Artistas brasileiros lançaram nesta sexta-feira (16) o videoclipe da música Desgoverno, manifesto em defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Um homem sem juízo e sem noção não pode governar esta nação”, diz verso da música composta por Joãozinho Gomes e Zeca Baleiro.
Numa referência à mortandade causada pelo novo coronavírus no Brasil de Bolsonaro, outro trecho da letra afirma que “é preciso estancar essa sangria”.
O cantor Zeca Baleiro abrirá, dia 30, a programação do Festival do Morro. A edição deste ano do evento também reunirá nomes como Maria Rita, BaianaSystem e Negra Cor, comandada por Adelmo Casé.
O festival de Morro de São Paulo, no baixo sul baiano, terá três dias (30 e 31 de outubro e 1º de novembro) e espera atrair cerca de 20 mil pessoas.
Maria Rita, com o show “Coração a batucar”, apresenta-se no dia 31. BaianaSystema e Negra Cor fecham a programação no dia 1º de novembro. O palco será instalado na segunda praia do Morro. Os shows são gratuitos.
O festival já faz parte do calendário cultural da Bahia e reúne grandes nomes da MPB. Neste ano, o evento em Morro de São Paulo terá a forte concorrência do Ecofestival Mahalo de Surf, em Itacaré.
Já passaram pelos palcos do Festival do Morro nomes como Cidade Negra, Carlinhos Brown, Nando Reis, Maria Gadu, Vanessa da Mata, Capital Inicial, Lenine, Jorge Vercillo.
Os festejos natalinos em Vitória da Conquista terão mais uma grande atração. No final de semana, o prefeito Guilherme Menezes anunciou que a programação será encerrada por outro nome de peso da MPB, o cantor e compositor Toquinho, no dia 25.
A festa começa em 19 de dezembro e reunirá nomes como Paulinho da Viola, Zeca Baleiro, The Fevers, Yamandu Costa, João Bosco, O Teatro Mágico e Ana Cañas. A festa também abrirá espaço para atrações regionais.
Serão quarenta atrações a cada dia para marcar os 10 anos do Natal da Cidade. Clique no “leia mais”, abaixo, e confira a programação. Leia Mais
Zeca Baleiro, Paulino da Viola, Simone, O Teatro Mágico, The Fevers e João Bosco são algumas das atrações confirmadas para os festejos natalinos de Vitória da Conquista.
Os nomes foram divulgados pelo prefeitura neste final de semana. A programação completa será divulgada na próxima sexta (21). O Natal da Cidade também reúne atrações regionais.
Simone abre a programação no dia 18 de dezembro. A cada dia, uma ou duas atrações de peso. O dia 22 de dezembro, por exemplo, terá Fafá de Belém e Zeca Baleiro. No dia 23, The Fevers. Paulinho da Viola se apresenta no dia 19. O Teatro Mágico sobe ao palco no dia seguinte. Dia 21 será a vez de João Bosco.
Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.
Um texto publicado por Zeca Baleiro no Facebook diz muito sobre a posição de grande parte dos eleitores do PT neste momento. O artista vota em Dilma, mas salienta que a decisão não é cega, apaixonada ou desprovida de crítica.
Nas redes, tem sido comum ver ataques do tipo: quem vota no PT ou é burro ou está se beneficiando da corrupção. A primeira ideia (no caso, a burrice) foi vitaminada pela opinião preconceituosa do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, que se referia particularmente aos eleitores do Nordeste. A segunda, que inclui o eleitor na aludida bandalheira, traz o preconceito de quem, muitas vezes, mede os outros com a régua que usa para aferir seus próprios vícios.
Como se trata de uma eleição extremamente polarizada e acirrada, desapareceu o espaço para o meio termo e o equilíbrio, que não se confundem com a posição de quem fica em cima do muro. É plausível, sim, votar no PT pelo reconhecimento de que os governos Lula e Dilma melhoraram os indicadores sociais, tiraram mais de 40 milhões de brasileiros da pobreza extrema, reduziram o déficit habitacional, investiram mais do que as gestões anteriores na construção e recuperação de estradas, ferrovias e portos.
