O Coletivo Preserva Ilhéus afirmou, em nota pública, que outros prédios históricos do município podem ter o mesmo destino da antiga sede da Sociedade União Protetora dos Artistas e Operários de Ilhéus, cuja fachada desmoronou na última terça-feira (veja aqui).
Segundo o grupo, a lista de patrimônios arquitetônicos ameaçados abrange o antigo Colégio General Osório, na Praça Castro Alves; e o casarão que abrigou a Marinha Mercante, na Rua Conselheiro Dantas. No caso do segundo prédio, a União o cedeu à Prefeitura de Ilhéus para que o município instalasse a Secretaria de Meio Ambiente. Como o imóvel continua abandonado, a União o requisitou de volta, conforme o Coletivo.
Para o Preserva Ilhéus, a atual gestão da Prefeitura negligencia o patrimônio arquitetônico do município. “O Coletivo já havia denunciado aos Ministérios Público Estadual e Federal, mais precisamente em abril de 2021, o abandono do patrimônio arquitetônico e histórico da cidade e espera que os agentes políticos envolvidos sejam devidamente responsabilizados por Improbidade Administrativa”, diz a nota pública.
RISCO À POPULAÇÃO
Ainda de acordo com o Preserva Ilhéus, a queda da fachada do prédio da União Protetora dos Artistas e Operários poderia ter ceifado vidas. “A população de Ilhéus corre risco com a iminência de desabamento dos outros prédios históricos também abandonados pela atual gestão municipal”, alerta o Coletivo.
O QUE DIZ A PREFEITURA
A Prefeitura de Ilhéus afirmou que havia tentado assumir a conservação do prédio centenário da União Protetora, mas não conseguiu. “Aproveitamos para lamentar o ocorrido, que possivelmente foi resultado das condições climáticas adversas enfrentadas pelo município nos últimos dias e pelo estado de conservação do imóvel”, acrescentou o Governo Marão, em nota.
Conforme a Prefeitura, o Governo está empenhado “em adotar medidas rápidas e eficazes para evitar futuros incidentes e preservar o patrimônio histórico da cidade”.