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Os manifestantes estão cumprindo a ameaça feita mais cedo, em Buerarema, e iniciaram a destruição de uma ponte na BR-101, próximo ao trevo de acesso ao município. Eles protestam contra a passividade do Governo Federal na questão que envolve produtores rurais e índios e autodeclarados tupinambás no sul da Bahia.
Nesta madrugada, Juraci Santana, líder do Assentamento Ipiranga, em Una, foi assassinado a tiros (confira mais informações abaixo). Populares ameaçam usar dinamites para detonar a ponte na BR-101. Abaixo, fotos divulgadas pelo jornalista Daniel Thame em seu blog.

Manifestantes destróem ponte na BR-101, em Buerarema (Fotos Blog do Thame).
Manifestantes destróem ponte na BR-101, em Buerarema (Fotos Blog do Thame).

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Início de interdição da BR-101 Foto Gilvan Martins 11.02.14

Flagrante de Gilvan Martins mostra momento em que multidão começou a interditar a BR-101 hoje. A manifestação no município sul-baiano continua. Protesto pede solução a conflito que, hoje (11), resultou na morte de um assentado no Maroim, em Una. Juraci Santana foi assassinado a tiros, nesta madrugada, no Assentamento Ipiranga. A esposa dele, Elisângela Oliveira, confirmou que o assentado vinha recebendo ameaças. Os autores dos disparos ainda não foram identificados.

Logo após, mureta de proteção de ponte quebrada e barricada (Foto Facebook).
Logo após, mureta de proteção de ponte quebrada e barricada (Foto Facebook).
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Produtores e populares cercam viatura da Força Nacional (Foto Gilvan Martins/Arquivo).
Produtores e populares cercam viatura da FNS (Foto Gilvan Martins/Arquivo).

Agricultores e moradores de Buerarema acabam de interditar a BR-101 no trecho de acesso ao município sul-baiano em protesto contra a onda de violência na região de conflito com índios tupinambás.
Nesta madrugada, homens invadiram a casa do agricultor familiar Juraci Santana, no Assentamento Ipiranga. O produtor foi morto a tiros. A casa foi incendiada. A esposa de Juraci teria sido baleada e está desaparecida.
– Nós estamos protestando. Eles [supostamente tupinambás] invadiram o assentamento, queimaram casa e mataram Juraci. A esposa dele sumiu – disse ao PIMENTA o agricultor Messias Souza, um dos dos pequenos agricultores expulsos de suas propriedades pelos tupinambás no ano passado.
A Polícia Rodoviária Federal tentou impedir o bloqueio da rodovia, mas o efetivo foi insuficiente para controlar a multidão calculada em, aproximadamente, duas mil pessoas. Mais exaltados tentavam destruir a ponte da BR-101 próximo ao trevo de acesso ao município, mas desistiram quando os patrulheiros rodoviários começaram a registrar as imagens.
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Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.
Geraldo critica ministro da Justiça, acusado de ser omisso em conflito no sul da Bahia.

O deputado federal Geraldo Simões (PT-BA) culpou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela nova onda de violência na área de 47,3 mil hectares disputada por agricultores e índios e autodeclarados tupinambás. Nesta madrugada, um agricultor do Assentamento Ipiranga foi assassinado (confira post abaixo). Juraci Santana havia relatado ao deputado as ameaças feitas por supostos tupinambás.
– O ministro recuou e retirou a base [de pacificação] que estava no limite do conflito, no Rio Cipó. Quando ele retirou, [o cacique] Babau fez três dias de festa e retomou as quatro fazendas [onde houve reintegração na semana passada] – disse Geraldo ao PIMENTA.
A base de segurança (ou de pacificação) foi desmontada menos de duas semanas após a sua instalação. O ministro, acusa Geraldo, ordenou o desmonte após audiência com Babau, em Brasília. A Força Nacional deixou a área na noite de sexta-feira (7).
O parlamentar petista foi ainda mais duro com José Eduardo Cardozo. “Ele não assume as suas funções de ministro. Quer fazer média com entidades internacionais. Devemos ao ministro da Justiça, que não controla os seus órgãos, como a Funai, a insegurança no meio rural”.
Geraldo citou as invasões e conflitos no Extremo-Sul do Estado e as novas invasões em Itaju do Colônia, nesta semana. “Na região de Pau Brasil e Itaju, [os índios] querem ampliar a reserva. Era 8 mil hectares, passou para 50 mil e agora querem 80 mil”. Para ele, Cardozo tem se eximido de suas responsabilidades como ministro.

