Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

Depois de um bom tempo esquecida, a discussão sobre a necessária reforma política vem à tona. Sempre é assim: a coitadinha é deixada de lado e, depois, aparece.

O deputado federal Josias Gomes coloca o financiamento público de campanha e a lista pré-ordenada como itens mais importantes da reforma.

Discordo em relação a tal da lista, já que outros pontos merecem mais atenção: o voto distrital, o aperfeiçoamento do instituto da fidelidade partidária e outras medidas contra a prostituição eleitoral.

“É necessário uma mobilização, a mais ampla possível, em torno dos itens financiamento público de campanha e a lista pré-ordenada”, diz o petista.

A lista pré-ordenada, se aprovada de acordo com o andar da carruagem, vai inibir o surgimento de novas lideranças políticas, já que os donos dos partidos, conhecidos como “mangangões”, serão os primeiros da fila.

A defesa da lista partidária como prioridade deve ser assentada em fortes e convincentes argumentos, sob pena do parlamentar ficar com a pecha de exterminador de novas lideranças.

REFORMA POLÍTICA (2)

Para Itamar Franco – senador eleito pelo estado de Minas e ex-presidente da República –, a solução para acabar com o mandonismo nas legendas são as candidaturas avulsas.

É evidente que candidaturas a cargos eletivos sem precisar de filiação partidária é uma medida extrema. A iniciativa, no entanto, serve de alerta para os que se acham proprietários de partidos.

Além da defesa da candidatura avulsa, Itamar Franco, que vai presidir a comissão especial da reforma política no Senado, quer o fim do instituto da reeleição.

“Vivemos uma ditadura de partidos. Os partidos são dominados por cúpulas”, diz, com toda razão, o ex-presidente da República.

REFORMA POLÍTICA (3)

Qualquer iniciativa que vise o fortalecimento do regime democrático e, consequentemente, dos partidos é salutar. O povo brasileiro agradece.

A prostituição eleitoral, assentada no vergonhoso toma-lá-dá-cá, na compra de votos e no escancarado fisiologismo, deve ser incinerada, extirpada do mundo político, sob pena de contaminar outras instituições da sociedade.

Se a lista partidária (ou pré-ordenada) for implantada a toque de caixa, para satisfazer interesses de grupos políticos encastelados no poder, vai inibir o surgimento de novas lideranças.

Partido Político é para servir o povo. Não pode ser instrumento para satisfazer projetos pessoais de políticos inescrupulosos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT.

Marco Wense

O presidente do PCdoB de Itabuna, o vereador-prefeiturável Wenceslau Júnior, sonha com uma grande composição de partidos em torno do seu nome na sucessão municipal de 2012.

Diz que está “mexendo os pauzinhos” para reunir na mesma mesa o PMDB, PV, PSB, PDT, PRB, PTB, PMN e o PHS. Vai também convidar o PT e até o PSDB.

Pois é. Wenceslau só deixou de fora o DEM. A inclusão do PMDB na coligação do comunista, que anda eufórico com a votação que teve na eleição para deputado estadual, causou certo espanto.

Como o PMDB de Itabuna vai seguir o caminho traçado por Fernando Gomes, que é o presidente de honra da legenda, o PCdoB de Wenceslau vai ter uma conversa com o ex-prefeito.

No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT, com Juçara Feitosa ou Geraldo Simões.

O ex-alcaide Fernando Gomes, em conversas reservadas, já disse que na sucessão do prefeito Azevedo só não apoia o próprio Azevedo (reeleição) e o candidato do PT.

A modesta Coluna Wense, agora na revista Contudo, não sabe informar a posição de Davidson Magalhães e Luís Sena diante da inusitada aliança do PMDB com o PCdoB.

Marco Wense e articulista da revista Contudo.

Tempo de leitura: 2 minutos

Novo VW Gol irrita comprador devido ao "baticum característico".

