Cerca de 800 pessoas, a maioria estudantes de escolas particulares, percorreram a Avenida do Cinquentenário, centro, na manifestação contra a violência em Itabuna. A Caminhada pela Paz, convocada pelo Grupo de Ação Comunitária (GAC), foi encerrada com ato público na Praça Adami e a oração do Pai Nosso.
Neste ano, o município aparece em 8º lugar no ranking nacional do Mapa da Violência 2012, do Instituto Sangari e Ministério da Justiça. O mesmo estudo mostra Itabuna entre os quatro municípios mais violentos para jovens de até 19 anos em todo o País. O levantamento engloba os 22 anos do Estatuto da Criança e Adolescente.
Para o bispo diocesano Dom Ceslau Stanula, a caminhada pacífica foi um grito silencioso de paz que deve tocar – principalmente – no coração dos jovens que são as maiores vítimas da violência. “Esperamos que este movimento da sociedade chegue à juventude que, em grande parte, está desorientada e sem rumo”.
Segundo o líder católico, “é urgente que as autoridades ajam para criar oportunidades de educação e trabalho. O que pensa um jovem sem aulas na rede pública há 100 dias? Que futuro o espera? Não há outro caminho para a justiça social que não seja pela educação”, comentou.
O presidente do Conselho Municipal de Defesa e Segurança Pública, Washington Cerqueira, também criticou a indiferença dos políticos e a omissão de grande parte da sociedade. “A sociedade civil precisa acordar. Há descrença na política e eventos como esse reforçam a necessidade de sua lutar contra a violência”, declarou.