Jean Prates acena com possível redução do preço da gasolina || Foto Tomaz Silva/ABr
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Um dia após a Petrobras anunciar a redução do preço do diesel, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse, nesta quinta-feira (23), no Rio de Janeiro, que a estatal pode diminuir o preço da gasolina. “Sempre que a gente puder vender mais barato para o consumidor brasileiro, a gente vai fazê-lo”, afirmou ao ser questionado se a empresa deve baixar o preço da gasolina este mês.

Após participar do lançamento do “Caderno FGV [Fundação Getúlio Vargas] Energia de Gás Natural”, Prates destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma”.

“Não aceito o dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional com o preço de mercado de acordo com o nosso cliente. [A] cliente bom você dá desconto. É a política de empresa”, explicou.

REFERÊNCIA INTERNACIONAL 

Acrescentou que o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional. “Não quer dizer que eu tenho que andar exatamente em cima da linha do preço do importador. É bem diferente. Não quer dizer que eu vá me afastar, me isolar e virar uma bolha no mundo. Temos que seguir a referência internacional. Se lá fora o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias, eu tenho que corresponder para o consumidor final. Mas eu não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar”.

Durante o evento, o presidente da Petrobras ressaltou que a companhia vai investir na infraestrutura para transporte, escoamento e distribuição do gás natural, que ele apontou como entraves para o mercado do gás. Informações d´Agência Brasil.

Jean Paul Prates renuncia ao Senado para assumir estatal || Foto Agência Senado
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O Conselho Administrativo da Petrobras referendou, nesta quinta-feira (26), a indicação de Jean Paul Prates para a presidência da empresa. Perto do fim do mandato, ele renunciou ao cargo de senador pelo PT do Rio Grande do Norte.

Dos desafios à espera do novo presidente da estatal, sobressai-se a política de preços da companhia. Criticada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a paridade de preço por importação estabelece os preços dos combustíveis vendidos no Brasil com base nos praticados no mercado internacional, cotados em dólar.

Na campanha, Lula prometeu mudar os parâmetros para a formação dos preços internos da Petrobras, já que o Brasil é dos maiores produtores de petróleo do mundo. Indicado ao cargo pelo presidente, Jean Paul Prates também é crítico da equiparação dos preços domésticos aos internacionais.

Jean Paul Prates é indicado para presidência da Petrobras || Foto PT
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O Governo Lula encaminhou ao Conselho de Administração da Petrobras a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para a presidência da estatal, nesta quinta-feira (12), conforme nota divulgada pela empresa. Agora, o nome do senador precisa ser aprovado pelo conselho da empresa e referendado pela Assembleia Geral dos Acionistas.

Prates foi eleito como primeiro suplente de Fátima Bezerra, em 2014. Ele assumiu o cargo no Senado Federal, em janeiro de 2019, depois que a titular renunciou para assumir o governo do Rio Grande do Norte. Seu mandato como senador se encerra em 31 de janeiro deste ano.

Ao longo dos governos de Bolsonaro e Michel Temer, Jean Paul Prates fez duras críticas à política de preços por paridade internacional, conhecida como PPI, que impõe a cotação dos mercados internacionais aos preços dos derivados de petróleo vendidos no Brasil.

A Presidência da Petrobras está sendo ocupada interinamente por João Henrique Rittershaussen desde 4 de janeiro deste ano, quando o então presidente, Caio Paes de Andrade, renunciou ao cargo.