Veja a situação do advogado e articulista Marco Wense. Ao comprar um carro VW Gol, zerinho, modelo 2011, na Cristal Motors Ltda, em Itabuna, ele imaginava que estava fazendo um ótimo negócio.

Wense retirou o carro da concessionária na terça-feira passada, dia 18, às 16 horas, e desceria para Salvador no outro dia. Era, por assim dizer, a felicidade em pessoa. Ele, a esposa e os filhos de 12 e 13 anos planejaram o passeio à capital baiana, aprontaram as malas… E tiveram de abortar a viagem. “O carro (zerinho) apresentava um barulho estranho na parte traseira”, recorda.

Wense foi à Cristal Motors para entender o que se passava. Acionada a área de mecânica, eis o diagnóstico: o “baticum” teria sido provocado pela calibragem irregular (39 num dos pneus, 28 em outro, 32 no terceiro e 37 no quarto). Ajusta daqui, ajusta dali, e o barulho persistia. Decidiu-se, então, pela troca dos amortecedores, mas… “O problema continuou”, revolta-se o advogado.

Wense sempre teve modelos VW Gol, mas tá mudando de ideia.

A indignação do consumidor aumentou quando o gerente de serviços da Cristal, identificado pelo prenome Felipe, apresentou informação nova – e interessante: o baticum “é uma característica do novo Gol”. Wense não se conteve com as seguidas demonstrações de incompetência. E decidiu não mais ficar com o “Gol Muqueca”. “Imagine o risco que eu e minha famílias estávamos correndo. O carro sai zerinho da concessionária e já com problemas”.

Apesar do defeito ter sido registrado – e diagnosticado – menos de 24 horas após a compra, a concessionária se nega a dar outro veículo em lugar da “muqueca” zero quilômetro. “O carro se encontra no pátio da Cristal, sem nenhuma solução. Não querem me dar outro veículo. Se o baticum e esses problemas são característicos do Novo Gol, imagine a felicidade da concorrente direta, a Fiat”.

Rapidinho o novo modelo Gol ganhou apelidos: Muqueca e Timbalada, por causa do “baticum característico”. O blog tentou contato com a concessionária, mas ninguém atendia aos chamados.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
Todo mundo sabe que a imagem dos vereadores de Itabuna perante a opinião pública é desastrosa. Essa é, sem nenhuma dúvida, a pior Casa Legislativa da história política do município.
Em votação relâmpago, na base do vapt-vupt, com as articulações sendo efetuadas na calada da noite, o senhores parlamentares – deputados federais e senadores – aumentaram os seus vencimentos para R$ 26.723,13.
Como o efeito é de cascata, as Assembleias estaduais podem conceder aumento aos seus deputados, já que a lei permite uma remuneração de até 75% do federal. As Câmaras Municipais também podem engordar o din-din dos edis.
Os vereadores de Itabuna têm a grande oportunidade de, pelos menos, amenizar um pouco o desgaste com o eleitor. Como não merecem aumento nenhum, nem mesmo de centavos, abririam mão do efeito dominó, deixando os salários congelados.
Aproveitando o clima natalino, é melhor acreditar em papai Noel ou, então, que o PT de Geraldo Simões, em detrimento de candidatura própria, vai apoiar o candidato do PCdoB na sucessão do prefeito Azevedo (DEM).
E por falar nos aloprados tupiniquins, não se espera outra atitude do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal que não seja a de apurar toda a roubalheira que tomou conta da “Casa do Povo”.
O SEGUNDO ROUND

