Fernando Gomes anuncia aposentadoria política durante entrevista
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O corpo do ex-prefeito Fernando Gomes deverá chegar às 10h desta segunda-feira (25) ao aeroporto de Ilhéus. Haverá cortejo fúnebre com o corpo sendo transportado em caminhão do Corpo de Bombeiros de Ilhéus até Itabuna.

Uma das mais fiéis amigas do político em cerca de 40 anos de caminhada, a ex-secretária Maria Alice Pereira informou que o cortejo seguirá pelos bairros de Itabuna e principais avenidas.

O corpo será velado no Teatro Candinha Doria, obra concluída no último mandato do político como prefeito de Itabuna (2017-2020) e executada pelo município e governo estadual.

Também já estão definidos data e horário de sepultamento. O enterro será às 14h desta terça-feira (26), no Cemitério Campo Santo. Haverá uma missa de corpo presente às 17h, no Candinha Doria. Fernando era católico e devoto de Nossa Senhora das Graças.

Fernando Gomes faleceu na tarde deste domingo (24), exatamente 10 dias após ser internado com forte crise hepática. O estado clínico do paciente se agravou durante os dias e vários órgãos paralisaram.

No sábado (23), a equipe médica decidiu pela amputação de uma das pernas para tentar impedir o avanço de bactéria identificada desde quando ele fora internado no Hospital Aliança. Porém, não houve regressão e Fernando veio a falecer na tarde deste domingo.

Fernando Gomes toma a primeira dose de vacina contra a covid-19
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O ex-prefeito de Itabuna Fernando Gomes (PTC) tomou a primeira dose da vacina contra a Covid-19 na manhã desta quarta-feira (17). “Hoje foi dia de vacinação”, postou ele em uma de suas redes sociais. O ex-prefeito e ex-deputado tem 81 anos e foi infectado pelo coronavírus em dezembro passado (relembre).

Prefeito de Itabuna por cinco mandatos, Fernando também governou o município no primeiro ano da pandemia da covid-19. Tentou a reeleição, mas acabou em terceiro lugar na disputa vencida por Augusto Castro (PSD).

Fernando foi dos primeiros gestores baianos a determinar o fechamento do comércio e a adotar medidas restritivas para as atividades econômicas, mas uma de suas falas ganhou o mundo ao justificar que, após meses, autorizaria a reabertura do comércio. “Morra quem morrer”, disse ele numa entrevista coletiva virtual (relembre aqui).

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A pandemia do coronavírus e suas consequências socioeconômicas levaram milhares de pessoas a morar nas ruas. Porém, a grande mídia deu pesos e medidas completamente diferentes às duas falas.

Cláudio Rodrigues || aclaudiors@gmail.com

A primeira semana de julho chega ao fim com mais de 64 mil óbitos vitimas da Covid-19, essa pandemia que mudou por completo nossas vidas. Além da tragédia da pandemia, a semana foi marcada por duas declarações, no mínimo infelizes: uma do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e outra da primeira-dama e presidente do Fundo Social de São Paulo, Bia Doria.

Em uma entrevista coletiva por videoconferência, na última terça, dia 30, o prefeito da cidade sul-baiana soltou uma frase que lembrou o “E daí?” do presidente Jair Bolsonaro. “Primeiro, lutar pela vida, a vida é uma só. [Depois que] morrer, acabou [a vida]. Não tem fortuna, não tem pobreza, não tem falência, não tem nada. Mas não posso abrir uma coisa que não tenho cobertura. Com a dúvida, com os nossos morrendo por causa de um leito em Itabuna, vou transferir essa abertura. No dia 8, mandei fazer o decreto, que no dia 9 abre, morra quem morrer”, disse o prefeito.

O “morra quem morrer” do prefeito Gomes foi a principal notícia do day after. Todos os veículos de comunicação em seus programas noticiosos, de entretenimento e até algumas agências de notícias internacionais deram destaque à fala do prefeito, além dos comentários nas redes sociais.

Já a primeira-dama do estado de São Paulo, em uma entrevista publicada em rede social, para a socialite Val Marchiori, aquela do empréstimo irregular de R$ 2,79 milhões, junto ao Banco do Brasil, segundo atestou o Tribunal de Contas da União (TCU), travaram um diálogo com algumas “pérolas” que beiraram o ridículo.

