Amamentação reduz risco de mulher desenvolver câncer de mama
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Fundamental para a proteção e desenvolvimento do bebê, o aleitamento materno também é responsável por benefícios para a saúde da mulher. O risco de surgimento de câncer de mama é 22% menor, comparado às mulheres que nunca amamentaram, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A proteção aumenta de acordo com o tempo de alactamento, chegando a 26%, caso o período tenha sido de, pelo menos, um ano.

Os estudos ainda apontam que a doença, quando se manifesta em pacientes que amamentaram mais de 6 meses, apresenta uma redução no risco de morte, índice até 3 vezes menor, comparado àquelas que tiveram história de amamentação inferior a este período.

Do mesmo modo, mulheres que amamentam têm menor risco de desenvolverem câncer de endométrio e de ovário, principalmente se a amamentação for prolongada. Ainda de acordo com a SBP, estudos mostram que os riscos para o desenvolvimento do câncer de ovário caem 2% para cada ano de amamentação.

Outras doenças também são impactadas pelo ato de amamentar. As chances para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, conforme estudos, têm uma redução de até 9% para cada ano de amamentação.

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Mais de 100 mil crianças são vítimas de familiares
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O Brasil foi surpreendido na última semana com a divulgação dos desdobramentos da investigação sobre a morte do menino Henry Borel, de 4 anos, vítima de violência intrafamiliar gravíssima que o levou à morte. O episódio revela uma triste realidade no País, que nos últimos 10 anos ceifou a vida de pelo menos 103.149 crianças e adolescentes.

Números analisados pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revelam que, entre 2010 e agosto de 2020, cerca de duas mil vítimas fatais de agressão tinham menos de 4 anos de idade, média de 200 crianças semelhantes ao caso de Henry por ano. “O caso do menino Henry não pode ser ignorado e deve ser apurado com todo o rigor que a lei exige”, defende a presidente da SBP, Luciana Rodrigues Silva.

Essa barbárie deve alertar, ainda, para a existência de outras crianças e famílias que vivem dramas semelhantes, mas poucas chegam à mídia. O Brasil precisa estar preparado para, por meio da efetiva implementação das políticas de prevenção à violência na infância e na adolescência, garantir ações articuladas entre educação, saúde, segurança e assistência social”, cobra.

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As agressões estão agrupadas no Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças de Causas externas de morbidade e mortalidade e representam uma das causas mais comuns de ocorrência no Brasil. Junto aos acidentes, são a maior causa de morte a partir de um ano de idade até aos 19 anos.

Segundo a presidente da SBP, estudos científicos e a prática dos profissionais que lidam com a infância e a adolescência indicam que o tratamento humilhante, os castigos físicos e qualquer conduta que ameace ou ridicularize a criança ou o adolescente, quando não letais, podem ser extremamente danosos à sua formação de personalidade e como indivíduos para a sociedade, bem como interferem negativamente na construção da sua potencialidade de lutar pela vida e no seu equilíbrio psicossocial. “Nascer e crescer em um ambiente sem violência é imprescindível para que uma criança tenha a garantia de uma vida saudável, tanto física quanto emocional”, destacou.

Embora os dados de mortalidade de 2020 ainda sejam preliminares, os especialistas acreditam que o isolamento social, essencial para conter a pandemia do novo coronavírus, tenha exposto a população pediátrica a uma maior incidência de violência doméstica e, consequentemente, aumentado o número de casos letais.

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Ministra de Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou, nesta terça-feira (28), um documento científico com considerações sobre a proposta do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de indicar a abstinência sexual como método eletivo para prevenção da gravidez na adolescência e outras situações de risco à saúde reprodutiva e sexual.No texto, a entidade enfatiza que o amplo acesso à educação e à informação, associado à disponibilidade de serviços de saúde qualificados, representam a única ferramenta comprovadamente eficaz para lidar com a questão.

A SBP reitera o posicionamento de diferentes instituições científicas internacionais que, após a análise de estudos publicados a respeito da eficácia de programas de educação sexual, apontam graves falhas científicas e éticas da abordagem para abstinência sexual exclusiva. Nesse contexto, a entidade ressalta a urgência da elaboração de políticas públicas sempre embasadas em orientações cientificamente reconhecidas e amplamente discutidas entre os especialistas brasileiros e de outros países.

De acordo com a SBP, o tema da prevenção da gravidez em adolescentes é extremamente importante e exige maiores esclarecimentos e informações, sobretudo para serem repassados aos pais e aos próprios adolescentes. Especificamente sobre o início da vida sexual, questões biológicas, psicológicas e sociais precisam ser consideradas neste contexto, segundo os especialistas. Acesse documento aqui.

DIFICULDADE NO PLANEJAMENTO FAMILIAR

Para a entidade, a ausência do uso de métodos contraceptivos, a dificuldade de acesso a programas de planejamento familiar e sobretudo a falta de informação adequada e sistematizada para os jovens têm contribuído para o aumento da gravidez precoce. Além disso, o início cada vez mais precoce da puberdade constitui outro fator relevante, com repercussão na ampliação do intervalo entre o preparo físico do corpo para a atividade sexual e o amadurecimento psicossocial necessário à prática da sexualidade.

Segundo o documento científico da SBP, para fazer frente a essa problemática, diversas possibilidades têm sido aventadas e testadas em todo o mundo. Os Estados Unidos, por exemplo,que detêm um dos maiores índices de gravidez na adolescência entre os países desenvolvidos, têm gastado bilhões de dólares na busca de alternativas.

“O que ensina a experiência americana? Os resultados evidenciam que estratégias combinadas são mais efetivas do que aquelas isoladas. Várias críticas têm sido feitas ao programa americano que estimula unicamente a abstinência sexual entre os adolescentes até o casamento, principalmente pela baixa eficácia de resultados e alto custo”, informa o texto.

Além disso, conforme destaca a publicação, a abordagem de abstinência sexual exclusiva exclui da política de prevenção uma série de grupos, incluindo os adolescentes sexualmente ativos, aqueles que já são pais, os que não se consideram heterossexuais e as vítimas de abuso sexual.

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