O primeiro round entre o PT e o PMDB, no período pós-eleição, terminou sem derrotados. Como o governo Dilma precisa do PMDB e o peemedebismo não vive longe do poder, chegou-se a um entendimento na composição ministerial.
Vem agora o segundo round, que será travado no Congresso Nacional em torno da Proposta de Emenda Constitucional que não permite mais ao vice-presidente suceder o titular em caso de vacância.
Pela PEC, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o vice passaria a ser apenas o substituto temporário do presidente. Ou seja, não completaria o seu mandato.
Em caso de morte, doença gravíssima ou de impeachment do presidente, seria convocada novas eleições em 90 dias. Se a vacância acontecer nos dois últimos anos de governo, o processo sucessório seria de forma indireta, via Congresso Nacional.
A PEC, que ainda vai causar muito tititi e alvoroço entre os senhores parlamentares, enfraquece a figura do vice-presidente da República, que é do PMDB

Tempo de leitura: 2 minutos

O azar de Dilma é o pragmático PMDB com maior poder de pressão na busca de mais ministérios, cargos no primeiro e segundo escalões e de outras benesses.


Marco Wense
A presidente eleita Dilma Rousseff vai contar com uma maioria parlamentar na Câmara dos Deputados e no Senado, com dez partidos apoiando a governabilidade, incluindo aí o PT e suas diversas tendências.
Sem dúvida, um Congresso Nacional menos oposicionista e barulhento quando comparado com o do governo do presidente Lula, que foi até ameaçado de afastamento no escândalo do mensalão.
O azar de Dilma é o pragmático PMDB mais forte do que no governo anterior, com maior poder de pressão na busca de mais ministérios, cargos no primeiro e segundo escalões e de outras benesses.
O PMDB se fortalece com Michel Temer, presidente nacional da legenda, no exercício da vice-presidência da República, sendo o substituto imediato de Dilma nos casos previstos na Constituição.
O peemedebismo não se contenta com pouco. Vai querer mais, mais, muito mais. Toda vez que receber uma negativa, até mesmo um “nãozinho”, vai criar problemas para o governo nas duas Casas Legislativas.
Como não bastasse o PMDB, Dilma deve enfrentar a ala do PT insatisfeita com a composição ministerial. Sem falar nos aloprados petistas que contaminam o governo com suas estripulias e travessuras.
É bom lembrar que a expressão “aloprado” foi usada pelo presidente Lula para separar o joio do trigo. Petistas foram flagrados carregando dólares na cueca. A banda ruim da política tem que ser extirpada, sob pena de corromper a boa.
A figura do aloprado é universal. Existe em todas as agremiações partidárias. Não é exclusividade do PT. Se há alguma diferença em relação a outros países, fica por conta da impunidade, já que os aloprados brasileiros costumam debochar da justiça.
Dilma defende o petista Cândido Vaccarezza para a presidência da Câmara dos Deputados. Arlindo Chinaglia e Ricardo Berzoini, este último ex-presidente nacional da legenda, trabalham para eleger o desconhecido Marco Maia (PT-RS).
A primeira derrota política de Dilma, que deveria ser proveniente de uma articulação envolvendo os oposicionistas do PSDB e do DEM, vai terminar sendo construída pelos “companheiros”.
É o PT versus PT, para o desespero de Dilma e a alegria dos tucanos e democratas.

