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    Borges (à direita, sempre), quer servir a três senhores - Foto: Márcio Barbosa
Borges (à direita, sempre), quer servir a três senhores – Foto: Márcio Barbosa

Quem esteve em Itajuípe, na festa de inauguração de uma(!) rua, na noite de sexta-feira (2), pôde presenciar um momento histórico. O senador César Borges (PR), que ora se beija com o Democratas, ora se abraça com o PMDB, deu pinta de que está, finalmente, descendo do muro.

No seu discurso, o homem, que serve a três senhores (em Brasília ele jura que é governo) rasgou elogios a seu ex-colega de regime – regime carlista, claro – Paulo Souto: “é um homem sério e trabalhador. É por isso que os baianos querem que ele volte. E ele vai voltar”.

Os peemedebistas que estavam infiltrados no recinto logo chiaram. Teve até um que prometeu levar ao líder a nova posição de Borges. “Amanhã vou avisar o ministro. Geddel não vai gostar nada disso”.

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Do Política Etc

Eleitor baiano deu "férias" a Souto.
Souto: férias prolongadas.

A turma do Democratas está tão certa da vitória do ex-governador Paulo Souto para governador em 2010, que se saiu com essa durante a visita do político a Itajuípe, na última sexta-feira: Paulo Souto é “o único governador de férias no Brasil”.

Pensaram nessa “brincadeira” para parecer algo espontâneo, mas é um discurso que parece incorporado ao receituário do DEM. Há menos de um mês, quando da inauguração da nova sede do Democratas em Itabuna, quem surgiu com essa história de que estava de férias foi o ex-prefeito Fernando Gomes, o mesmo que antes havia declarado sua aposentadoria da vida pública.

Com relação a Souto, é bom esclarecer que férias é prêmio para quem trabalha, tanto que se apresenta como um dolce far niente remunerado e, salvo exceções, com retorno garantido ao trabalho após um período de descanso. Já quem perde uma eleição não entra em férias, pois assume a posição de derrotado, com direito apenas a sonhar com a possibilidade de retorno ao posto do qual foi apeado.

Quanto ao nobre FG, ele havia demonstrado admirável lucidez ao declarar-se aposentado da vida pública, após três mandatos de deputado federal e quatro de prefeito. Agora, tal qual Paulo Souto, afirma que está de férias. Para Gomes, uma compulsória cairia bem melhor.

Leia mais no www.politicaetc.com.br

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O radialista Raimundo Varela,a Tudo FM, entrevista o advogado César Oliveira, sobre o episódio suspeito de doação da Ilha do Urubu, em Trancoso.
Para entender a entrevista: o ex-governador Paulo Souto responde processo por doação indevida de terras do estado, que hoje tem o valor de U$150 milhões, beneficiando Gregorio Marin, caixa de campanha do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e arrematador da Coelba na privatização feita em seu governo.

Clique aqui e conheça a história.

Postado inicialmente no blog Política com Dedo na Ferida (www.politicacomdedonaferida.com.br).

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Ex-governador é acusado de se meter em transação escabrosa
Ex-governador é acusado de se meter em transação escabrosa

O ex-governador da Bahia, Paulo Souto, será alvo de ação popular por conta de uma possível estripulia cometida no apagar das luzes de seu último governo.

Souto é acusado de usar o poder da caneta para entregar um valiosíssimo pedaço de terra do Estado ao megaempresário belga Philippe Meeus, cujo passatempo preferido é se apropriar de áreas paradisíacas no litoral brasileiro.

Segundo a denúncia, o ex-governador consumou a doação da Ilha do Urubu, situada em Trancoso, no dia 20 de novembro de 2006, quando já havia perdido a eleição. Em sua defesa, ele alega que entregou as terras a famílias carentes que ali viviam, mas a história parece ser furada.

O advogado César Oliveira explica que o processo de doação de terras pelo Estado começaria com a verificação da chamada posse vintenária (ocupação pacífica por 20 anos). Segundo ele, as pessoas que receberam os lotes na Ilha do Urubu não cumpriam esse requisito.

Mais: as famílias que receberam os lotes só poderiam vendê-los após cinco anos, mas eles foram alienados um mês depois a um intermediário, por R$ 1 milhão, e este, após três meses, os transferiu ao empresário belga por R$ 13 milhões. A ilha, segundo estimativa, vale nada menos que U$ 150 milhões (preste atenção, aqui se trata de dólares).

O negócio envolve ainda o empresário Gregório Preciato, que já foi sócio, arrecadador e caixa de campanha do governador de São Paulo, José Serra. Segundo César Oliveira, Preciato tinha uma escritura como proprietário da ilha e chegou a obter empréstimo  de R$ 5 milhões no Banco do Brasil, apresentando o documento como garantia.

