Decretos do prefeito Augusto Castro respeitam decisões judiciais, segundo PGM || Foto Pedro Augusto
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Do PIMENTA

O prefeito Augusto Castro (PSD) publicou, nesta quinta-feira (2), os decretos municipais nº 16.086/2025 e nº 16.087/2025. Com o primeiro, demitiu 138 servidores da Prefeitura de Itabuna. No segundo, chancelou a adesão de 423 servidores ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) iniciado no final do ano passado.

Conforme levantamento do PIMENTA, dos demitidos, 36 estavam no grupo de servidores que se aposentaram ou solicitaram aposentadoria após o início da vigência da Lei Municipal nº 2.442/2019, em março de 2019. Outros 102 faziam parte da relação de servidores que ingressaram no serviço público municipal sem concurso, no intervalo de 1983 a 1988, que não foram contemplados pela estabilidade especial prevista no artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Ao PIMENTA, o assessor da Procuradoria-Geral do Município (PGM), Pedro Aracatibe, ressaltou que o prefeito Augusto Castro preservou os vínculos de emprego dos 336 servidores protegidos por mandados de segurança coletivos. As liminares proíbem a demissão dos trabalhadores que se aposentaram ou solicitaram aposentadoria antes da Lei Municipal nº 2.442/2019 e permaneceram no exercício dos cargos com base em exceção prevista na mesma Lei.

Para o assessor da PGM, o número de adesões ao PDV (423) pode ser considerado um sucesso da medida administrativa, já que cerca de 900 servidores estavam aposentados.

DISPUTA JUDICIAL

A vereadora Wilma Oliveira (PCdoB), liderança sindical dos servidores, afirmou ao site que não há registro de violação das decisões judiciais que impedem a demissão de parte dos servidores. Já o assessor da PGM, Pedro Aracatibe, alertou que o município recorreu à Justiça e, caso as liminares sejam derrubadas, os 336 servidores serão demitidos.

No Judiciário, o Governo Augusto Castro contesta a constitucionalidade do parágrafo primeiro do artigo 57 do Estatuto dos Servidores da Prefeitura de Itabuna (Lei Municipal nº 2.442/2019). O dispositivo legal abriu exceção à aposentadoria compulsória, permitindo que servidores com tempo de serviço suficiente para se aposentar continuassem no exercício dos cargos, desde que tenham se aposentado ou solicitado a aposentadoria até o início da vigência da Lei.

Câmara terá sessões extraordinárias para votar matérias de interesse do Executivo || Foto Divulgação
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O prefeito Augusto Castro (PSD) enviou à Câmara de Vereadores projeto de lei que institui o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) de Servidores. Para discutir a matéria, a Câmara abre, na próxima terça-feira (23), período de sessões extraordinárias, após convocação feita pela presidência da Casa.

Hoje, o município possui cerca de 7 mil servidores. Destes, quase 5 mil são estáveis e que poderão fazer a opção pelo desligamento voluntário.

Além do PDV de servidores, o prefeito encaminhou ao Legislativo, segundo o presidente Erasmo Ávila (PSD), “uma série de projetos”. Dentre eles, a criação do Programa Esporte e Juventude em Movimento, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, tocada por Alcântara Pellegrini.

Outra iniciativa é o PL de fomento à manifestação da cultura popular tradicional, com premiação por reconhecimento de trajetória dos blocos carnavalescos que participam da Lavagem do Beco do Fuxico. Há, ainda, o projeto de lei que institui bolsa formação para candidatos a cargos públicos com formação obrigatória.