NOVA ELEIÇÃO, NOVA CHAPA

O desfecho do imbróglio envolvendo a Câmara Municipal de Itabuna, se haverá ou não nova eleição para a Mesa Diretora, continua sob nuvens cinzentas.
Tem até gente falando em nova chapa, encabeçada por Milton Cerqueira, com o apoio do prefeito Azevedo e dos vereadores Clóvis Loiola, Roberto de Souza, Raimundo Póvoas e Milton Gramacho. Outro edil, guardado como “segredo de justiça”, está sendo sondado para ser o primeiro-secretário.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
Nenhuma surpresa com os quatro deputados federais da Bahia que farão oposição de verdade ao governo da eleita presidente Dilma Rousseff: ACM Neto, Fábio Souto, Antônio Imbassahy e Jutahy Júnior.
E os outros deputados, eleitos pelo DEM e PSDB? A resposta é que não são confiáveis. Vão se aproximar do governo federal assim que a petista Dilma Rousseff assumir o comando do Palácio do Planalto.
ACM Neto, com sua atuação parlamentar, pode se transformar na principal figura nacional do Partido Democratas (DEM). Fábio Souto é filho do presidente estadual da legenda, o ex-governador Paulo Souto.
Em relação aos tucanos, Imbassahy preside o PSDB baiano. O deputado Jutahy Júnior é amicíssimo de José Serra, que ainda sonha com uma candidatura à presidência da República na eleição de 2014.
INDIRETAS & DIRETAS
1) Mudança no PSDB só com o senador eleito Aécio Neves no comando nacional da legenda. Se continuar sob o domínio do tucanato da Avenida Paulista, o sonho da Presidência da República vira um eterno e angustiante pesadelo.
2)  Dagoberto Brandão vai comemorar, em Salvador, junto com sua companheira Marielza, os 50 anos de engenharia civil com os colegas de formatura. Dagô, fundador do PDT de Itabuna, é exemplo de político com P maiúsculo.
3) Michel Temer, eleito vice-presidente da República, não vai deixar Geddel na rua da amargura.  Se Geddel ficar de fora do governo Dilma, será o próximo comandante nacional do PMDB.
4) Imbassahy, presidente estadual do PSDB, quer o partido longe de qualquer apoio ao governo do reeleito Jaques Wagner. O deputado Jutahy Júnior, também tucano, não concorda com a posição intransigente do ex-prefeito de Salvador.
5) Imbassahy versus Jutahy. O diretório do PSDB de Itabuna, tendo a frente o jornalista José Adervan, deve ficar do lado de Imbassahy. Adervan é dirigente partidário obediente, refratário a qualquer atitude rebelde.
6) O PDT de Itabuna, que já foi um partido de respeito, um grande partido político, não existe perante a justiça eleitoral.  Pobre PDT. Hoje insípido, inodoro, incolor, acéfalo, sem rumo, sem nada.
7) “Bom cabrito não berra”, diz um velho ditado popular. Na política, em determinadas circunstâncias, é preciso “berrar”. A Bahia, por exemplo, não pode ficar em segundo plano na composição ministerial do governo Dilma Rousseff.
8 ) A dobradinha entre os deputados Coronel Santana(estadual-PTN) e Félix Mendonça Júnior(federal-PDT) vai movimentar a sucessão do prefeito Azevedo(DEM).
9) Saudades do blog Política, Gente e Poder, do irreverente jornalista Eduardo Anunciação e este modesto comentarista político.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

O maior desejo da legenda é um grande pesadelo. Ou seja, Juçara Feitosa Juçara Feitosa como vice na chapa encabeçada por Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior ou Luís Sena.

