Tempo de leitura: < 1 minuto

Há pouco, o vereador Roberto de Souza, que apresenta programa na Rádio Difusora de Itabuna, encerrou sua resenha com a seguinte frase: “Como eu sempre digo, se quiser conhecer um homem, dê dinheiro e poder a ele”.
A mensagem, obviamente, foi para o presidente da Câmara de Vereadores, Clóvis Loiola, que se tornou algoz de Roberto e tem dito que desbaratou uma “quadrilha” no legislativo municipal (leia post abaixo). Roberto é o primeiro-secretário da Câmara, tendo a função de autorizar pagamentos, assinar contratos e cheques, junto com o presidente.

Tempo de leitura: 2 minutos

O vereador Ricardo Bacelar (PSB) esteve há pouco, acompanhado pelo colega Claudevane Leite (PT), no programa Bom Dia Bahia, da Rádio Nacional de Itabuna. Os dois, mais o vereador Wenceslau Júnior (PCdoB), defendem a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar uma lista de falcatruas e maracutaias que aconteciam na Câmara itabunense.
Na entrevista ao apresentador Ederivaldo Benedito, Bacelar afirmou que a presidência e a primeira-secretaria da Câmara eram “fechadas”. Ou seja, uma espécie de caixa preta à qual os demais vereadores não tinham acesso.
Cabe ao presidente e ao primeiro-secretário, funções exercidas respectivamente por Clóvis Loiola e Roberto de Souza, assinar cheques e autorizar os pagamentos feitos pela Câmara. Bacelar, que é o segundo-secretário (tem a função regimental de substituir o primeiro), afirmou que muito raramente teve a oportunidade de ser solicitado para fazer as vezes de Roberto de Souza.
“Roberto sempre esteve presente na hora de assinar documentos e autorizar os pagamentos”, comentou o vereador. Claudevane Leite declarou que , desde o ano passado, ele, Bacelar e Wenceslau vêm alertando o presidente da Câmara sobre “algumas irregularidades”.
O petista lembrou que foi criada uma comissão de servidores no mês de junho passado para apurar as tais irregularidades, mas disse que os funcionários “jogaram a toalha”, porque a administração da casa “não abria nada”.
Claudevane reconheceu ser “lamentável o que está acontecendo” e afirmou que “não adianta muita conversa”. Para o vereador, somente a Comissão Especial de Inquérito poderá verificar a profundidade da lama que inunda o legislativo.
Na mesma entrevista, Claudevane Leite criticou as generalizações, uma vez que a imagem de toda a Câmara ficou comprometida pelo “Loiolagate”.
“A sociedade tem razão de estar perplexa e desapontada, mas não se pode generalizar”, declarou. O petista elogiou “a coragem” do presidente, mas acrescentou que “ele poderia ter ouvido nossos conselhos”.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Apesar da decisão do TRE de impugnar sua candidatura à Assembleia Legislativa da Bahia, o ex-prefeito de Itamaraju, Frei Dilson Santiago (PT), não está disposto a entregar os pontos. Ele apresentou recurso ao Tribunal Superior Eleitoral e diz que irá até o STF se for necessário.
Em sua defesa, o ex-prefeito afirma, entre outras coisas, que teve todas as suas contas aprovadas pela Câmara de Itamaraju, além de sustentar que deixou o mandato não para escapar da cassação, mas para desicompatibilizar-se e disputar a vaga de deputado.
Frei Dilson responde a processo por abuso do poder político e uso de dinheiro público na campanha eleitoral de 2008.

