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marivalguedesMarival Guedes | [email protected]

 

O vereador Dilson Fortes, de Caicó (RN), talvez preocupado com o próprio futuro, apresentou projeto obrigando a distribuição de viagra.

 

O deputado Roberto Carlos (PDT/BA) apresentou projeto na assembleia proibindo a colocação de sal nas mesas de restaurantes, bares e lanchonetes. O ingrediente só pode ser levado após solicitação do cliente e o objetivo é desestimular o consumo do produto que pode provocar hipertensão.

Projeto similar entrou em vigor mês passado em Vitória (ES) e causou polêmica. O dono de um restaurante criticou “a intromissão do poder público” e vestiu camisa com a frase, “sou contra: o excesso de sal e que mandem na minha vida”. O garçom pendurou saleiros no pescoço pra evitar “idas e vindas” à cozinha.

Outro projeto que está gerando comentários é o do deputado Sandro Régis (DEM/BA) propondo a inclusão do cartão de débito entre as formas de pagamento dos pedágios.

Justifica que as pessoas não circulam com dinheiro inclusive por medo de assalto. Os críticos argumentam que vai provocar o aumento dos engarrafamentos e teria que ser um ladrão muito mixuruco pra levar quantia equivalente ao valor da taxa.

Já a iniciativa do deputado Sargento Isidório (PSC/BA) é hilária. Ele propôs a criação, pelo governo do estado, de centros de assistência psicológica para vítimas de infidelidade conjugal. O apelidado Projeto dos Cornos foi rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.

Antes de ouvir a surrada e, em minha opinião, equivocada frase do ex-governador Otávio Mangabeira sobre nossa primazia em relação a absurdos, me debrucei em busca de outras propostas hilárias.

Encontrei pesquisa do jornal Região Noroeste (Fernandópolis, SP) sobre projetos bizarros que foram apresentados em cidades do país. Selecionei alguns:

“A crase não foi feita pra humilhar ninguém”, afirmou há décadas o poeta Ferreira Gullar. Discordando da frase, o deputado João Herman Neto (PDT/SP) propôs a eliminação do uso do acento que “só serve pra humilhar muita gente”.

João Caldas (PL/AL) apresentou projeto que obrigaria os aviadores a dizer tudo que sabem sobre extraterrestres. Já o vereador Dilson Fortes, de Caicó (RN), talvez preocupado com o próprio futuro, apresentou projeto obrigando a distribuição de viagra. Alega que a disfunção erétil abala a autoestima e pode estimular violência, alcoolismo e suicídio.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas semanais no Pimenta.

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Marcelo Nilo ganha apoio de mais seis deputados.
Marcelo Nilo ganha apoio de mais seis deputados.

O deputado Marcelo Nilo ganhou o apoio de mais seis deputados na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa. Os parlamentares compõem o “bloquinho” composto por PRB, PSC, PR e PV.
Apoiam Nilo os colegas Marcell Moraes e Marquinhos Viana, do PV; Sidelvan Nóbrega e José de Arimatéia, do PRB; Reinaldo Braga, do PR, e Wando do PSC.
Sargento Isidório, que é do PSC, preferiu – pelo menos, por enquanto – manter a candidatura.
A disputa pela presidência tem três candidatos até aqui: o favorito Marcelo Nilo, o petista Rosemberg Pinto e o próprio Isidório. A eleição está prevista para 2 de fevereiro.

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Sargento é contra união gay (Foto Pimenta).

Sargento Isidório (PSB), deputado estadual famoso por ter virado na pinoia com um médico durante o toque retal para exame de próstata, apresentou à Assembleia Legislativa baiana moção de aplausos ao juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública e Registros Públicos de Goiânia (GO), Jerônimo Pedro Villas Boas.
Defensor da moral e dos “bons costumes”, o deputado considera o juiz goiano um “extraordinário magistrado”, que demonstrou “independência, conhecimento, coragem e apego à nossa Constituição Federal” ao negar o casamento civil entre os homossexuais Liorcino Mendes e Odílio Torres, em junho deste ano. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) derrubou a decisão dias depois.
O deputado Isidório acredita que o Supremo Tribunal Federal (STF) extrapolou ao reconhecer a união estável gay. Para o parlamentar baiano, o casamento gay somente pode ser reconhecido por meio de projeto votado no legislativo.
A moção de aplausos demorou para ser apresentado. E tamanho lapso pode ser justificado: há menos de dez dias o Ibope divulgou pesquisa em que 55% dos brasileiros se posicionam contrários à união gay. Isidório, que pode até ter cara de “fronteiriço” mas não é besta, foi na onda.

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O jornalista Levi Vasconcelos repercutiu hoje nota do PIMENTA sobre a exigência feita pelo deputado Coronel Santana (PTN) de que o prefeito Capitão Azevedo, de Itabuna, respeitasse sua patente.  Na coluna Tempo Presente (A Tarde), Levi aproveitou para dar uma sugestão ao deputado:
“Na Assembleia Legislativa tem também o Capitão Tadeu e o Sargento Isidório. E na Câmara de Salvador o tenente-coronel Mustafá. É só fundar o PM (Partido dos Militares)”.
Por aqui, o colega Luiz Conceição acrescenta mais uma dica: “se este partido vier a ser criado, poderia ter como patrono o deputado federal e casca grossa Jair Bolsonaro (PP/RJ)”.