Marco Wense
Aquela velha e surrada tática de lançar candidatura própria para depois negociar o cargo de vice-prefeito, como aconteceu no último processo sucessório, não está mais nos planos dos comunistas de Itabuna.
Parece que agora é sério. Não é mais uma empulhação eleitoral do PCdoB. Aliás, o projeto de ter candidato a prefeito em 2012, além da unanimidade no diretório municipal, tem o apoio entusiasmado do comando estadual.
O maior desejo da legenda, que faz parte do sonho de todos, até mesmo dos mais pessimistas, é um grande pesadelo. Ou seja, a petista Juçara Feitosa como vice na chapa encabeçada por Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior ou Luis Sena.
Em relação aos prefeituráveis do PCdoB, a impressão que começa a ganhar corpo é a de que o partido vai tratando a pré-candidatura de Sena com desdém, priorizando os nomes de Davidson e Wenceslau.
Pessoalmente, até mesmo por uma questão de amizade, torço para que Luis Sena seja o nome do PCdoB. Reconheço, no entanto, que Davidson Magalhães é o melhor candidato para disputar a sucessão de 2012.
É evidente que qualquer pesquisa de intenção de votos, como critério para definir o candidato do Partido Comunista do Brasil, vai colocar Sena e Wenceslau na frente do ex-vereador e presidente da Bahiagás.
Acontece que Davidson, por ser mais preparado e experiente, com um discurso mais incisivo, é a opção do PCdoB que pode crescer durante o processo sucessório, principalmente nos embates com os adversários.
A opinião de que o PT terá dificuldades em se coligar com os partidos que compõem a base aliada do governo Wagner, independente de quem seja o candidato, se Juçara Feitosa ou Geraldo Simões, incentiva a disputa no PCdoB.
O partido enxerga na próxima eleição a maior oportunidade de comandar o cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves. Além do PDT, PR, PV, PSB, PPS e outros partidos pequenos, os comunistas esperam o apoio da ala do PT anti-geraldista.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
Se alguém ainda tem dúvida sobre o voto na disputa pelo Palácio do Planalto, basta lembrar que a incerteza com o tucano José Serra é muito maior do que com a petista Dilma Roussef.
O enigmático candidato do PSDB não apresentou uma linha sobre o seu plano de governo, o que é lamentável.  A candidata do PT esboçou uma lista de diretrizes dando ênfase ao combate a pobreza.
É incrível. Mas o ex-governador de São Paulo continua achando que os brasileiros viviam melhor no governo Fernando Henrique Cardoso, que foi marcado pelo aumento do desemprego, arrocho salarial e entrega do patrimônio público.
Para Serra, tudo é uma farsa. O tucano integra os 3% que acham o governo Lula péssimo. O engraçado é que 67% dos eleitores de Serra estão satisfeitos com o atual governo, que tem um índice de aprovação de 83%.
José Serra não consegue esconder o seu preconceito com os nordestinos.  Na discussão sobre segurança pública, no debate da TV. Bandeirantes, o tucano escolheu um baiano para ilustrar o seu pensamento: “Hoje, um criminoso da Bahia que está andando na Rua do Rio de Janeiro, se pedir o documento não acontece nada”.
Agora, sem mostrar nenhum constrangimento, o presidenciável do PSDB quer que suas eleitoras conquistem os votos dos indecisos através dos atributos físicos. O candidato implora: “Se é menina bonita, tem que ganhar 15 votos”.
O enigmático José Serra, cada vez mais surpreendente, ainda passa a receita para a sedução eleitoral: “É muito simples: faz a lista de pretendentes e manda e-mail dizendo que vai ter mais chance quem votar no 45”.
Esse Serra é uma figura, digamos, inominável. É de um cinismo impressionante. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem toda razão quando diz que “o Serra tem uns demônios dentro dele que, às vezes, nem ele mesmo controla”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Marco Wense
Ninguém conhece mais o candidato José Serra do que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB da sofisticada Avenida Paulista.
FHC anda preocupado com o “pavio curto” do presidenciável. Na IstoÉ que já se encontra nas bancas, o ex-presidente, na conceituada coluna do jornalista Ricardo Boechat, faz a seguinte declaração: “O Serra tem uns demônios dentro dele que, às vezes, nem ele mesmo controla”.
Sangue de Cristo tem poder! Que coisa, hein! Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo, Amém.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Marco Wense
Depois de receber uma ligação do presidenciável José Serra, do tucanato da Avenida Paulista, o ministro Gilmar Mendes, usando o regimento interno do STF, interrompe o julgamento sobre a exigência de dois documentos na hora de votar.
O placar favorável a apresentação de um só documento – o título de eleitor, por exemplo – estava 7×0. Os jornais, principalmente os “jornalões”, simpáticos ao candidato do PSDB, trataram o assunto superficialmente, sem fazer nenhum comentário sobre a estranha ligação.
Se fosse a candidata Dilma Rousseff que tivesse ligado para o ministro do Supremo Tribunal Federal, os “jornalões” iriam dizer que a petista estava se intrometendo nas decisões da Corte, que era um absurdo.
Mas como foi o José Serra, tudo bem. O tucano poooode! Dilma não poooode!
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 3 minutos

