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Mário Gusmão é homenageado em edição do Feciba (Foto Maria Sampaio).
Mário Gusmão é homenageado em edição do Feciba (Foto Maria Sampaio).

O espetáculo Anjo Negro – a memória de Mário Gusmão será apresentado na noite de abertura do VI Festival de Cinema Baiano (Feciba), de 9 a 11 de junho, no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna. O ator é o grande homenageado desta sexta edição, que já passou pelas cidades de Juazeiro, em abril, e Feira de Santana, em maio.

A peça teatral  trará a memória de Mário Gusmão, ator e diretor teatral que influenciou a trajetória de muitos artistas na década de 1980 em Itabuna e todo o sul da Bahia, principalmente trazendo as questões da valorização do ser negro.

O espetáculo que desenvolve uma linguagem poética e dramática, trazendo na dança afro contemporânea uma forte inspiração nos elementos da dança primitiva. A produção é do Grupo Afro do Encantarte, através do ProjetoCultura em Ação,  do Ponto de Cultura  Associação do Culto Afro Itabunense (Acai), sob a direção teatral, coreográfica e textos de Egnaldo França.

Ainda como parte da homenagem, a Mostra Retrospectiva do VI Feciba, que é dedicada ao ator, exibirá o longa O Anjo Negro (1972), que narra a história de um emissário místico que representa uma síntese da cultura afro baiana, que, com sua força dionisíaca, barroca, carnavalesca, selvagem e profana sacudirá os alicerces de uma família tradicional que está passando por uma crise. O filme de José Humberto Dias foi protagonizado por Mário Gusmão e seu título passou a ser utilizado como uma qualificação ao homenageado.

O Feciba é uma realização do NúProArt – Núcleo de Produções Artísticas e da Voo Audiovisual e tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

MÁRIO GUSMÃO

Nascido em 1920 na cidade de Cachoeira (BA), Mário Gusmão foi o primeiro ator negro a se formar pela Faculdade de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde ingressou na segunda turma em 1950. Mas foram nas décadas de 1960 e 1970 que ele viveu o melhor momento de sua carreira. Durante sua passagem por Itabuna e Ilhéus, na década de 1980, Gusmão tornou-se referência para o movimento negro e artístico da região.

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Será instalado neste sábado, 8, na Sala Zélia Lessa, em Itabuna, o Cineclube Grapiúna Mário Gusmão. O espaço faz homenagem ao ator baiano que, além da grande contribuição à cultura, foi também um ativista do movimento negro.

Gusmão era de Cachoeira e foi o primeiro negro a se formar na Faculdade de Teatro da Ufba. Na década de 80, atuou em Itabuna na área de cultura (durante o governo Ubaldo Dantas), sendo diretamente responsável pela revelação de vários talentos para o teatro, o cinema e a tevê. O ator morreu em 1996, aos 68 anos.

A inauguração do cineclube será às 19 horas do dia 8, não por acaso com a exibição do filme “O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro”. O filme tem direção de Glauber Rocha e o ator principal é Mário Gusmão.