Tempo de leitura: < 1 minuto

 O senador César Borges (PR), que disputa a reeleição, desdenhou esta semana dos candidatos do “time de Lula”, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), que divulgaram o VT em que o presidente declara apoio a estes dois.
Em resposta, César disse que não precisa de “muleta”, pois confia que o seu trabalho o reconduzirá ao Senado.
A réplica veio ontem, durante o comício na Praça Castro Alves, em que a candidata Lídice da Mata afirmou: “a gente quer essa muleta do maior presidente do Brasil, que causa ciúme dos outros candidatos”.
Lídice acredita piamente que a declaração de apoio do supremo mandatário garantirá a vitória a ela e Pinheiro.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Os secretários da Prefeitura de Itabuna receberam esta semana um daqueles memorandos inconvenientes, porém bastante comuns em época de eleição. No documento, assinado pelo chefe de gabinete do governo municipal, Ivan Montenegro, os membros do primeiro escalão são intimados a mandar os servidores lotados em suas Secretarias para uma caminhada que o deputado federal Roberto Britto realiza nesta sexta-feira na cidade.
De acordo com a intimação, cada secretário deve mobilizar pelo menos 20 funcionários para o esforço político, prestando inestimável serviço à manutenção do relacionamento entre Britto e o prefeito Azevedo em boa maré.
A imposição gerou forte temor no governo, já que a enorme quantidade de apoios fechados pelo prefeito de Itabuna pode ensejar verdadeira paralisação das repartições municipais. É capaz de todo dia os secretários terem que dispensar seu pessoal para caminhadas, comícios, carreatas e outras atividades da temporada eleitoral.
Coisas de um prefeito que se transformou, mal comparando, em uma verdadeira “piriguete” política. Só é preciso tomar cuidado com as crises de ciúmes que podem acometer os corações magoados.

Tempo de leitura: 2 minutos

Muitos tomam Loiola por um bobo da corte, um lelé da cuca, um matuto… Vá lá que um desses adjetivos ou mais de um se aplique ao presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, mas isso no momento é o que menos importa.
Loiola, como se diz, jogou m… no ventilador e a sujeira está espirrando em quem até pouco tempo fanfarroneava com status de novo rico pelos restaurantes de Itabuna. De onde vinha tanta pose e, em alguns casos, tanta ostentação explícita de um patrimônio crescente e incompatível com os ganhos oficialmente comprovados?
A suposta abilolação de Loiola, que tem sido apontada como um inconveniente para um ocupante da presidência da Câmara, é de todo conveniente neste momento. Quem, além de um abilolado, teria coragem de quebrar o silêncio para revelar a sujeira institucionalizada e sedimentada na Câmara de Vereadores de Itabuna?
Ora, os loucos ou socialmente indesejáveis são os seres mais propensos a quebrar as regras, chutar o balde, botar a boca no trombone. Só eles se dispõem a dar com a língua nos dentes até mesmo quando o mal que sai da boca também lhes prejudica.
O vereador Ricardo Bacelar fala em “delação premiada”, uma expressão que em direito penal vale para definir a atitude do bandido que, interessado em reduzir a pena pelos próprios delitos, estica o dedo em direção aos comparsas.  Teria o nobre Ricardo cometido um ato falho? Freud explica.
Não há ingênuos na Câmara de Vereadores de Itabuna. Há muito quem circula por aquela casa ouve falar em empresas fantasmas, contratos que beneficiam diretor A, esquema que atende o diretor B. Fala-se pelos cantos em gente que desvia dinheiro, apontam-se relações empregatícias espúrias. Tudo à boca pequena, nas implacáveis ondas sonoras da “rádio-peão”.
Agora que o “maluquinho da Câmara” bagunçou o coreto, ainda que sob o risco de também ser atingido pelos escombros, alguns falam em Comissão Especial de Inquérito, uma forma de enquadrar a devassa em termos civilizados. Ou, quem sabe, produzir uma investigação daquelas que começam com muita expectativa e terminam com enorme frustração.
O mesmo Bacelar disse ontem que o momento é de descobrir os culpados e preservar a imagem da Casa. Ora, que imagem, se a face do legislativo municipal a essa altura do campeonato está mais para carranca do São Francisco? Mais fácil está descobrir os culpados, pois todos na Câmara, por ação ou omissão, contribuíram para enlamear aquela que há muito tempo não pode mais ser chamada de Casa do Povo.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Mais novidades sobre a Casa da Mãe Joana, a forma como muitos vêm chamando a Câmara de Vereadores de Itabuna. O Pimenta desconfiou e um advogado consultado pelo blog confirmou: a nomeação de Indira Carvalho Santana para um cargo na Secretaria Parlamentar contém irregularidade.
Indira, amiga íntima do casal Loiola, ocupava cargo de confiança no município, na Secretaria de Trânsito. O ato que a nomeou para a Câmara diz que ela foi cedida “sem ônus” pelo Executivo, mas esse tipo de cessão só pode ser feita se o servidor for efetivo. Não é o caso.
“É um erro crasso, coisa de quem não tem a menor noção de administração pública”, comentou o nosso consultor jurídico.
Claro que o amigo Loiola ordenará que se dê um jeito nessa barbeiragem. Afinal, o homem agora descobriu que tem uma caneta na mão e, enquanto houver tinta, ele está mandando ver.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da esq. p/ dir.: Wenceslau, Roberto de Souza, Claudevane Leite e Bacelar. O segundo pode passar de aliado a alvo de investigação