Marco Wense

Como andam as intenções de voto, aqui no sul da Bahia, principalmente nas cidades de Itabuna e Ilhéus, nos candidatos Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM) e Geddel (PMDB)?
Como não tem uma pesquisa registrada e publicada na imprensa, a confusão é geral, com cada partido dizendo que seu candidato está bem na frente do outro.
Uma coisa é certa: a vinda do presidente Lula para lançar a pedra fundamental da ferrovia Oeste-Leste e a autorização do serviço de duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna vai acrescentar uns pontinhos na cada vez mais provável reeleição de Wagner no primeiro turno.
MUTIRÃO
A justiça eleitoral, através da sua instância maior (TSE), em parceria com outros tribunais, tem que julgar todas as pendências que se encontram “sub judice”. É bom lembrar que daqui a dois anos teremos a sucessão municipal.
Do contrário, o lenga-lenga vai continuar: Fulano pode ser candidato hoje, amanhã não pode mais. Cicrano é ficha suja hoje, amanhã é ficha limpa. O pobre do eleitor, coitado, fica como cego em tiroteio.
O cidadão-eleitor-contribuinte, como diria o irreverente jornalista Eduardo Anunciação, ainda corre o risco de votar em um candidato que pode ter seu diploma cassado. Essa instabilidade prejudica o Estado democrático de Direito.
NA VITRINE

