Após consultas feitas pelo DEM, o partido deverá adotar o nome “Mude”. O Democratas encomendou pesquisa em que era apresentado ao eleitor duas sugestões de nome – Mude e Centro.
A segunda opção não caiu bem junto ao eleitorado, segundo o jornalista e blogueiro Gerson Camarotti, da GloboNews e G1.
A mudança de nome é uma das estratégias do DEM – ex-PFL, PDS e Arena – para atrair dissidentes de partidos como PSB e até PMDB, do presidente Michel Temer.
O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) definiu o relator da ação em que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), é acusado de injúria e difamação pelos membros da bancada baiana do PT na Câmara Federal. O processo terá o desembargador Júlio Cezar Lemos Travessa como relator.
O que motivou a denúncia foram as declarações do prefeito em entrevista a um programa de rádio em que acusou petistas indiscriminadamente de terem enriquecido e se beneficiado com dinheiro de corrupção.
“Não dá para aceitar calado qualquer ilação neste sentido. Desafio que se compare a evolução patrimonial dos membros do PT com os do PFL-DEM nos últimos 30 anos, e veremos quem de fato enriqueceu”, disse Solla.
São autores da ação os deputados federais Jorge Solla, Moema Gramacho, Afonso Florence, Luiz Caetano, Waldenor Pereira e Valmir Assunção, além da vereadora Vânia Galvão, de Salvador.
A culpa pelo desmoronamento nas pesquisas, com a possibilidade de uma vitória de Dilma no primeiro turno, é exclusiva de Marina. O conflito entre as duas Marinas tende a ficar cada vez mais assustador.
Correligionários da candidata Marina Silva (PSB) estão atribuindo a queda da ex-petista nas pesquisas de intenções de voto aos ataques que vem sofrendo no horário eleitoral de TV.
Levantamento da UFRJ, feito pelo Laboratório de Comunicação Política e Opinião Pública, diz que o tucano Aécio Neves foi quem mais atacou os adversários, investindo 32% do seu tempo. Marina usou 18% e Dilma 10%.
Portanto, o mais agressivo é o candidato do PSDB. Mas fica parecendo que é candidata do PT que mais ataca os concorrentes, como insinuam os jornais escancaradamente de oposição.
Marina despencou porque não é mais a verdadeira Marina. É a Marina versus Marina. Uma Marina que diz uma coisa hoje e outra amanhã. Uma Marina confusa e cheia de contradições, que prega a “nova política” e corre atrás da “velha política”.
Uma Marina que pontuava em primeiro lugar em Santa Catarina e caiu para a terceira posição depois que subiu no palanque da tradicional família Bornhausen, cujo patriarca (o ex-senador Jorge Bornhausen) foi governador biônico na ditadura militar e fundador do PFL.
Com o fim da comoção social em torno da morte de Eduardo Campos, os marqueteiros da ambientalista usam o instrumento da vitimização para mexer no emocional do eleitor.
A postura física de Marina e sua história de vida ajudam no esforço de torná-la vítima de tudo, como se a ex-ministra de Lula estivesse recebendo, digamos, o batismo nas artes da política.
A culpa pelo desmoronamento nas pesquisas, com a possibilidade de uma vitória de Dilma no primeiro turno, é exclusiva de Marina. O conflito entre as duas Marinas tende a ficar cada vez mais assustador. Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
Poder Online, IG
A bancada do DEM tem se esforçado para barrar até mesmo a discussão sobre o projeto que pretende resgatar o nome original do aeroporto internacional de Salvador, inicialmente chamado Dois de Julho.
O partido não abre mão da homenagem feita após a morte do ex-deputado federal Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) – filho de Antônio Carlos Magalhães – que também dá o nome a um município baiano e a uma avenida em Salvador.
Na última quarta-feira, o DEM nomeou inclusive os deputados Claudio Cajado (DEM-BA), Alexandre Leite (DEM-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) para a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados – que entraram em obstrução e acabaram derrubando a sessão.
Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”.
Começo pelo cenário político baiano na época: em abril o vice-governador Otto Alencar tomou posse substituindo César Borges, que renunciou para candidatar-se ao senado. Antônio Carlos Magalhães estava desempregado. Renunciou ao mandato por causa da sua estripulia no Senado, a fraude no painel de votação. Candidatou-se novamente.
O PSB lançou Itaberaba Lyra ao governo, Ruy Corrêa (Senado), Domingos Leonelli (deputado federal) e Lídice da Mata à reeleição na Assembléia Legislativa. Anthony Garotinho (PSB) era candidato à presidência da República e precisava de um palanque na Bahia, por isso entrou em contato com o presidente da legenda Domingos Leonelli.
O ASSALTO
Depois de combinar por telefone com Garotinho, Leonelli voou ao Rio para buscar a primeira parcela do dinheiro da campanha. No retorno, pegou seu carro, foi à casa de uma amiga com a pasta com o dinheiro debaixo do banco e, em seguida, para sua residência no Rio Vermelho. Lá estavam, dentre outras pessoas, a deputada Lídice da Mata e Geovan, do PSB de Vitória da Conquista. Quando acabou de entrar , um grupo invadiu a casa e anunciou o assalto, levando toda a grana.
Os brutos também choram. Leonelli, apesar de toda a brutalidade política, não conteve as lágrimas ao ouvir de um correligionário que aquilo era “armação”. A hipótese foi rechaçada pela direção do partido. Ele concedeu entrevistas e o fato foi noticiado pelos principais veículos de comunicação.
RESULTADO DAS ELEIÇÕES
Lula foi eleito presidente, Paulo Souto derrotou Jaques Wagner, Antônio Carlos e César Borges se elegeram, Lídice da Mata se reelegeu e Leonelli não conquistou a cadeira na Câmara. O advogado itabunense Ruy Corrêa obteve 85 mil votos, ficando em quinto lugar entre os nove candidatos ao senado.
QUESTÕES INTRIGANTES
Os ladrões nunca foram descobertos e alguns fatos chamaram a atenção. Por exemplo, eles entraram perguntando onde estava a pasta com o dinheiro. Logo após o assalto, Leonelli declarou nas entrevistas que a pasta tinha dez mil reais. Os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia e outros veículos publicaram esta versão. Mas o Correio da Bahia publicou 190 mil. Chegou bem próximo. Na verdade havia 210 mil reais.
2002 foi um ano “quente” na política baiana. De março a setembro, houve um festival de grampos telefônicos clandestinos. O esquema era operado por pessoas da Secretaria de Segurança Pública. Foram grampeados 190 números de telefones dos desafetos de Antônio Carlos Magalhães.
Marival Guedes é jornalista e escreve no PIMENTA às sextas.