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Trabalhadores da Mirabela durante assembleia (Foto Reprodução).
Trabalhadores da Mirabela durante assembleia (Foto Reprodução).
Após acordo firmado na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Governo do Estado da Bahia na tarde de ontem (21), foi garantida a manutenção dos empregos dos 470 trabalhadores que já estavam cumprindo aviso prévio há 20 dias. A Mirabela é uma multinacional que está instalada na região para explorar a segunda maior jazida de níquel do mundo, gerando emprego e renda nas regiões sul e sudoeste da Bahia.

Os trabalhadores da Mirabela Mineração do Brasil, localizada no município de Itagibá, na região de Ipiaú, receberam a notícia na manhã desta terça-feira (22), durante assembleia realizada pelos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav-BA).

A reunião de ontem para selar o acordo teve a presença do secretário do Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda, do presidente em exercício do Sintepav BA, Irailson Warneaux (Gazo), do representante de 98,5% dos acionistas da Mirabela de Nova Iorque, Doug Flannery, e do diretor financeiro da Mirabela, Nilson Mundim.

“O governo selou um acordo que liberará parte do recurso que deve a Mirabela, o que garantirá a manutenção dos empregos dos 470 trabalhadores com suspensão de todos os avisos prévios e o retorno de todos os trabalhadores a mineradora”, ressalta Gazo, do Sintepav-BA.

O deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), que participou das negociações desde o início e foi representado por Gazo, diz ter sido o acordo um importante sinal para a retomada das atividades da mineradora. A Mirabela tem forte impacto econômico em Itagibá, onde está situada a jazida, além de municípios como Ipiaú, Jitaúna, Ibiratia, Ubatã, Jitaúna, Jequié, Ubaitaba.

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Audiência discute crise na exploração de níquel em Itagibá (Foto Gusmão Neto).
Audiência discute crise na exploração de níquel em Itagibá (Foto Gusmão Neto).

A exploração de níquel no município de Itagibá foi suspensa pela Mineradora Mirabela. A empresa paralisou as atividades e anunciou a demissão de todos os funcionários para os próximos dias. A justificativa é a crise financeira e, de acordo com a empresa, a não liberação dos créditos de ICMS retidos pelo governo do estado.

O assunto foi discutido, hoje (7), durante audiência pública na Câmara de Vereadores de Ipiaú, reunindo autoridades políticos do estado e lideranças sindicais para discutir o assunto. Com a paralisação total das atividades, mais de mil trabalhadores ficarão desempregados.

“Além disso, o fechamento da mineradora agravará o quadro de crise econômica e social de toda região, atingindo cidades do Sul e Sudoeste, como Itagibá, Ipiaú, Ibirataia, Ubatã, Jitaúna, Jequié, Ubaitaba, dentre outras”, diz o deputado federal Bebeto Galvão, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav).

O parlamentar e sindicalista prevê que o impacto dessa paralisação será uma crise em cadeia, pois não é só a questão do desemprego no âmbito da obra, mas também a perda de repasses tributários na região, além do enfraquecimento dos setores do comércio e de serviço, o que provocará um verdadeiro caos social na região de Ipiaú.

Além de Bebeto, o evento contou com as presenças de dois deputados estaduais, como  Fabíola Mansur (PSB) e Eduardo Sales (PP), além do federal Davidson Magalhães (PCdoB), do vice-presidente do Sintepav, Irailson Gazo, e também de prefeitos e vereadores de cidades vizinhas.

Foi proposta a criação de uma comissão de trabalho com a participação de todos os setores, como deputados, governo do estado, prefeituras e câmaras locais e sindicatos, para que encontrem um acordo, com as digitais de todos envolvidos, de forma que os recursos sejam liberados, as atividades sejam retomadas e os empregos sejam mantidos.

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Alunos de projeto do Instituto Sofrê aprendem a fabricar vassouras.
Alunos de projeto do Instituto Sofrê aprendem a fabricar vassouras de material reciclado.

A pequena Itagibá, no sul da Bahia, encontrou solução para um problema sério ao meio ambiente. Prefeitura, mineradora Mirabela e o Instituto Sofrê capacitaram pessoas para transformar garrafas PET em vassouras em uma minifábrica experimental.
Selecionados em comunidades carentes, os alunos vão produzir vassouras ecológicas. Parte da produção será adquirida pelo próprio município. O projeto, segundo os coordenadores, é embrionário de uma cooperativa.
O município, segundo o prefeito Marcos Barreto (Marquinhos), quer implantar a coleta seletiva e avançar no processo de reciclagem, com o Programa Municipal de Coleta Seletiva e Reciclagem de Resíduos Sólidos.
Cosme Nunes, que responde pela Pasta do Meio Ambiente, diz que estas pessoas serão envolvidas em programas municipais de inclusão sócio-produtiva.
O projeto também mostra como a interação entre poder público, iniciativa privada e terceiro setor podem se juntar em busca de soluções.

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Situada a 140 quilômetros de Ilhéus, a mina de níquel da Mirabela na região de Ipiaú deverá futuramente escoar sua produção pela Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol). A produção é escoada pelo Porto de Ilhéus para a unidade filandesa da multinacional russa Norilsk.

A Mirabela do Brasil tem hoje uma produção estimada em 10 mil toneladas de níquel por ano e projeta alcançar 25 mil toneladas até 2012. Atualmente, a empresa utilizar o transporte rodoviário para levar o níquel até Ilhéus, mas pretende adotar o modal ferroviário.

Em entrevista ao jornal Valor, o diretor-presidente da Mirabela no país afirmou que já está negociando a construção de um ramal da Fiol até o galpão de estocagem na mina.

“No futuro, nossa logística vai melhorar ainda mais, pois a Ferrovia Oeste-Leste vai passar dentro do nosso terreno”, afirmou o executivo.

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Navios dividem espaço no Porto de Ilhéus (foto Maurício Maron)

No Porto de Ilhéus, já convivem harmoniosamente o turismo e a exportação da riqueza mineral baiana. É o que se via na manhã desta quarta-feira, 19, quando o transatlântico da rede Costa Marina dividia o atracadouro com o mineraleiro que desde sábado embarca o níquel extraído pela empresa Mirabela na região de Itagibá. O minério será exportado para a Finlândia.

A expectativa da Mirabela é utilizar o Porto de Ilhéus pelos próximos 40 anos. Outra empresa, a Bahia Mineração, aguarda a licença ambiental para construir seu terminal de embarque privativo na zona norte da cidade, por onde pretende escoar sua produção de minério de ferro.

É desenvolvimento chegando.