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, adora aparecer no noticiário político com declarações polêmicas. Essa doentia obsessão termina criando problemas para a campanha da candidata Dilma Rousseff.
Dirceu anda dizendo, só para citar um exemplo mais recente, que o PT vai ficar duas vezes mais forte com a eleição de Dilma. Insinua, nas entrelinhas, que o PMDB não terá os mesmos espaços que tem no governo Lula.
Agindo assim, em plena efervescência eleitoral, Dirceu cria uma perspectiva de que o relacionamento de Dilma com o pragmático PMDB será o pior possível. Suas intempestivas previsões só fazem alimentar o discurso da oposição de que Dilma terá dificuldades no trato com os partidos aliados e, principalmente, com o peemedebismo.
Além do PSDB, do DEM e das denúncias que pipocam por todos os lados, a campanha de Dilma tem o José Dirceu. O Zé inconsequente. O Zé incendiário.
PT versus PSDB
A coordenação política da campanha de Dilma Rousseff já decidiu que não vai entrar no jogo do PSDB de nivelar o processo eleitoral por baixo.
Algumas lideranças petistas, no entanto, contrariando a decisão já tomada, começam a defender o uso da reportagem da revista Carta Capital no horário eleitoral da televisão e do rádio.
A reportagem diz que a empresa Decidir.com, que tem como sócias Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, alvo de investigação pela Polícia Federal, suspeito de cometer vários crimes contra a economia, conseguiu ter acesso aos sigilos bancários de 60 milhões de brasileiros.
Sobre o assunto em tela, a inquestionável sabedoria popular costuma dizer duas coisas: 1) quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado do vizinho. 2) macaco não olha para o próprio rabo.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
O presidenciável José Serra, do tucanato da Avenida Paulista, não aparece nos “santinhos” da maioria dos candidatos a deputado estadual e federal do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Serra tem um alto índice de rejeição na Bahia. Uma citação ao seu nome seria um tiro no próprio pé.  Alguns tucanos falam até em uma espécie de suicídio político, o que não deixa de ser certo exagero.
O que chama atenção, no entanto, é a propaganda de Antonio Imbassahy, candidato ao parlamento federal. O ex-prefeito de Salvador também deixa Serra de fora de suas propagandas, especificamente dos chamados “santinhos”.
Imbassahy é o presidente estadual do PSDB e o principal coordenador da campanha de José Serra na Bahia. De Imbassahy, portanto, não poderia esperar uma atitude semelhante a de candidatos de menor importância no processo político como um todo.
Vale lembrar que Jutahy Magalhães Júnior e o próprio Imbassahy são os dois políticos da Bahia mais cotados para assumir uma pasta ministerial em um eventual governo Serra. Depois desse chega-pra-lá na candidatura presidencial, Imbassahy perde a condição de “ministeriável”.
ESPERANÇOSOS
O comando estadual do PMDB, sob a batuta de Lúcio Vieira Lima, recorre ao crescimento do tucano Antonio Anastasia, candidato ao governo de Minas, para amenizar o pessimismo em relação a uma melhora de Geddel nas intenções de voto.
Anastasia estava na terceira posição nas pesquisas. Hoje, se encontra em situação de empate técnico com Hélio Costa (PMDB), o primeiro colocado. Os geddelistas, no entanto, esquecem que Anastasia tem um fortíssimo cabo eleitoral, o ex-governador Aécio Neves, que é uma espécie de Lula de Minas Gerais.
Geddel não tem cabo eleitoral com poder de transferência de votos. Outra esperança, totalmente inconsistente, é a de Almir Melo, secretário-geral do PMDB, quando diz que “existe um número grande de indecisos”.
Almir acredita que todos os indecisos vão terminar optando pela candidatura de Geddel. Não vai sobrar nem um pouquinho para o petista Jaques Wagner e, muito menos, para o democrata Paulo Souto.
O otimismo de Almir Melo – foi meu colega no curso de Direito da então Fespi, hoje Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) – é impressionante. É, sem dúvida, o geddelista mais esperançoso do staff peemedebista.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
A eleição de Jaques Wagner para o Palácio de Ondina, derrotando o governador Paulo Souto, candidato à reeleição pelo então Partido da Frente Liberal, o “saudoso” PFL, provocou uma reviravolta no cenário político.
Muitos prefeitos, carlistas de carteirinha, viraram Wagner desde criancinha. Alguns, no maior cinismo do mundo, disseram até que votaram no petista, que terminou liquidando a fatura logo no primeiro turno.
Com a vitória de Wagner, o PT pós-eleição só não ficou abarrotado de chefes de Executivo porque é o PT. Se abrisse a porta para qualquer um, o petismo estaria inchado, desfigurado e deformado.
Com receio de passar por um inevitável constrangimento, recebendo um “não” avermelhado como resposta para um pedido de filiação, os alcaides, de olho na sobrevivência política, procuraram o PMDB de Geddel Vieira Lima.
No PMDB, os gestores públicos estariam bem próximos do candidato eleito, já que a legenda, além de ter um peemedebista como vice-governador, seria contemplada com importantes cargos no primeiro escalão.