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Juraci Santana (seta) em audiência em outubro do ano passado em Brasília.
Juraci Santana (seta) em audiência em outubro do ano passado em Brasília.

Um agricultor do Assentamento Ipiranga, no Maroim, em Una, no sul da Bahia, foi assassinado na madrugada desta terça-feira (11). De acordo com as primeiras informações, Juraci Santana teria sofrido emboscada ainda em casa. Ele era líder do assentamento. A fazenda havia sido desapropriada e indenizada pelo governo federal há mais de dez anos.
A morte ocorreu na região onde, na sexta-feira (7), a Força Nacional de Segurança desmontou base de pacificação. Juraci havia relatado à Polícia Federal e ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ameaças feitas contra ele por supostos caciques indígenas. As informações iniciais obtidas pelo PIMENTA não indicam a autoria do crime.
O Assentamento Ipiranga tem 40 famílias e os caciques assediavam os agricultores para que estes se tornassem autodeclarados tupinambás. Apesar do assédio, conforme testemunhas, apenas cinco das famílias aceitaram a proposta dos caciques.

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Homens da Força Nacional deixam bases de pacificação (Foto Gilvan Martins/Pimenta-Arquivo).
Homens da Força Nacional em ação de reintegração há dez dias (Foto Gilvan Martins/Pimenta-Arquivo).

A Força Nacional de Segurança confirmou o anunciado e desmontou a base de pacificação erguida na Fazenda São José, na região de acesso à Serra do Padeiro, em Buerarema, neste final de semana. Caminhão-guincho e veículos foram contratados para fazer a retirada da estrutura.
A retirada da base ocorreu após ordem do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A base foi a segunda montada pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança (FNS) na região de 47,3 mil hectares disputada por agricultores e índios e autodeclarados tupinambás e tornou-se alvo dos indígenas.
A instalação permitiu que quatro propriedades fossem reintegradas pela PF e FNS. Depois da desmontagem da base de pacificação, todas as quatro fazendas foram novamente ocupadas pelos indígenas no final de semana.
– Existe uma omissão das autoridades, uma briga entre os poderes. A Justiça manda reintegrar, a Federal e a Força Nacional reintegram e o governo não pune os invasores –  lamenta o vice-presidente da Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerarema, Alfredo Falcão. 

Falcão teme a retomada da onda de violência, principalmente em Buerarema, por causa do recuo do Ministério da Justiça. “Para pegar fogo aqui, é só riscar o fósforo”, disse o produtor ao PIMENTA ao retratar o clima de tensão na área após a retirada de uma das bases de segurança. 
A região disputada por agricultores e indígenas possui cerca de 800 propriedades, das quais aproximadamente 100 foram invadidas nos últimos anos por quem se autointitula tupinambá. “Aqui não há propriedade grande, mas há um clima de terror. Todos andam de cabeça baixa, temem ser o próximo alvo”, diz Falcão.
GOVERNO RECUA APÓS CRÍTICAS DO CIMI E PROCURADOR
O recuo do Governo Federal na estratégia de reintegração de fazendas se deu depois de críticas do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). Ligada à Igreja Católica, a entidade de defesa dos indígenas disse que o governo havia optado por “militarizar” a região em conflito.
As críticas foram intensificadas, também, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que se mostrou contrário às reintegrações por meio de liminares.
RETOMADA DAS INVASÕES EM ITAJU
O final de semana também foi de apreensão para produtores rurais do município de Itaju do Colônia. Pelo menos três propriedades foram invadidas por pessoas que se identificam como pataxós.
As invasões no município surpreenderam lideranças rurais, pois a área está totalmente demarcada. “Estão invadindo propriedades fora do alvo da decisão do Supremo Tribunal Federal”, disse um produtor ao PIMENTA. Existe a ameaça de invasão a outras duas propriedades nas próximas horas.
Produtores acreditam que as invasões em Itaju sejam estratégia dos indígenas para tirar o foco de Buerarema e dispersar as forças de segurança federais (PF e Força Nacional).

