminhada da campanha mostrou que a vitória era certa.

Inexperiente, despreparado, tosco até, um homem nada talhado para o importante cargo de dirigir o município de Itabuna. Estas foram algumas das afirmações que fizeram em torno de José Nilton Azevedo Leal, no máximo considerado gente boa, um amável diretor do órgão de trânsito da cidade, que seria eleito fácil para a Câmara Municipal, mas que não servia para Prefeito de Itabuna.

Quando resolveu lançar o seu nome à sucessão de Fernando Gomes, em 2008, esperou do amigo o apoio incondicional, que não veio, especialmente porque patinava num desconfortável índice entre 1 e 2 pontos nas primeiras pesquisas de intenção de voto.

O obstinado Capitão da Reserva da PM me confidenciou um dia num café da manhã na Facsul: “Rapaz, não pensei que a coisa era tão difícil. Alguns partidos tem me procurado para oferecer apoio, mas falam logo em dinheiro. Onde vou arranjar 100 ou 200 mil? E mesmo que arranjasse não pagaria. Mas não vou desistir, vou de porta em porta buscar o voto em todos os lugares”.

E assim o fez. Suas andanças olímpicas, de homem acostumado aos exercícios militares, deixavam os correligionários para trás nas ladeiras calçadas ou nos morros íngremes dos bairros mais simples, sem qualquer beneficiamento e até mesmo quando caminhava na planície, pedindo o voto a quem encontrava.

O carisma do Capitão, a empatia com o povo mais simples, o carinho com as crianças, recebiam uma contrapartida que o entusiasmava. Maria Alice, desgarrada da indecisão de Fernando Gomes, reuniu uma equipe que sonhava com o que poucos acreditavam, o crescimento da campanha. E os índices cresciam. Nas vésperas do pleito os adversários se assustaram, deram um tiro no pé com a coligação estapafúrdia e a última caminhada da campanha mostrou que a vitória era certa.

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Os fornecedores da Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa) estão enfrentando atrasos superiores a dois meses no pagamento por serviços como os de caminhão-pipa. A denúncia é feita por fornecedores vítimas da falta de pagamento.

Dois deles alegam que o atraso é superior a 90 dias e criticam a falta de informação por parte da presidência da empresa. Os caminhões-pipas são utilizados para suprir a falta de água em locais onde a rede distribuição não existe ou é insuficiente para abastecer clientes domiciliares.

QUEDA DE ARRECADAÇÃO

A assessoria de comunicação da Emasa alegou queda na arrecadação nos meses de abril e maio para justificar o atraso no pagamento aos donos de caminhões-pipas. “A presidência informa que os pagamentos relativos a 60 dias estão regularizados”, disse o assessor Joselito dos Reis ao PIMENTA.

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Sena descarta disputa.

O ex-vereador Luís Sena (PCdoB) jogou água fria na fervura (e na guerra) eleitoral em Itabuna ao anunciar que, legalmente, não poderá disputar o cargo de vice-prefeito este ano, substituindo o colega de partido, Wenceslau Júnior, na chapa encabeçada por Vane do Renascer (PRB).

– Nem desincompatibilizado eu estou, como vou ser candidato? Além de tudo, já oficializei para a imprensa: em 2012 não serei candidato. Estarei à disposição da coligação para coordenar, pedir votos e ajudar no plano de governo – disse em entrevista ao Políticos do Sul da Bahia.

Quanto à reunião ocorrida no sábado, Sena disse que se tratou de encontra para planejar a campanha de Vane. Ele ainda falou do imbróglio envolvendo o PSD. “Vamos aguardar para ver como fizeram a ata”. O partido é disputado pela Frente Partidária, encabeçada por Vane, e pelo PT de Juçara Feitosa.

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O promotor público e coordenador do Núcleo de Defesa da Mata Atlântica, Yuri Lopes de Mello, disse ao PIMENTA que o arquivamento da denúncia de plágio no estudo do Porto Sul não significa o fim da investigação (entenda clicando aqui). O arquivamento se deu apenas na promotoria em Itabuna devido a controle obrigatório do Conselho Superior do MP. O caso continuará sendo acompanhado pela promotoria de Ilhéus.