Os vereadores Wenceslau Júnior (PCdoB), Claudevane Leite (PT) e Ricardo Bacelar (PSB) resolveram dar um “freio de arrumação” na Câmara descontrolada de Itabuna. Nesta quinta-feira, 26, o trio protocola pedido de instalação de uma Comissão Especial de Inquérito, que investigará uma série de denúncias que pululam no legislativo municipal.
Para que o pedido seja aprovado, são necessárias cinco assinaturas. Bacelar afirma que outros vereadores já se dispuseram a subscrever a proposta. “A casa está numa situação insustentável. O presidente sumiu e fica de longe dando canetadas”, afirma o vereador do PSB.
Ainda segundo Bacelar, “é necessário preservar a Câmara e não permitir que a briga de Roberto de Souza e Loiola destrua a imagem da casa”. A CEI, de acordo com ele, vai investigar denúncias envolvendo contratos irregulares com empresas terceirizadas, existência de assessores fantasmas e desvios de recursos”.
Wenceslau Júnior também confirma o pedido de instalação da CEI. “Vamos investigar, colher documentos e se for preciso cortar na carne, vamos cortar”, declara.

Tempo de leitura: 2 minutos

Um veículo desgovernado e descendo a ladeira. É essa a impressão que se tem da Câmara de Vereadores de Itabuna, e isso não é de hoje. O que mudou foi a velocidade da descida, que nunca foi tão grande.
Loiola, o presidente tardio, só agora descobriu que tem poder, mas ainda não teve tempo de entender que o poder sem sabedoria nunca leva a um final feliz. Se antes ele era um bobo nas mãos das “águias” do legislativo municipal, continua o sendo, porém em outras mãos.
Sem habilidade, com a chamada sutileza de elefante em loja de cristais, Loiola vai promovendo não uma reforma, mas a demolição administrativa da Câmara. A estrutura anterior talvez não fosse das melhores, mas o que é mesmo esse monstrengo que vai surgindo naquele prédio em forma de pizza?
Por enquanto, a guinada napoleônica de Loiola não passa de uma pseudo-engenharia, que pode ter trocado seis por meia dúzia ou nem isso. As manobras, pensadas em consórcio pela soma das inteligências do presidente da Câmara com a do capitão-prefeito, visaram tirar os amigos de Roberto de Souza dos cargos de influência no legislativo. Mas quem são os novos titulares? Claro, os amigos de Loiola.
E quem é amigo do povo nessa briga de panelinha contra panelinha? Ora, e o que é o povo, esse ente abstrato, sem rosto e sem forma, que só nas campanhas se transforma em Dona Maria, Seu João e outras milhares de pessoas às quais os políticos somente procuram no momento que lhes interessa? Depois, voltam-lhes as costas e tapam todas as frestas para que ninguém veja o desenrolar das negociatas.
Enquanto incorpora o presidente-canetada, Loiola espalha insegurança e confusão na Câmara. Hoje à tarde, funcionários de empresas terceirizadas invadiram as dependências da casa e reclamaram de que os cheques recebidos do legislativo eram legítimos borrachudos. Em vários setores, surgiu um clima de apreensão, já que ha notícias de novas exonerações sendo preparadas.
E Loiola, o que diz? Absolutamente nada! O presidente não explica seus atos nem dá sequer uma pista do que pretende construir após a demolição. Pelo jeito, esse arroubo de poder deverá produzir muita bagunça, mas está longe de resolver a grave crise do legislativo itabunense.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Loiola articulou-se com o Executivo e "passou o trator" na Câmara de Itabuna