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Cápsulas de balas supostamente utilizadas pela PF em operação na Serra do Padeiro (Foto Cimi).
Cápsulas de balas supostamente utilizadas pela PF em operação na Serra do Padeiro (Foto Cimi).

O Jornal Bahia Online traz as versões de tupinambás e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre o caso de uma criança de dois anos que, no domingo (2), foi resgatada por policiais federais na região de mata da Fazenda São José, na Serra do Padeiro, entre Una e Buerarema.
A Polícia Federal entregou a criança ao Conselho Tutelar de Ilhéus, enquanto o Cimi e lideranças tupinambás afirmam que o menino foi sequestrado. Conforme ofício, agentes da PF foram à fazenda para averiguar se a propriedade havia sido invadida por “criminosos foragidos da Justiça”. Confira matéria completa aqui.

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Homens da Força Nacional e da Polícia Federal saem para cumprir mandados (Foto Gilvan Martins).
Homens da Força Nacional e da Polícia Federal saem para cumprir mandados (Foto Gilvan Martins).

A Força Nacional de Segurança e a Polícia Federal mobilizaram grande efetivo hoje (28) para cumprir mandados de reintegração de posse na área disputada por produtores e índios e autodeclarados tupinambás, no sul da Bahia. Foram nove viaturas da Força Nacional e cinco da PF para o cumprimento dos mandados. Uma área de mais de 47 mil hectares de terras é alvo dos tupinambás, que exigem as terras de volta. A área abrange os municípios de Una, Ilhéus e Buerarema.

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Projeto incentiva a leitura na comunidade tupinambá
Projeto incentiva a leitura na comunidade tupinambá

Levar o hábito da leitura à tribo Tupinambá de Olivença é o objetivo do projeto “Biblioteca Itinerante Oca Cultural”, lançado nesta segunda-feira (13) na reserva ecológica indígena Estância das Fontes, em Olivença. A proposta é uma iniciativa do Instituto dos Povos Indígenas da Bahia e está integrada ao Programa Arca das Letras, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Coordenador pedagógico do projeto, o tupinambá Cláudio Magalhães diz ser necessário inserir no cotidiano dos jovens da comunidade, abordagens que enfoquem temas como saúde, drogas, meio ambiente, direitos humanos e a história dos índios da Bahia e do Brasil. Para isso, ele considera essencial incentivar a prática da leitura.
“Exercitar a leitura como prática democrática é fundamental na formação do senso crítico e da cidadania”, salienta Magalhães.

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manifestação 001

Os índios tupinambás que protestam na manhã desta terça-feira (7), em Olivença, montaram um acampamento na pista da BA-001. Agentes da Polícia Federal estão no local, mas apenas acompanham a manifestação.
O protesto é pela demarcação de terras, cassação de liminares e agendamento de audiências com representantes do Ministério Público e da Funai. Os índios também cobram a nomeação do coordenador técnico local da fundação.

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Índios tupinambás realizam manifestação na manhã desta terça-feira (7), na BA-001 em Olivença, zona sul de Ilhéus. Eles reivindicam audiências com representantes do Ministério Público e da Funai, além de cobrar a posse do coordenador técnico local deste órgão.
Outros pontos na pauta de reivindicações dos índios são a demarcação imediata do território indígena tupinambá de Olivença e a cassação de liminares na justiça federal.
O cacique Sival Magalhães diz que os manifestantes só deixarão o local após conseguir entrar em contato com o MP e a Funai.

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A BR-101 continua interditada mais de 14 horas após o início do protesto de produtores rurais e populares em Buerarema, no sul da Bahia. Eles cobram instalação de bases de segurança na área do conflito tupinambá.

