O prefeito Mário Alexandre e o vice Bebeto em reunião com Gustavo Santana (ao centro), presidente do Sindrod || Foto Clodoaldo Ribeiro/Secom-Ilhéus
Tempo de leitura: < 1 minuto

O prefeito Mário Alexandre, Marão (PSD), e o vice-prefeito Bebeto Galvão (PSB) se reuniram, na tarde desta quarta-feira (28), com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus (Sindrod), Gustavo Santana. O sindicalista pediu que a Prefeitura intervenha, como mediadora, nas negociações da categoria com as empresas São Miguel e Viametro, concessionárias do transporte público municipal.

Segundo a Prefeitura, o objetivo do sindicato é evitar novas demissões e negociar reajuste salarial para motoristas e cobradores. Nos últimos 18 meses, o salário dos rodoviários foi reajustado em 3,5%, 5% a menos do que o percentual almejado pela categoria.

Mário Alexandre garantiu que a Prefeitura vai mediar o diálogo dos rodoviários com as empresas. Também assumiu o compromisso de renovar o convênio do município com o sindicato para a prestação de serviços médicos e odontológicos aos trabalhadores. Além disso, solicitou agendamento de nova reunião, dessa vez, com a presença de representantes das concessionárias.

Bebeto Galvão destacou que o governo tem o dever de sensibilizar as concessionárias para que negociem com os rodoviários, com objetivo de evitar a paralisação do serviço. “O município se sensibiliza com a demanda apresentada para ajudar na negociação, isso pela responsabilidade que nós temos de não permitir que o sistema paralise as atividades em prejuízo da população”, declarou o vice-prefeito.

Empregados da São Miguel, concessionária do transporte coletivo, cobram pagamento de salário atrasado || Foto Railan Bus/Ônibus do Brasil
Tempo de leitura: 2 minutos

A direção do Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus (Sindrod) informou hoje (20) ao PIMENTA que não convocou paralisação da categoria para a próxima segunda-feira (22). A entidade fez o esclarecimento ao ser questionada pelo site sobre mensagem que circula nas redes sociais, segundo a qual os ônibus da São Miguel, empresa concessionária do transporte coletivo, não vão circular na segunda.

De acordo com o Sindrod,  há movimento a favor da paralisação entre os funcionários que não aderiram ao lay-off  da empresa e não receberam o salário de fevereiro, que deveria ter sido pago até o 5º dia último do mês atual. Cerca de 30 trabalhadores estão nessa condição.

A São Miguel alega dificuldades financeiras para cobrir as despesas da folha de pessoal e priorizou o pagamento de quem aderiu ao lay-off. 

O Sindrod emitiu nota de esclarecimento sobre o caso. Leia.

“O Sindicato dos Rodoviários de Ilhéus (Sindrod) esclarece que, apesar das dificuldades alegadas, as empresas têm mantido o pagamento de salários dos funcionários ativos e solicitou suspensão temporária dos contratos de trabalho, através de layoff para os demais funcionários. Alguns rodoviários recusaram a suspensão de seus contratos de trabalho para qualificação profissional, permanecendo fora de escala. Acontece que a empresa alega redução drástica da receita por conta da pandemia e priorizou o pagamento dos funcionários que estão trabalhando, deixando de pagar aos que estão fora de escala e recusaram a layoff. O Sindicato ressalta que uma paralisação somente poderá ser convocada após exauridas todas tentativas de resolução do problema, adotando-se, para tanto, o procedimento legal, cumprindo os prazos previstos, evitando que o movimento seja considerado ilegal, o que atairia multas e outras punições aos trabalhadores. É impossível promover qualquer movimento grevista na próxima segunda-feira, sem violação da lei de greve. Por isso, a entidade informa que, caso a empresa se mantenha inadimplente, deverá iniciar os procedimentos para, seguindo trâmite legal exigido por lei, deflagar paralisação das atividades. Chegou ao conhecimento da diretoria do Sindrod que há um movimento dos funcionários fora de escala, que recusaram a layoff, os quais ainda não receberam salários de fevereiro. A empresa alega que está priorizando o funcionários que estão trabalhando. Estima-se que cerca de 30 trabalhadores estão nessa condição”. Atualizada às 17h36min.