O amigo de Serra movia ação de reintegração de posse contra as famílias que habitavam a ilha e veio a receber R$ 8,5 milhões do governo baiano para desistir da ação, permitindo a “benevolência” de Paulo Souto. Diz Oliveira que Preciato, além de ter faturado a bolada do Estado, também não pagou o empréstimo ao BB.

O fato é que, pouco depois, a Ilha do Urubu já pertencia a Philippe Meeus, um “pobrezinho” que é dono de nada menos que 36 Ferraris e, por conta de sua penúria, foi beneficiado pela fantástica “ação social” do governo Paulo Souto. César Oliveira afirma que “a Bahia vai ficar estarrecida com os detalhes dessa história”.

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Prisão de Ravengar teria detonado movimento do 7 de Setembro, diz Correio.
Prisão de Ravengar seria origem de movimento do 7 de Setembro, diz Correio.

A ala do DEM baiano mais próxima do ex-governador Paulo Souto não gostou nem um pouco da reportagem publicada neste domingo pelo jornal Correio da Bahia que falava das origens do crime organizado em Salvador, segundo revelou fonte do partido que, por motivos óbvios, não quer se identificar.

A matéria explica que criminosos como Cláudio Campanha, Val Bandeira, César Lobão, Aladim e Perna começaram ainda jovens no crime fazendo trabalhos menores no esquema até então dominado por Raimundo Alves de Souza, o Raimundão, preso em 2004. Presos pela polícia, especializaram-se no tráfico de drogas e na organização de quadrilhas nos corredores do sistema prisional baiano, ainda no governo de Paulo Souto.

A fonte diz que nomes ligados ao ex-governador acham que a matéria do Correio tem um importante propósito paralelo: consolidar a idéia de que os atuais líderes do crime foram forjados no péssimo estado das unidades carcerárias do governo passado.”Sem querer, a ação deflagraria nos anos seguintes [ao de 2004] uma ruptura no aparente ordenamento do comércio de drogas na capital, culminando no terror iniciado em pleno feriado de Sete de Setembro”, diz a reportagem.

Como se sabe, o jornal Correio da Bahia é controlado pela família do deputado federal ACM Neto, e para este não é interessante a eleição de Paulo Souto para o governo em 2010. O melhor dos mundos para Neto seria a reeleição de Jaques Wagner porque, desta forma, o deputado surgiria como candidato natural ao governo do estado pelo DEM, em 2014.

E, para isso, ele estaria usando o jornal da família para tentar solapar a candidatura de Souto, mesmo que de forma dissimulada. A fissura entre as alas carlista e soutista do DEM já estava evidenciada. A matéria do Correio serviu para ampliar um pouco mais esse vão. Um dos ‘demos’ via “sacanagem” com Souto na abordagem do jornal carlista. Não é pra tanto, né?

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Em2008, Azevedo buscou apoio de Souto, que negou...
Em 2008, Azevedo buscou apoio de Souto, que negou…

O prefeito Capitão Azevedo (DEM) será cobrado pelo seu partido nas eleições de 2010. Pelo menos, foi o que deixou claro o presidente estadual do DEM, o ex-governador Paulo Souto, que esteve no sul da Bahia neste final de semana.

Numa entrevista ao Blog do Gusmão, Souto disse não ter conhecimento das conversas entabuladas por Azevedo com o ministro peemedebista Geddel Vieira Lima.

E ressaltou:

– Eu tenho certeza que ele vai cumprir o compromisso partidário de estar aliado conosco [em 2010]. É isto que eu espero e que eu tenho certeza que a população de Itabuna espera dele.

A opinião de quem bem conhece Azevedo é que dificilmente Souto terá o apoio de Azevedo. Para reforçar, a fonte cita um caso de 2008, quando o atual prefeito ainda patinava nas pesquisas.

Azevedo foi a Salvador em busca de apoio financeiro. Souto sacou da gaveta uma pesquisa quentinha sobre o cenário eleitoral em Itabuna e desdenhou das possibilidades eleitorais do militar e colega de partido. À época, Capitão Fábio, então no PMDB, liderava a sucessão e a petista Juçara Feitosa estava em franco crescimento.

O desgosto de Azevedo foi tanto que ele, então, passou a fazer campanha dizendo que não tinha caciques em seu palanque. Era uma indireta à ausência (financeira) de Souto e do próprio partido (e aí desconte que ele trabalhava para desvincular a sua imagem da do ex-prefeito Fernando Gomes, rejeitado à época por 75% da população). Até do deputado federal Félix Mendonça, Azevedo levou tombo.

Para completar, o prefeito não teve respaldo algum de seu partido nos momentos de intensa crise, entre janeiro e maio. Paulo Souto vai ter que bater em outra porta. Se no passado foi o prefeito quem buscou apoio, hoje é Souto quem implora por ele.