Obra em encosta desmorona no Alto do Socorro || Foto Ilhéus24h
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Os pesquisadores Gustavo Barreto Franco, Agna Almeida Menezes e Ronaldo Lima Gomes publicaram o artigo “Reconhecimento e Caracterização de Áreas de Risco de Escorregamento em Ilhéus” no periódico do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp. Obtido pelo PIMENTA, o trabalho classifica o risco de deslizamento de terra em 21 áreas da cidade.

O Alto do Socorro, onde uma contenção desabou na última sexta-feira (21), foi um dos seis locais caracterizados como de “risco muito alto”, maior grau da metodologia usada na pesquisa. Uma obra estava em andamento no local. Orçada em R$ 1,9 milhão, a intervenção era feita com recursos federais executados pela Prefeitura de Ilhéus.

OUTRAS ÁREAS DE RISCO 

Encosta do Alto do Socorro coberta por lona, em 2015 || Foto PMI

Publicado em dezembro de 2009, o artigo apresentou o resultado do trabalho de campo feito em 2007. O risco máximo também foi atribuído a encostas na Avenida Palmares, no Barro Vermelho, no Alto do Vilela e em dois pontos do Basílio.

Na Av. Palmares, o morro cedeu e soterrou uma imóvel desabitado, também na sexta (21). Segundo a ialorixá Bernadete Souza, ela e sua família moravam numa casa no mesmo terreno da Palmares, no início dos anos 2000. “Depois de 20 anos sem morar mais nela, a encosta agora a engoliu de vez. A comunidade da Av, Palmares continua sofrendo as mesmas amarguras de 20 anos atrás”, escreveu a dirigente do PSOL.

As localidades onde o risco é alto, segundo a pesquisa, são os altos do CSU, Nerival, Rua do Cano/Soledade, Legião, Amparo, Coqueiro, Cacau e Cacau 2. Já o risco médio foi identificado em sete áreas (Centro de Zoonoses; Vidigal; Tapera; Seringal; Coqueiro 2; Vila Freitas; e Esperança).

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