Segundo Yuri Lopes, a promotoria em Itabuna “não abriu, diretamente, investigação” do caso, mas, como solução técnica, recomendou ao Ibama apurar o suposto plágio. “A equipe técnica do Ibama possui as condições mais adequadas para avaliar a existência de plágio e o eventual impacto na estrutura do estudo”. O MP, completa, aguarda posicionamento do Ibama quanto à denúncia.

Cópia do procedimento foi enviada ao MP em Ilhéus para que seja anexada ao inquérito civil público que analisa o Complexo Porto Sul. O inquérito é conduzido em parceria com o Ministério Público Federal, que também acompanha a denúncia de plágio no estudo. Yuri Lopes diz que o MP tem procurado analisar o projeto Porto Sul de forma técnica e profissional, sem vinculação a posicionamento ideológico.

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Jarbas Oliver e Lelo Filho contracenam em A Bofetada (Foto Leto Carvalho).

“Não fazemos teatro de puro entretenimento, mas de reflexão”, afirma o ator, produtor e diretor da peça A Bofetada, Lelo Filho, da Cia Baiana de Patifaria. Ele teve um dedinho de prosa com o PIMENTA na quinta, 5, um dia antes de iniciar a série de três apresentações da peça no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna.

A Bofetada tem 24 anos de apresentações contínuas pelo País e interior baiano com o texto sempre renovado de ingredientes a partir de pesquisas de situações locais.

Lelo disse que na curta temporada em Itabuna não faltarão críticas bem-humoradas. “Fizemos pesquisa para ver o que está acontecendo [na cidade] e sobre coisas que se pode mencionar no texto. É um espetáculo renovável”, resumiu.  A seguir, os principais trechos da prosa.

PIMENTA – Como tem sido a experiência de levar ao público um espetáculo como este por tanto tempo?

LELO FILHO – A Bofetada é um espetáculo que se renova o tempo inteiro. A cada nova temporada, a cada cidade visitada, a gente sempre insere alguma coisa. A Bofetada comemora 24 anos. É um trabalho de ator, bacana. Para quem fez ou está fazendo, é um trabalho de memorizar coisas novas. A gente monta o espetáculo como se tivesse sido feito em cada lugar que a gente visita.

Nesses 25 anos, dá para sentir renovação de público no interior da Bahia, onde há carência de produção, espetáculos e espaços teatrais?

Com A Bofetada, a gente percorreu 50 cidades do Brasil. O interior da Bahia sempre. Foram longas temporadas no Rio, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte. Só não fizemos a região Norte. Acredito que o espetáculo também seja responsável pelo bom momento do teatro baiano, que começou na virada dos anos 80 e 90, quando se chamou o público de volta para ver espetáculos produzidos na Bahia. Quando a gente volta, a plateia se renova com gerações que não viram o espetáculo. Há cinco anos que a gente não vem a Itabuna.

 

Basta você ligar a TV e assistir ao noticiário político da cidade e do país para ter grande arsenal de piadas.

 

Você se recorda de algum fato pitoresco envolvendo o espetáculo em cena e a plateia nas apresentações feitas aqui na região?

Quando você fala de coisas locais, como a Ilha do Jegue, o Bairro Maria Pinheiro e a divisa com o Daniel Gomes, ou inserindo locais, coisas que o público entende, gera humor, risos. Meu personagem mora na divisa dos dois bairros. Há certa ironia. A gente faz com o intuito de aproximar, o que acaba ficando até mais engraçado.                                                                      

Muitas mudanças no elenco durante esse longo período?

Sou o único ator da formação original. Pelo espetáculo, já passaram 14 atores. O atual núcleo tem Alexandre Moreira, Jarbas Oliver, Nilson Rocha e eu. Em paralelo, estamos com o espetáculo Siricotico, que já esteve em Itabuna, uma das poucas cidades baianas a recebê-lo.

Deve ser prazeroso fazer A Bofetada com o texto renovado. Ainda há muito a oferecer ao espectador?