O Diário Oficial de Itabuna, edição online, publica hoje as exonerações dos diretores Alisson Cerqueira e Kleber Ferreira, respectivamente das áreas Administrativa e de Recursos Humanos, além do chefe do Setor de Controle Interno, Antônio Pinto Muniz, todos da Câmara de Vereadores.
Também foram publicados o ato que altera a composição da Comissão Permanente de Licitação do legislativo municipal e ainda o que dispensa o serviço de consultoria na área de licitações e contratos.
A mesma edição traz os nomes dos substitutos dos servidores exonerados, quase todos ex-ocupantes de cargos no gabinete do presidente Clóvis Loiola. A exceção é a diretoria de RH, que será comandada pelo ex-diretor de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, Antônio Carlos  Costa. Este, no entanto, fazia parte da cota de Loiola no governo.
Clique AQUI para ler o Diário Oficial.

Tempo de leitura: < 1 minuto

O projeto que ganhou o apelido de “Lata Velha”, que amplia a idade máxima da frota de ônibus em Ilhéus, foi aprovado nesta terça-feira, 24, pela Câmara de Vereadores. Por unanimidade, ligeirinho e com pouca discussão.
Maior interessado na aprovação da proposta, haja vista que possui alguns ônibus alugados à Prefeitura, o vereador Jailson Nascimento (PMN) comemorou. No entanto, para ver a proposta aprovada, ele teve que negociar com o governo.
Jailson queria que a idade máxima permitida para os ônibus em circulação na cidade fosse ampliada de 5 para 20 anos. O governo tentou um meio termo: 10 anos. E Jailson saiu com o velho “nem eu, nem você”. Ao final, o projeto foi aprovado com um limite de 15 anos, que passará a ser o tempo máximo de vida útil dos ônibus utilizados em Ilhéus.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Roberto de Souza está na mira de Loiola e da Prefeitura

Depois de passar a vassoura nas diretorias da Câmara de Vereadores de Itabuna, o presidente da casa, em forte articulação com o Poder Executivo, prepara outra dura ofensiva. Nesta, a vítima será o primeiro-secretário do legislativo municipal, Roberto de Souza.
A história é a seguinte: Souza, com o apoio de outros vereadores, alterou o regimento interno da Câmara e conseguiu antecipar a eleição da Mesa Diretora, para o biênio 2011-2012. A eleição aconteceu em junho de 2009 e Souza foi eleito presidente.
Ocorre que alguém investigou as “operações legislativas” desse processo e descobriu que o dispositivo legal que embasou a eleição do futuro presidente tem data de agosto de 2009. Ou seja, é posterior à sua eleição.
Para os advogados que prepararam o “míssil”, o carro, como se diz, foi colocado à frente dos bois e a eleição antecipada da Mesa está mais em baixa que o Carnaval Antecipado de Itabuna, aquele que já morreu há muito tempo.
De uma coisa se pode ter certeza: tão cedo a pomba da paz não pousará na Câmara itabunense. A guerra está declarada, justamente num período que teria tudo para ser morno por conta do envolvimento dos vereadores nas campanhas de candidatos a deputado estadual e federal.

