Senador Otto Alencar e Tonho de Anízio exibem camisas de divulgação de Itacaré
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Nos dois últimos dias, o prefeito Tonho de Anízio (PT) articula com a bancada baiana no Congresso Nacional pela inclusão de emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) para obras de pavimentação da estrada que liga Taboquinhas e a BR-101, a BA-654. Ontem e hoje (7 e 8), o prefeito e o secretário de Turismo e Cultura, Marcos Japu, se reuniram com deputados federais e senadores baianos para apresentar a proposta.

Os deputados Elmar Nascimento (UB), João Leão (PP), Jorge Solla (PT), Paulo Magalhães (PSD), Alice Portugal (PCdoB), Bacelar (PV), Neto Carletto (PP), Daniel Almeida (PCdoB), Márcio Marinho (REP) e Raimundo Costa (POD) e os senadores Angelo Coronel (PSD), Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT) receberam a proposta. O asfaltamento do trecho de 20 quilômetros é defendido por prefeitos e lideranças de entidades como a CDL de Ubaitaba e Aurelino Leal.

A estrada pavimentada, afirma Tonho de Anízio, será vetor de desenvolvimento para a região forte em agricultura familiar e ecoturismo e atividade pesqueira. “Com a rodovia pavimentada, moradores e turistas de regiões como Vitória da Conquista, Ipiaú e Jequié terão acesso mais rápido ao litoral através de Taboquinhas”, afirma Anízio.

Hoje, segundo o prefeito, a obra estaria orçada em cerca de R$ 25 milhões. O Governo do Estado asfaltou trecho de 19 quilômetros que liga Taboquinhas à BA-001. A pavimentação do trecho Taboquinhas até a BR-101 formaria um corredor dos mais ricos em biodiversidade e atrativos naturais para o ecoturismo e ainda ajudaria a escoar a produção local.

O prefeito Tonho de Anízio e o deputado Solla, ambos ao centro, em audiência no MinC

CULTURA

Nas audiências em Brasília, Tonho de Anízio e Marcos Japu também trataram de recursos para as áreas turísticas e cultural. Na terça-feira (27), o prefeito teve audiência com os principais assessores da ministra da Cultura, a baiana Margareth Menezes, que não pôde participar da audiência por ter sido convocada para reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Com a intervenção do deputado Jorge Solla, tivemos uma excelente audiência em que tratamos de propostas para captação de recursos por meio da Lei Rouanet para as atividades culturais e do Carnaval de 2024”, disse Tonho de Anízio.

O secretário de Turismo e Cultura, Marcos Japu, afirma que, ainda como resultado da audiência no MinC o município tratará de recursos e ações com a Fundação Palmares e com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A audiência foi definida como muito proveitosa pelo assessor parlamentar do Ministério, o ex-deputado Amauri Teixeira, que se disse surpreso com as riquezas culturais de Itacaré.

Jerônimo também repreende João Leão por fala da pré-campanha
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O governador eleito da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que o silêncio do presidente Jair Bolsonaro (PL) não corresponde ao esperado de um líder político derrotado num processo eleitoral. Bolsonaro ainda não se manifestou após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva para o terceiro mandato presidencial, no último domingo (30).

– É um comportamento miúdo, um presidente da República não reconhecer o processo democrático. O Brasil deu outra aula de democracia. Ele podia ao menos dizer assim: olha, eu tô machucado, tô ferido, mas eu quero que o Brasil ganhe, saia ganhando. Não fez isso – declarou Jerônimo, hoje (1º), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador.

De acordo com o governador eleito, os mandatos que os eleitores concederam a ele e a Lula trazem consigo a responsabilidade da pacificação. Isso num contexto em que, segundo Jerônimo, Bolsonaro atua para aumentar as fraturas sociais do país.

“Ele fez um riscado no chão e disse assim: tem dois Brasis. Não tem dois povos brasileiros, só tem um povo brasileiro. Claro que tem uma disputa, mas a gente vai ter uma missão muito grande, Mário [Kertéz], de unir esse Brasil, de não criar uma coisa de quem é verde-amarelo, de quem é azul, de quem é vermelho, essa missão é nossa”, concluiu.