Por volta das 13h30min, a tensão aumentou com ataques contra viaturas da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal. Produtores acusam a Polícia Federal de ter efetuado disparos com balas comuns. Cápsulas foram apanhadas pelos produtores.

Tanto a PRF como a PF não retornaram ao local desde o início da tarde. Até há pouco, a disposição dos manifestantes era de manter a interdição até a manhã desta sexta (13).

Uma das alternativas para quem transita a partir de Itabuna e deseja seguir em direção a Eunápolis ou em sentido contrário é desviar pela BR-415 até Ilhéus, seguindo pela BA-001 e pegando atalho por Santa Luzia até a BR-101.

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Produtores fizeram barricada na pista (Foto Andrei Sansil/Ilheus24h).
Produtores fizeram barricada na pista (Foto Andrei Sansil/Ilheus24h).
Há mais de três meses, carros foram incendiados em protestos (Foto Gilvan Martins).
Há mais de três meses, carros foram incendiados em protestos (Foto Gilvan Martins).

Produtores acabam de interditar a BR-101, no trevo de acesso a Buerarema, no sul da Bahia, em protesto contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Cerca de  mil pessoas participam da manifestação na rodovia federal. Os produtores cobram do ministro a promessa de instalação das três bases de segurança na área do conflito com índios e autodeclarados tupinambás.

Os produtores negociaram com as forças de segurança em Buerarema por uma interdição de duas horas, mas o protesto não tem hora para acabar. “Internamente, decidiu-se por uma interdição que force o governo a cumprir o prometido”, disse produtor ouvido pelo PIMENTA há pouco. Não há registro de confronto no local.

Desde o início do ano, 63 propriedades rurais foram ocupadas por índios e pessoas que se declaram tupinambás. Há menos de dois meses um grupo de 15 produtores e trabalhadores rurais foi tomado como refém na região entre Una e Buerarema, sendo liberado após confronto e chegada de homens da Força Nacional de Segurança e Polícia Federal.

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Agricultor resgatado por policiais federais foi agredido por "tupinambás" (Foto Gilvan Martins).
Conflito já resultou em agressões entre produtores e tupinambás (Foto Gilvan Martins).

Os produtores rurais de Buerarema, Una e Ilhéus estão cobrando a instalação das três bases de segurança na área de conflito com índios e autodeclarados da etnia tupinambá. A promessa foi feita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, há mais de dois meses. A previsão era de instalação imediata, o que não ocorreu.

Na semana passada, as polícias militar e federal e a Força Nacional de Segurança chegou a abortar um protesto com interdição da BR-101. “Temos ouvido só promessas e venda o governo protegendo mais os indígenas”, reclama um pequeno produtor que diz nem ter mais direito a colher o que produziu.

Os produtores tiveram audiência com o ministro em Brasília, no início de outubro. No mês passado, produtores e tupinambás novamente se reuniram com Cardozo e o governador Jaques Wagner. “Nada avançou”, diz um dos produtores que também teme ser identificado. “Houve redução dos conflitos mais pela expectativa de ação do governo. A tensão é grande”.

Os agricultores também se queixam da falta de ação dos prefeitos das três cidades envolvidas no conflito de terra: Jabes Ribeiro (Ilhéus), Guima Barreto (Buerarema) e Diane Rusciolleli (Una). Na opinião dos produtores rurais, os prefeitos poderiam pressionar mais para que essas bases fossem instaladas logo.

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Índios da tribo Tupinambá de Olivença interditaram na tarde desta segunda-feira (18) o trecho da rodovia BA-001 entre Ilhéus e Una. Os manifestantes protestam pela demarcação de terras na região e por melhorias em estradas vicinais.

As duas faixas da rodovia foram bloqueadas com pneus e pedaços de madeira, impedindo o trânsito. Há divergência quanto ao número de índios que participaram do protesto: os tupinambás falam em 300, enquanto a Polícia Rodoviária Estadual afirma que foram 100.

O cacique Sinval Magalhães afirma que a intenção do grupo é agendar uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.