“Falando sobre projetos sociais, algo muito importante é assim… as pessoas que estão na rua… não é correto você chegar na rua e dar marmita, porque a pessoa tem que se conscientizar que ela tem que sair da rua. Porque a rua hoje é um atrativo, as pessoas gostam de ficar na rua”, disse a senhora Doria. A entrevistadora questionou: “eles querem ficar na rua porque no abrigo eles têm horário pra entrar, eles têm responsabilidades, limpeza e eles não querem, né, Bia?

A presidente do Fundo Social do estado mais rico do Brasil afirmou: “Não querem! A pessoa quer receber a comida, a roupa, uma ajuda, e não quer ter responsabilidade. Então, isso tá errado”. Sem perder o embalo, a socialite e dublê de jornalista emendou: “todo mundo tem responsabilidades”. Não se fazendo de rogada, a mulher do governador João Doria completou: “Nós temos, se a gente não pagar nossas contas, vai pra cartório. E o povo fala!”.

O que difere a falta de empatia do prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, e a da primeira-dama de São Paulo, Bia Doria? O primeiro é um senhor de 81 anos, em seu quinto mandato de prefeito e no final da carreira política. Ex-vaqueiro, semialfabetizado, como uma dicção quase que incompreensível e sofrendo uma forte pressão por parte do setor econômico da cidade. Gomes tem uma carreira política muito controversa. Foi destaque na revista Veja como “O marajá dos marajás” por ter um salário de quase U$ 18 mil, no inicio dos anos de 1990, em um de seus mandatos de prefeito.

Bia Doria é artista plástica, tem no currículo exposições realizadas em todo o Brasil e em países da Europa e Estados Unidos, filha de imigrantes italianos. Estava em um bate-papo descontraído, nas dependências do Palácio dos Bandeirantes e, aos 60 anos, preside um órgão do Governo do estado de São Paulo responsável por atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.

A fala da primeira-dama paulista foi tão chocante e repulsiva quanto a do prefeito itabunense. Vale lembrar que a pandemia do coronavírus e suas consequências socioeconômicas levaram milhares de pessoas a morar nas ruas. Porém, a grande mídia deu pesos e medidas completamente diferentes às duas falas.

Não quero fazer defesa do alcaide baiano, pois Fernando Gomes é o tipo de político que conta com minha completa aversão, mas o comportamento de Bia Doria, uma elitista que já se envolveu em outras polêmicas, não difere em nada. Faltou a ambos sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse vivendo a mesma situação.

Cláudio Rodrigues é consultor em comunicação.

Fernando diz que foi mal interpretado sobre reabertura do comércio
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Por meio de nota, o prefeito Fernando Gomes disse que tem sua história pautada na preservação das vidas e sua frase (“morra quem morrer”) dita ao confirmar a reabertura do comércio no próximo dia 9 foi mal interpretada (confira aqui). Fernando anunciava, na última terça (30), as razões para adiar a medida, prevista para ontem (1º).

Ainda na nota, o prefeito cita que falava que primeiro era preciso lutar pela vida (“a vida é uma só”) e, se a pessoa morrer, não há fortuna, pobreza, falência. “Não posso abrir uma coisa que não tenho cobertura [de leitos de UTI]. Com a dúvida, com os nossos morrendo por causa de um leito em Itabuna, vou transferir essa abertura”.

Fernando considera que sua fala ganhou repercussão nacional porque houve ênfase à “última frase dita”, interpretando (“de moro errado e sensacionalista”) o que foi dito na entrevista.

– Nossos atos, como cidade com maior testagem e uma das que há mais tempo permanece com o comércio fechado, só reforçam o nosso compromisso pela vida da nossa população. Tenho cinco mandatos como prefeito. O povo de Itabuna me conhece – concluiu.

Geraldo critica Fernando por "fala desastrosa" e lembra 67 mortes pela covid-19 em Itabuna
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O ex-prefeito de Itabuna e ex-deputado federal Geraldo Simões criticou Fernando Gomes pela “fala desastrosa” ao anunciar que o comércio de Itabuna reabriria, de qualquer forma, no próximo dia 9.

“Não é surpresa a repercussão negativa, em todo o País, da fala desastrosa do prefeito Fernando Gomes”, observou, acrescentando que o gestor “coloca Itabuna no cenário nacional, de forma extremamente negativa”.

Geraldo também lembrou que Itabuna é o segundo município da Bahia em número de mortes pela Covid-19. “São 67 famílias chorando a perda de seus entes”.

Fernando emitiu a frase ao comentar que adiaria a abertura do comércio do dia 1º para o próximo dia 9 (relembre aqui). Até o momento, ele não se pronunciou sobre a repercussão do que foi dito.