Hoje o PIMENTA desembarca em Minas Gerais para uma viagem pelos tesouros culturais no Circuito do Ouro, levando você para conhecer um pouco dos museus, igrejas, santuários, senzalas, casarões e personalidades da história de Congonhas, Ouro Branco, Sabará, Mariana e Ouro Preto, na Estrada Real. É dia de conhecer um pouco sobre as riquezas de Congonhas, com destaque para arte barroca de Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho (1738-1814), um dos maiores escultores brasileiros de todos os tempos.
Quem viaja de férias ao Circuito do Ouro não pode deixar de incluir no roteiro uma visita ao Santuário ou Basílica Bom Jesus de Matozinhos, um conjunto formado pela Igreja do Bom Jesus, com interior no estilo rococó, e uma escadaria, “guardada” pelas estátuas de 12 profetas (Amós, Abdias, Jonas, Baruque, Isaías, Daniel, Jeremias, Oseias, Ezequiel, Joel, Habacuque e Naum). Obra de Aleijadinho.
O conjunto edificado inclui ainda seis capelas, com cenas da Via Sacra. As capelas estão dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo. A escadaria e o interior da igreja são os espaços mais disputados para registro de imagens pelos turistas que visitam a cidade de Congonhas.
SANTUÁRIO DE BOM JESUS DE MOTOZINHOS
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Santuário Bom Jesus Matozinhos reúne o maior conjunto de arte colonial do Brasil, sendo reconhecido, em 1985, pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural da Humanidade. As estátuas dos profetas são em pedra-sabão. No interior das capelas, encontram-se 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, consideradas verdadeiras obras-primas do escultor Aleijadinho.
O visitante também pode passear pela história do povoamento de Congonhas, com casas construídas nos séculos XIX e XX. Ao lado do Santuário Bom Jesus Matosinhos o turista pode conhecer um pouco mais sobre a cultura, costumes e a religiosidade ao acessar o Museu de Congonhas, um prédio de 3400 metros quadrados. O imóvel possui três pavimentos, com sala de exposições, biblioteca, auditório, ateliê, espaço educativo, cafeteria, anfiteatro ao ar livre e áreas administrativas.
No Museu, o turista também encontra estátuas dos profetas Joel e Daniel, além de cópias digitais das esculturas de todos eles. O ingresso para acessar o prédio custa R$ 10, sendo cobrada metade do valor para estudantes e pessoas acima de 60 anos. As crianças até 11 anos são isentas da taxa. O espaço funciona das 9 às 17h, de terça a domingo. Você pode seguir as atividades no museu pelas redes sociais (@museusdecongonhas, no Instagram, e @museudecongonhas, no Facebook.
A poucos metros do museu, no final da Alameda das Palmeiras, fica a Romaria, um conjunto arquitetônico e urbanístico tombado pelo Iphan em 1941. Os imóveis da “vila” eram usados como pousada de romeiros e fiéis até o início da década de 60. Mesmo tombado, o imóvel foi parcialmente demolido depois de ser vendido a um grupo empresarial. O espaço voltou para posse do município de Congonhas em 1995 e restaurado pelo Iphan.
A entrada é gratuita, mas tenha um pouco de atenção porque, perto dali, usuários de drogas costumam fazer abordagem para pedir dinheiro. No próximo final de semana a reportagem do PIMENTA desembarca em Ouro Branco para apresentar mais um atrativo da Estrada Real.