ADVERTÊNCIA

Jerônimo Rodrigues também criticou o vice-governador e deputado federal eleito João Leão (PP), que deixou a base do Governo Rui Costa, em março passado, e apoiou a candidatura de ACM Neto ao Governo da Bahia. Ao sair da coalizão partidária liderada pelo PT, Leão disse que Neto venceria a eleição no primeiro turno, com mais de 60% dos votos, e que daria “um couro” nos adversários.

Para o governador eleito, o modo como o atual vice-governador se expressa não dá bom exemplo. “O senhor envergonha a gente. Esse tratamento não cabe mais na política brasileira nem baiana”, admoestou Jerônimo, dirigindo-se a João Leão.

João Leão também mudou de lado na disputa nacional. Quando rompeu com o PT, ele disse que ainda apoiaria Lula, mas, depois de eleito, anunciou apoio a Bolsonaro.

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O pré-candidato a governador ACM Neto (UB) refutou, nesta terça-feira (3), a hipótese de que a desistência do vice-governador João Leão de concorrer ao Senado teria sido motivada por pesquisa qualitativa. Leão abriu caminho para o filho, o deputado federal Cacá Leão, que assume a vaga do PP na majoritária oposicionista.

– Essa mudança não tem nada a ver com pesquisa. Eu não pedi que houvesse absolutamente nenhuma mudança. Volto a dizer: estava muito feliz e satisfeito com Leão nessa caminhada. Foi uma decisão exclusivamente do Progressistas. Quero dizer a vocês que eu tinha total confiança na vitória de Leão para o Senado e tenho total confiança na vitória de Cacá – disse Neto.

A mesma hipótese negada por Neto trazia, segundo a pergunta feita na coletiva, a interpretação de que a mudança na chapa e a consequente diminuição da sua média etária favoreceriam a escolha de uma figura experiente para a vice. Foram citados os nomes do deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) e do ex-prefeito de Feira de Santana Zé Ronaldo (UB).

Na resposta, Neto afirmou que os partidos têm direito de pleitear a vaga. “Por outro lado, tenho direito de avaliar os nomes que estão sendo apresentados. Todos com muita qualidade. Vamos buscar, é claro, um nome que possa complementar ainda mais o que a gente vem fazendo até aqui”.

Ele acrescentou que, por ora, a escolha do vice não está em pauta. “No momento em que a gente decidir, essa decisão não será só minha. Será uma decisão compartilhada com os partidos”.

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Há pouco, em entrevista coletiva, o vice-governador João Leão confirmou a retirada da sua pré-candidatura ao Senado Federal. Seu filho e correligionário no PP, o deputado federal Cacá Leão assume a vaga na chapa que tem ACM Neto (UB) como pré-candidato a governador.

O vice-governador, aos 76 anos, admitiu que o ritmo da pré-campanha majoritária pesou na mudança. “Por que isso? Porque eu aguentar o ritmo da ligeireza antes era tranquilo, mas aguentar o ritmo do bonitão aqui não é fácil não, viu, gente? Mas não é fácil mesmo!”, repetiu, dirigindo-se a ACM Neto, sentado ao seu lado.

Numa referência velada ao apelido do governador Rui Costa (PT), chamado de correria, Leão sublinhou a palavra ligeireza. A brincadeira arrancou sorriso de Neto.

Ainda no pronunciamento que antecedeu a coletiva, Leão enfatizou que a escolha de Cacá foi coletiva, envolvendo prefeitos, deputados e o secretário-geral do PP na Bahia, Jabes Ribeiro. “Não fui eu que decidi, não, viu? Foram os bonitões lá!”.

João Leão também informou que, agora, é pré-candidato a deputado federal. Segundo ele, a pré-candidatura à suplência do Senado continua com o PP, representado pelo deputado federal Ronaldo Carletto.

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Quando a possibilidade dos progressistas deixarem a base do governador Rui Costa (PT) era nuvem distante no horizonte da política baiana, em fevereiro passado, o secretário-geral do partido no estado, Jabes Ribeiro, falou ao PIMENTA sobre a composição da majoritária governista. Naquela altura, segundo Jabes, o Progressistas não tinha plano B para a empreitada, o nome era o do vice-governador João Leão.