O Brasil é país rico em fornecer material. Basta você ligar a TV e assistir ao noticiário político da cidade e do país para ter grande arsenal de piadas. Não que seja uma coisa boa, mas, na verdade, a gente ironiza essas mazelas todas para que a plateia reflita. Não fazemos teatro de puro entretenimento, mas de reflexão.

Serviço
Peça A Bofetada (Cia Baiana de Patifaria)
Quando: 7 e 8 de Julho / 20h
Onde: Centro de Cultura Adonias Filho (Itabuna)
Ingresso: R$ 40,00 (R$ 20,00 meia)

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O PSD de Itabuna corre sério risco de ficar fora da disputa em Itabuna. O partido ainda é disputado pelo PT de Juçara Feitosa e a Frente Partidária, que tem Vane do Renascer como candidato. Juçara teria refeito atas para agregar – novamente 0 o PSD.

A assessoria jurídica da Frente Partidária analisa a possibilidade de ingressar com ação para evitar que o PSD caia, de vez, nos braços de Juçara, já que as atas da frente foram fechadas com assinaturas do PSD. Ou seja, teoricamente, o partido estaria garantido a Vane.

O porém: o governador Jaques Wagner entrou no jogo e forçou a dupla Otto Alencar-Edson Pimenta a mudar de endereço na velha Tabocas, entregando os 2min02s de tempo de TV e rádio da legenda a Juçara.

A frente sinalizou que não vai deixar barato. “Não colocamos faca no pescoço de ninguém”, justifica um dos assessores da frente. Caso a ação vingue, o PSD ficará sem candidato a vereador nestas eleições e o tempo será rateado entre as chapas majoritárias e proporcionais.

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Hoje começou a campanha eleitoral em todas as cidades brasileiras, mas o itabunense pode ver comédia besteirol de verdade – e das melhores – com a peça A Bofetada. O bando de Fanta Maria se apresenta hoje, amanhã e domingo (dias 6, 7 e 8), sempre às 20h, no Centro de Cultura Adonias Filho.

A peça da Companhia Baiana de Patifaria entra no 24º ano e já foi assistida por mais de um milhão de pessoas em palcos de todo o País. Ingressos podem ser adquiridos na Central do Ingresso, Bicho Festeiro e na portaria do Centro de Cultura. O ingresso custa R$ 40,00 (R$ 20,00 a meia).

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Vieira: falta concorrência.

O vice-prefeito Antônio Vieira afirmou que Capitão Azevedo (DEM) é favorito para ganhar a eleição em Itabuna. “Vai ganhar porque não tem concorrência. A briga da esquerda favorece Azevedo”, disse ao PIMENTA há pouco.

Filiado ao DEM, o médico disse que não é “político subserviente a ninguém” ao explicar os motivos que o levaram a desistir da disputa eleitoral de 2012 na chapa do prefeito e candidato à reeleição.

Além de vice-prefeito de Itabuna, Vieira comandou a Secretaria de Saúde até o final de 2010, quando foi substituído no cargo por Geraldo Magela.

O médico disse que ainda hoje solicitou ao prefeito que promova melhorias nos acessos à concessionária Ville Peugeot, na Avenida J.S.Pinheiro, que passou por reforma e ampliação. “A empresa vai gerar mais 50 novos empregos”, justificou.

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Os servidores da Saúde ameaçam entrar em greve na próxima terça, 10, caso a Prefeitura de Itabuna não faça pingar na conta bancária o salário de junho. Até ontem à noite, nada. A direção do Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais (Sindserv) critica os atrasos constantes na saúde.

Os servidores ensaiam grande protesto contra o prefeito Capitão Azevedo, tudo na tentativa de fazer com que se respeito, no mínimo, o prazo legal para quitar salário, o quinto dia útil de cada mês subsequente.

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Porto Seguro ganha hoje uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24h, inaugurada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o secretário estadual da Saúde, Jorge Solla.

E quem perguntar pela UPA de Itabuna, prometida em 2009, saiba que a resposta é a mesma de tempos atrás: nada.

Não por acaso, Jorge Solla – e, por consequência, Jaques Wagner – não tem sido bem-vindo ao município sul-baiano.

