Marival Guedes
Salvador – Sindicalistas e familiares de Paulo Colombiano e sua mulher, Catarina Galindo, assassinados em 29 de junho de 2010 em Salvador, promoveram hoje ato em frente ao Fórum Rui Barbosa, no Campo da Pólvora, na capital baiana, reivindicando o retorno à prisão e o julgamento imediato dos envolvidos.
Claudomiro César Ferreira Santana, dono da Mastermed, e o comparsa seu irmão Cássio Ferreira Santana são acusados de serem os mandantes. Os outros, Edilson Duarte de Araújo, Wagner Luiz Lopes de Souza e Adailton Araújo de Jesus são os executores. Os dois primeiros, depois de prolongada investigação, foram presos, mas liberados em poucos dias (relembre aqui). Os demais também não ficaram na prisão. Todos aguardam julgamento em liberdade.
Segundo a polícia a motivação do crime foi a descoberta por Colombiano, que havia assumido a tesouraria do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, de irregularidades em um contrato milionário firmado com Mastermed, fornecedora do plano de saúde ao sindicato.
O presidente do Diretório Municipal do PCdoB de Salvador, Geraldo Galindo, irmão de Catarina, pediu audiência ao presidente do Tribunal de Justiça da Bahia e ao juiz que acompanha o caso. Ele afirma que ao contrário do que foi argumentado, os acusados livres representam perigo, pois eles são ricos e podem ameaçar e tentar corromper pessoas. “Se fossem pobres, já estariam presos” criticou.
INVESTIGAÇÃO NO SINDICATO
O presidente da CTB- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil Adilson Araújo, fez um contundente discurso afirmando que o processo está inconcluso e que é preciso que se dê continuidade às investigações para se apurar qual a participação do sindicato nesse caso. Segundo o sindicalista, o próprio secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, concorda com posição.