Breno da Matta faz o papel de pastor na novela Renascer || Foto Redes Sociais
Tempo de leitura: < 1 minuto

Com grande atuação no papel de Pastor Lívio, no remake de Renascer, no horário nobre da televisão brasileira e na Rede Globo, o itabunense Breno da Matta, de 41 anos, abandonou uma carreira promissora como farmacêutico para estudar Artes Cênicas na SP Escola de Teatro. Ele vem ganhando destaque na novela, que tem cenas gravadas no sul da Bahia e está no ar desde janeiro.

Breno da Matta só descobriu o teatro depois de adulto. “O teatro foi me buscar, me resgatou, e hoje sou ator”, conta à Revista Quem. O primeiro contato do artista com o mundo dos espetáculos aconteceu por meio de uma ex-namorada. “Ela me levou para assistir a uma peça baiana, e eu nunca tinha assistido. Ali começou minha relação com o teatro”, recorda-se. Isso ocorreu quando o ator tinha 24 anos e já morava em São Paulo.

Com o sucesso do personagem no horário nobre da Globo, Breno tem experimentado a fama pela primeira vez na vida. Ele acredita estar lidando bem com tamanha visibilidade. “Tenho sido muito abordado na rua. As pessoas chegam de uma forma muito respeitosa e com muito afeto. Minha vida não mudou tanto ainda. Não deixo de fazer nada que gosto. Sou uma pessoa simples, gosto de estar em qualquer lugar. E não quero deixar de fazer nada”, afirma em entrevista à Quem.

Nascido em Itabuna, em fevereiro de 1983, antes de Renascer, Breno da Matta atuou na 2ª temporada da série Justiça (Globoplay), Negócio de Família e no longa-metragem Carcereiros. Formado em Farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ele ingressou no curso aos 16 anos. Na série Justiça, o itabunense faz o papel do bandido Túlio, onde atua com atores como Marco Ricca e Juan Paiva.

Tempo de leitura: 3 minutos
Jarbas Oliver e Lelo Filho contracenam em A Bofetada (Foto Leto Carvalho).

“Não fazemos teatro de puro entretenimento, mas de reflexão”, afirma o ator, produtor e diretor da peça A Bofetada, Lelo Filho, da Cia Baiana de Patifaria. Ele teve um dedinho de prosa com o PIMENTA na quinta, 5, um dia antes de iniciar a série de três apresentações da peça no Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna.

A Bofetada tem 24 anos de apresentações contínuas pelo País e interior baiano com o texto sempre renovado de ingredientes a partir de pesquisas de situações locais.

Lelo disse que na curta temporada em Itabuna não faltarão críticas bem-humoradas. “Fizemos pesquisa para ver o que está acontecendo [na cidade] e sobre coisas que se pode mencionar no texto. É um espetáculo renovável”, resumiu.  A seguir, os principais trechos da prosa.

PIMENTA – Como tem sido a experiência de levar ao público um espetáculo como este por tanto tempo?

LELO FILHO – A Bofetada é um espetáculo que se renova o tempo inteiro. A cada nova temporada, a cada cidade visitada, a gente sempre insere alguma coisa. A Bofetada comemora 24 anos. É um trabalho de ator, bacana. Para quem fez ou está fazendo, é um trabalho de memorizar coisas novas. A gente monta o espetáculo como se tivesse sido feito em cada lugar que a gente visita.

Nesses 25 anos, dá para sentir renovação de público no interior da Bahia, onde há carência de produção, espetáculos e espaços teatrais?

Com A Bofetada, a gente percorreu 50 cidades do Brasil. O interior da Bahia sempre. Foram longas temporadas no Rio, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Belo Horizonte. Só não fizemos a região Norte. Acredito que o espetáculo também seja responsável pelo bom momento do teatro baiano, que começou na virada dos anos 80 e 90, quando se chamou o público de volta para ver espetáculos produzidos na Bahia. Quando a gente volta, a plateia se renova com gerações que não viram o espetáculo. Há cinco anos que a gente não vem a Itabuna.

 

Basta você ligar a TV e assistir ao noticiário político da cidade e do país para ter grande arsenal de piadas.

 

Você se recorda de algum fato pitoresco envolvendo o espetáculo em cena e a plateia nas apresentações feitas aqui na região?

Quando você fala de coisas locais, como a Ilha do Jegue, o Bairro Maria Pinheiro e a divisa com o Daniel Gomes, ou inserindo locais, coisas que o público entende, gera humor, risos. Meu personagem mora na divisa dos dois bairros. Há certa ironia. A gente faz com o intuito de aproximar, o que acaba ficando até mais engraçado.                                                                      

Muitas mudanças no elenco durante esse longo período?

Sou o único ator da formação original. Pelo espetáculo, já passaram 14 atores. O atual núcleo tem Alexandre Moreira, Jarbas Oliver, Nilson Rocha e eu. Em paralelo, estamos com o espetáculo Siricotico, que já esteve em Itabuna, uma das poucas cidades baianas a recebê-lo.

Deve ser prazeroso fazer A Bofetada com o texto renovado. Ainda há muito a oferecer ao espectador?

O Brasil é país rico em fornecer material. Basta você ligar a TV e assistir ao noticiário político da cidade e do país para ter grande arsenal de piadas. Não que seja uma coisa boa, mas, na verdade, a gente ironiza essas mazelas todas para que a plateia reflita. Não fazemos teatro de puro entretenimento, mas de reflexão.

Serviço
Peça A Bofetada (Cia Baiana de Patifaria)
Quando: 7 e 8 de Julho / 20h
Onde: Centro de Cultura Adonias Filho (Itabuna)
Ingresso: R$ 40,00 (R$ 20,00 meia)