Tempo de leitura: 2 minutos

Atos foram afixados nas paredes da Câmara (foto Fábio Roberto/Pimenta)

O presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Clóvis Loiola, oficializou a exoneração de três ocupantes de cargos estratégicos no legislativo municipal. Os atos foram afixados hoje na entrada da Câmara e, segundo informações, estarão publicados até esta quarta-feira, 25, no Diário Oficial do Município (edição online).
Pelo ato de número 1, foram exonerados o diretor administrativo, Alisson Cerqueira, e o diretor de RH, Kleber Ferreira. Outro ato, o de número 3, dispensou de suas funções o chefe do Setor de Controle Interno da Câmara, Antônio José Pinto Muniz.
O atual chefe de gabinete de Loiola, Eduardo Freire Menezes, foi designado para a diretoria administrativa. Já a direção de Recursos Humanos do legislativo será assumida por Antônio Carlos Costa (conhecido como “Carrero”), que era diretor de Planejamento da Secretaria Municipal da Saúde. A advogada Maria Laurinda dos Santos, que também trabalhava no gabinete de Loiola, foi nomeada para a chefia do setor de Controle Interno.
Da cozinha – Outra pessoa “da cozinha” do presidente foi sacada para assumir um posto estratégico na Câmara. É Indira Carvalho Santana, que vai para a Secretaria Parlamentar, ficando responsável pelo protocolo de documentos relacionados ao processo legislativo.
O “pacote de agosto” também fez outra vítima: o advogado Franklin Souza Silva, que prestava consultoria na área de licitações e contratos, teve os seus serviços dispensados.
Devido às exonerações de Kleber Ferreira e Alisson Cerqueira, a Câmara também mudou os componentes de sua Comissão Permanente de Licitação.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da coluna Tempo Presente (A Tarde):
Lula apareceu no horário eleitoral não só pedindo votos para o governador Jaques Wagner, mas também dizendo tratar-se do melhor entre os petistas no Brasil.
Ontem, também no horário eleitoral, pediu votos para a dupla Lídice e Pinheiro, que disputa o Senado. E quinta estará aqui no comício de Wagner. Isto é muito mais do que o “carinho” que Geddel diz não postular. É apoio ostensivo, uma opção preferencial declarada, partindo justamente do detentor da popularidade que em 2006 foi capital para a vitória de Wagner e agora influencia decisivamente o cenário nacional.
Objetivamente, Lula desdenha Geddel e César Borges. Talvez por achar que no contexto atual (pelo que dizem as pesquisas aqui e alhures), os cuidados que parecia mostrar antes já não tenham importância cabal.
É a tal história do filho biológico com todos os privilégios e o adotivo de lado.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Um encontro casual ocorrido na agitada tarde desta segunda-feira, 23, foi um sintoma ou símbolo de como os fatos políticos e policiais têm andado mais perto do que nunca em Itabuna. Deu-se no plantão da 6ª Coordenadoria de Polícia: a secretária do prefeito, suspeita de assassinato, chegava presa ao local quando se viu em meio a um tropel de vereadores.
“Estamos todos presos? Deu a louca na polícia?” – deve ter imaginado a complicada auxiliar do Capitão Azevedo, por um instante sentindo aquele conforto fugaz que acomete os sofredores, no momento em que encontram companhia na lama onde chafurdam. Mas a edilidade, tão complicada quanto a secretária do Capitão, estava ali tão-somente para solicitar a força policial e abrir as portas do legislativo, as quais o presidente Clóvis Loiola trancou e escondeu a chave. 
“Que pena!” – deve ter pensado Suzana Andrade, ao descobrir que a justiça não age no atacado. Somente no varejo, e em doses homeopáticas (quando muito!).
Suzana, forte candidata a viúva assassina, não terá a solidariedade dos vereadores, muito embora ela lhes tenha prestado um grande serviço. Com a sua entrada, quiçá triunfal, na prisão, a secretária do prefeito conseguiu abafar os gritos que vêm da Câmara de Vereadores, casa onde o desenrolar dos fatos ainda reserva surpresa para muita gente. Além da infeliz, mas aqui inevitável, mistura do noticiário político com o policial.