O PFL, atrás de uma nova roupagem, se transformou no DEM. Hoje, os democratas dão graças a Deus que ainda controlam 44 prefeituras. O PMDB, por sua vez, diz que comanda 116 Centros Administrativos.
Ao romper com o governador Wagner, o ex-ministro Geddel começa a sentir na própria pele o pragmatismo inerente ao peemedebismo. A debandada de prefeitos do PMDB para a campanha do candidato do PT é cada vez mais intensa e escancarada.
O ex-conselheiro do TCM, Otto Alencar, candidato a vice-governador na chapa da reeleição, com o intuito de jogar mais lenha na fogueira da infidelidade partidária, acredita ter arregimentado 100 prefeitos para Wagner.
É evidente que a debandada para o lado de Wagner não é porque sua barba é branquinha como a de Papai Noel. Toda essa corrida em direção ao petista é fruto da possibilidade de uma vitória no primeiro round.
Uma coisa é certa: o pragmatismo do PMDB continua fazendo bons alunos. O feitiço vira contra o feiticeiro. A criatura contra o criador. Ninguém quer ficar de fora das benesses do poder.
PÉSSIMO EXEMPLO
George Gurgel apoia a decisão do Partido Popular Socialista de Ilhéus (PPS) de colocar a legenda a serviço de Augusto Castro, candidato do PSDB a deputado estadual.
Se Gurgel fosse um simples filiado do PPS, tudo passaria despercebido. Ninguém, muito menos a imprensa, especificamente os analistas políticos, estaria comentando sobre um tal de Gurgel e sua preferência política.
O Gurgel, no entanto, não é, digamos, um Gurgel qualquer. Um simples filiado do PPS. O Gurgel é o presidente estadual da legenda. É a maior autoridade do PPS na Bahia.
Mas o Gurgel, dando uma explícita demonstração de que outros interesses estão acima do PPS, resolveu ficar do lado do diretório municipal em detrimento do ex-vereador César Brandão, candidato do partido ao parlamento.
Um presidente que detona uma candidatura do próprio partido e empurra a legenda para apoiar um candidato de outra agremiação partidária é “persona non grata”. Não tem mais condições de presidir o PPS.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
A palavra “engodo”, no dicionário Aurélio, é uma isca ou cerva com que se apanham peixes e aves. Coisa com que se engoda ou seduz alguém.
É evidente que o debate entre os deputados Geraldo Simões (PT) e ACM Neto (DEM), com um desafiando o outro para o confronto, não passa de uma inteligente jogada de marketing.
Não deixa de ser também um engodo. Não para pegar peixes. Geraldo e Neto querem “pescar” eleitores. Pescador de verdade, na acepção da palavra, é o ex-prefeito de Ilhéus, Antonio Olímpio (PPS).
Geraldo Simões está de olho nos votos do anti-carlismo e ACM Neto no anti-geraldismo, principalmente em Itabuna. Ninguém quer debater nada. É mais uma empulhação inerente ao jogo político.
DILMA E O PMDB
O mínimo que o pragmático PMDB vai exigir de um eventual governo de Dilma Rousseff é a manutenção dos ministérios que ocupa no atual governo federal.
O que se comenta, no entanto, é que Geddel Vieira Lima, candidato do partido ao governo da Bahia, não retornará ao cargo de ministro da Integração Nacional depois da sucessão estadual.
O comentário nos bastidores do Palácio do Planalto, longe dos holofotes e do povão de Deus, é que o presidente Lula estaria irritadíssimo com os ataques de Geddel ao governador Jaques Wagner, candidato do PT ao Palácio de Ondina (reeleição).
É bom lembrar que Geddel foi ministro da Integração Nacional com o endosso e o aval do petista Wagner, que, consultado pelo presidente Lula, deu o sinal positivo.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense
O crescimento de Dilma Rousseff nas últimas pesquisas sobre a disputa presidencial, pontuando na frente de José Serra – Datafolha (47×30), Ibope (43×32) e Vox Populi (45×29) –, vem deixando os tucanos, no mínimo, atônitos.
O tucanato, principalmente o da Avenida Paulista, está espantado com a influência do presidente Lula no processo eleitoral. Sem dúvida, o maior “cabo eleitoral” da história da República.
A cúpula do PSDB, já preocupada com uma vitória da candidata do PT no primeiro turno, não sabe o que fazer diante de uma Dilma imune a qualquer tentativa de desqualificá-la.
O tucano José Serra, candidato ao Palácio do Planalto, não joga fora a oportunidade de insinuar que Dilma não é Dilma, ou seja, que a petista não tem luz própria, que anda na “garupa” do presidente Lula.
O deputado Índio da Costa (DEM), candidato a vice-presidente na chapa tuca-demo, com o intuito de atingir a ex-ministra da Casa Civil, diz que o PT tem ligação com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o narcotráfico.
Continuar atacando Dilma Rousseff, mesmo de maneira enviesada, inclusive com insinuações irresponsáveis, seria o melhor caminho para provocar uma queda da petista nas pesquisas de intenções de voto?
Com a palavra o sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o mais exótico de todo o tucanato e, também, o mais menosprezado, já que ninguém, nem mesmo José Serra, quer saber da sua “garupa”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.