A Biofábrica da Bahia recebeu a visita de um grupo composto pela Britvic Ebba – fabricante britânica de sucos que opera no Brasil, Associação das Indústrias Processadoras de Frutos Tropicais (ASTN) e Prefeitura de Estância, no estado de Sergipe. O grupo estuda iniciar parceria com a Biofábrica para produção de mudas de maracujá. A visita à unidade em Banco do Pedro, em Ilhéus, ocorreu nesta segunda (22).
Caso a parceria seja firmada, deverá ser desenvolvida, junto à Embrapa, uma nova variedade da fruta cítrica. A produção pode se tornar uma novidade no catálogo da Biofábrica, que atualmente não produz cítricos, mas conta com um dos mais importantes laboratórios de micropropagação vegetal da América Latina. O diretor-presidente do Instituto, Jackson Moreira, e equipe dialogaram com Mayara Silva, líder de campo da Britvic Ebba, Carlos Alberto Blinof, secretário-adjunto de Meio Ambiente de Estância, e Etélio Prado, presidente da ASTN.
“A ASTN aglutina produtores de indústria com o objetivo comum de desenvolver a lavoura da fruticultura em alguns produtos, como o maracujá. Dentro desse princípio, viemos visitar a Biofábrica da Bahia, que conheço em absoluto, dada a qualidade e produtividade dessa unidade”, disse Etélio.
DIVERSIFICAÇÃO
De acordo com Mayara, o objetivo é diversificar as variedades de maracujá para indústria. “A Britvic Brasil veio juntamente com a ASTN para buscar uma parceria junto à Biofábrica para podermos trabalhar em um programa e trazer uma diversificação para as variedades que temos de maracujá para indústria aqui no Brasil. Temos algumas variedades já pré-selecionadas e atuamos na Bahia, em Sergipe e principalmente no estado de Minas Gerais. E agora está surgindo a necessidade de trazermos novas variedades para o campo, com maior tolerância a certas pragas e doenças, com maiores teores de brix (açúcar), alto rendimento, dentre outras características que vão nos ajudar como indústria e ajudar muito ao produtor a nível de campo”.
Para Carlos Alberto, um novo material genético de maracujá mudará a economia da região de Estância. “Estamos buscando excelência na produção de mudas de qualidade, de melhoramento genético, para que a gente distribua um material mais produtivo, mais precoce e mais resistente a doenças. Isso vai mudar a economia local. Nessa visita, vimos uma excelente qualidade de propagação e essa parceria vai trazer o desenvolvimento econômico para toda a região sul sergipana no que tange a produção de maracujá”.
BIOFÁBRICA
O instituto, que é vinculado ao Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, tem capacidade para armazenar 4,8 milhões de plantas. Atualmente, produz dez variedades de mudas frutíferas, além de essências florestais e mandioca.
“Nossa Biofábrica tem o compromisso de apresentar produtos de qualidade e não será diferente com o maracujá, considerando que temos expertise em várias frutíferas, como o cacau. A nossa expectativa é a melhor possível de que no menor espaço de tempo nós teremos materializado essa parceria e o compromisso com a agricultura baiana, sergipana, nordestina e brasileira”, disse Jackson Moreira.