 

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Davidson comemora resultados.

A Bahiagás apareceu em segundo lugar entre as empresas de petróleo e gás com melhor desempenho no País, conforme ranking divulgado elaborado pelo jornal Brasil Econômico. A levantamento está publicado no anuário Melhores do Brasil.

O presidente da companhia, Davidson Magalhães, comemorou o fato de a Bahiagás ficar atrás apenas da multinacional Petrobras e superar gigantes ou tradicionais como a Repsol, Manati e CEG Rio.

– A Bahiagás vem se consolidando como uma das mais expressivas empresas de gás do país justamente por levar a nossa matéria-prima para cada vez mais baianos.

A empresa baiana tem projetos de R$ 240 milhões em investimentos até 2015. A Bahiagás quer chegar a novos polos consumidores, como Porto Seguro e Teixeira de Freitas, no extremo-sul baiano, e Vitória da Conquista, Jequié, Brumado e Itapetinga, no sudoeste do Estado.

De acordo com Davidson, estes municípios possuem mercado potencial de aproximadamente 400 mil metros cúbicos de gás, por dia. O fornecimento de gás a estas localidades será feito, afirma, por meio de gás natural comprimido e gás natural liquefeito.

Até o segundo semestre, a empresa entrega projeto e deflagra licitação para a malha do gasoduto Ilhéus-Itabuna, interligando o city-gate de Itabuna ao município do litoral sul.

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A Prefeitura de Itabuna iniciou, ano passado, obras de reurbanização do bairro São Roque. Era algo para ser concluído em menos de três meses, mas só agora se fala em “acelerar a obra”.

Sobrou para o prefeito José Nilton Azevedo (DEM).

Devido ao ritmo lento das obras federais tocadas pelo município no São Roque e em outras partes de Itabuna, o prefeito ganhou apelido novo: Capitão Barrichello.

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Na passeata, professores ganham apoio do PSTU e de  sindicatos controlados pelo PCdoB.

Professores da rede estadual em greve há 85 dias vestiram-se de preto e caminharam pela Avenida do Cinquentenário, hoje, em nova manifestação contra o governo baiano. O protesto foi organizado pela Associação dos Professores de Itabuna (API/APLB) e contou com a participação de representantes da OAB-Itabuna, sindicalistas ligados ao PCdoB e de partidos como o PSTU, que exibiu cartaz em que chama o governador Jaques Wagner de “traidor”.

Os professores grevistas estão há dois meses sem receber salário. Para voltar à sala de aula, eles exigem reajuste salarial de 22,22% para todos os padrões, revogação da Lei 12.578/2012 e abertura das contas do Fundeb.

A Lei 12.578, aprovada pela Assembleia Legislativa baiana, é considerada prejudicial à categoria porque, no entendimento dos manifestantes, transforma salários em subsídios, não podendo ser incorporados à aposentadoria.

Os educadores esperam que o governo abra as contas do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para provar se – como afirma o governo – não há condições de pagar o reajuste exigido pela categoria.

Há quase 20 dias o governo rompeu o diálogo com a categoria. Exige o retorno dos professores à sala de aula para retomar negociações e regularizar salários. A gestão oferece reajuste parcelado para novembro deste ano e abril de 2013 e afirma que o reajuste oscilará entre 22% e 26%.

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Polícia apresenta os traficantes Acácio e Rodrigo (ambos de costas) e Rafaela.

Dois homens e uma mulher foram presos na madrugada desta quarta-feira, 4, transportando 42 quilos de maconha. A ação da Polícia Civil de Itabuna foi comandada pelo coordenador regional da 6ª Coorpin, Moisés Damasceno, contando com o apoio de policiais de Vitória da Conquista e Jequié.

O trio preso em flagrante foi identificado como sendo Acácio Souza Santos, 23 anos, Rodrigo Marques dos Santos, 29, e Rafaela Moraes dos Santos, 30, que serão recambiados para Jequié. Os três ocupavam um veículo VW Fox prata na rodovia BR-116, depois de terem feito uma suposta entrega da droga no município de Cândido Sales, no sudoeste baiano.