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Desperdício de água em Itabuna|| Foto ilustrativa

Cenas de pessoas lavando carros, motos, mesas e cadeiras com mangueiras ou lavadoras de alta pressão, nos finais de semana, sem nenhum controle da quantidade de água, tornaram-se muito comuns na rua Quintino de Menezes, no bairro de Fátima, no limite com a Rua I, no Monte Cristo. O desperdício chama atenção de quem passa pelo local, mas não da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa).

Moradores afirmam que já fizeram várias denúncias pedindo para que a Emasa verificasse se as ligações não são clandestinas, mas nunca viram fiscais da empresa fazendo o levantamento ou instalando hidrômetros. Para eles, é muito estranho que pessoas possuam hidrômetros instalados e façam o mau uso de água potável. E mesmo que possuíssem os equipamentos não seria o correto.

Não é difícil confirmar o desperdício de água em alguns imóveis. Moradores relatam que na manhã deste sábado (29), por exemplo, em um prédio o desperdício de água começou por volta das 10h e prossegue neste momento, às 11h47min.

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"Gato" são detectados em operação da Embasa em Salvador (Foto Alberto Coutinho).
“Gato” são detectados em operação da Embasa em Salvador (Foto Alberto Coutinho).

A Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) detectou mais de 4,5 mil “gatos” em apenas quatro meses e decidiu intensificar a fiscalização. Somente na Região Metropolitana de Salvador, são 22 equipes atuando contra ligações clandestinas em canteiros de obras, estabelecimentos comerciais e grandes empreendimentos. A empresa não informou se a operação também ocorrerá no interior do Estado.

As fraudes são variadas, como adulteração do marcador do hidrômetro, desvios na tubulação ou ainda a retirada do fluxo de água sem o registro ou matrícula na Embasa. Todas essas práticas são criminosas e tipificadas como furto.

Caso sejam encontradas irregularidades, como na ligação clandestina descoberta em uma construção civil no bairro de Piatã, nesta quarta, o abastecimento é interrompido e os responsáveis são notificados e recebem um prazo de 15 dias para a defesa.

A depender da fraude, são aplicadas multas com o valor mínimo de R$ 147 e ainda cobrados valores adicionais como o serviço dos funcionários da Embasa e valores estimados da água que foi roubada pelo empreendimento.

Em 2014, essas ações resultaram no desvio de mais de 2,1 bilhões de litros de água por mês em Salvador e RMS. De acordo com o gerente do Departamento de Gestão Comercial da Embasa, José Roberto de Oliveira, até o próximo ano a previsão é que haja o dobro de equipes nas ruas.

Os canais de comunicação são o telefone 0800-055-195, alguma loja da Embasa ou nos postos da empresa localizados no Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). A identidade e sigilo de quem fez a denúncia serão preservados.