“Há apenas uma questão. O nosso nome para essa equação chama-se João Leão. Existem nomes valorosos no PP. Temos uma bancada de dez [deputados] estaduais e quatro federais. Temos prefeitos, ex-prefeitos, deputados, lideranças importantes, mas, dentro desse cenário, neste instante, o nome que temos para essa montagem, essa equação, é João Leão, que é unanimidade no PP por tudo que representa”, afirmou o ex-prefeito de Ilhéus (relembre).

Ao final daquele mês, o senador Jaques Wagner (PT) desistiria da pré-candidatura ao governo estadual, reforçando a hipótese de que Rui Costa renunciaria para se candidatar ao Senado Federal. Esse arranjo, conforme Jabes, foi acertado em reunião com o ex-presidente Lula, em São Paulo, da qual participou na companhia de Rui e Leão, que assumiria a gestão estadual até o final do mandato.

Nada disso foi à frente. A história é conhecida. Depois que Wagner anunciou a permanência de Rui no governo até o fim de 2022, as lideranças do PP afirmaram que a decisão rompeu o acordo avalizado por Lula (veja aqui) e declararam apoio à pré-candidatura de ACM Neto (UB). Na nova aliança, Leão assumiu o posto de pré-candidato do grupo ao Senado, do qual desistiu nesta segunda-feira (2).

Logo mais, às 15h, o Progressistas deve anunciar a substituição de Leão pelo filho, o deputado federal Cacá Leão, como pré-candidato a senador. Também é esperado anúncio de que o vice-governador será candidato a deputado federal. Se essas expectativas se confirmarem, os progressistas terão arrumado um plano B muito comum, o da herança política transmitida de pai para filho.

Rui afirma que futuro político depende de decisão coletiva
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Na tarde desta quinta-feira (17), em Terra Nova, o governador Rui Costa (PT) foi perguntado sobre o seu futuro político e afirmou que não vê problema em continuar no governo até o final do mandato, o que significaria abrir mão de tentar vaga no legislativo nas eleições deste ano.

Porém, não descartou a possibilidade de seguir outro caminho, se isso for demandado pelo grupo político que integra. Segundo Rui, essa será uma decisão coletiva.

“Eu não tomo decisão – nem de um jeito nem de outro, nem para ser candidato nem para deixar de ser candidato – apenas considerando um voo solo de uma carreira solo. Eu não sou assim. Nunca fiz política assim. Não acredito em que faz política assim”, declarou.

ESPECULAÇÕES

A fala do governador pareceu responder especulações a respeito da reunião que teve, na última terça-feira (15), com o ex-presidente Lula e os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PP). Correram notícias de que Rui teria manifestado o desejo de se candidatar ao Senado.

Duas fontes que acompanham as movimentações partidárias em Salvador disseram ao PIMENTA que Rui está mesmo inclinado a disputar a única vaga para a Câmara Alta.

Nesse caso, a cabeça da chapa para o Palácio de Ondina seria Otto, que, até aqui, tem reafirmado a intenção de ser reeleito senador. Ao vice-governador João Leão (PP), caberia assumir o governo do estado em abril e indicar o vice da majoritária governista.

Para refutar o cenário hipotético acima, logo após a reunião de terça-feira (15), Jaques Wagner apressou-se em anunciar que ainda é pré-candidato a governador.

NÃO NOS CONVIDARAM

Ontem (16), o secretário de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães (PCdoB), pôs em questão a continuidade da pré-candidatura de Wagner, conforme declaração ao programa O Tabuleiro, da Ilhéus FM.

Hoje (17), em nota à imprensa, Davidson esclareceu que falava apenas da dificuldade de o mesmo partido ocupar duas das três posições da chapa majoritária. “Em momento nenhum foi falado da impossibilidade de candidaturas. É bom deixar claro que quem atribui essa afirmativa a mim ou ao PCdoB tem o objetivo claro de criar intriga, pois temos nas relações políticas com o senador Jaques Wagner um grande apreço”.

Na mesma nota, Davidson afirmou que o PCdoB não participou de nenhum articulação sobre a majoritária na Bahia.