O Brasil, de acordo com o Banco Mundial, foi um dos raros países que conseguiram enfrentar a última crise e, ao mesmo tempo, melhorar a renda dos mais pobres. Há queixas relacionadas ao baixo crescimento e ao recente aumento da inflação, mas é preciso reconhecer e aplaudir a opção de proteger o emprego (hoje com um dos índices mais elevados do mundo) e manter os programas sociais.
Baleiro, de maneira sincera e isenta, observa também os pontos negativos. Por exemplo, o PT, em nome de uma governabilidade de sérios danos colaterais, cultivou parcerias espúrias com representantes do que há de mais atrasado na política brasileira. Caso vença as eleições, Dilma terá que repensar sua política de alianças e deverá propor medidas para fortalecer as instituições, tornando-as bem menos vulneráveis à ação dos marginais que existem nos quadros de PT, PSDB, PMDB, DEM, PP, PCdoB, entre outros partidos.
Quando o assunto é corrupção, lamentavelmente, os dois lados em disputa terão balas à vontade para trocar entre si, sem que se chegue jamais à conclusão de qual poleiro é mais sujo. O debate, porém, longe de ser inócuo, é até saudável. Hoje, os eleitores com um mínimo de discernimento – independentemente da escolha que tenham feito – já perceberam que a rapinagem não será combatida de verdade se não houver reforma política e uma mudança legislativa que leve à punição exemplar dos larápios de colarinho branco.
Infelizmente, ainda há aqueles que, contagiados pelo desejo de mudança, em princípio altamente positivo, deixaram-se inocular pela ideia de que a corrupção surgiu em Brasília a partir do momento no qual o PT subiu a rampa do Planalto. Uma visão desplugada da realidade, mas sugerida e estimulada pela grande imprensa, que não esconde sua preferência pela candidatura tucana. Pena que os autores da tese de que toda safadeza tem DNA petista não manifestem o menor compromisso com uma discussão séria sobre o que realmente precisa mudar. Ricardo Ribeiro é advogado e blogueiro.
Ouvi, ad nauseam, falar da coincidência de que Amy Winehouse morreu aos 27 anos – com a citação de que na mesma idade morreram Janis Joplin (foto), Jimi Hendrix e Jim Morrison. Um repórter pouquinha coisa mais bobo chamou a isso de ”Maldição dos 27 anos”. Besteira. “Maldição” (vinda das múmias do Egito ou que outra origem tenha) rima com alienação: é algo criado por nós mesmos, não pelos deuses ou demais forças impalpáveis. Se maltratamos o corpo (com drogas, comida imprópria, descanso insuficiente), ele tende a apressar seu fim, como ocorre com todo tipo de vida (o amor também, maltratado, cedo fenece). Infringida esta regra, a morte não é razão de espanto.
A MÍDIA NÃO CONHECE DA LISTA A METADE
Mas o noticiário, mesmo repetido, não corrigiu a ignorância por ele disseminada. As drogas (na suposição de que seja este o caso) mataram muitos artistas, sobretudo músicos, norte-americanos e ligados ao jazz/blues (e disso já falamos aqui). Pior: esqueceram de Noel Rosa e Robert Johnson (foto), também mortos aos 27 anos. O primeiro (um dos maiores da MPB), de tuberculose; o outro (um dos maiores do blues), assassinado, provavelmente. Nenhum dos dois era padrão de vida saudável. Destaco Noel e Johnson por mera preferência pessoal, mas a lista dos “amaldiçoados”, que colho na internet, vai muito além da vã filosofia da mídia mal informada e má informante. A seguir, alguns desses nomes.
“MALDIÇÃO” TEM MUITO A VER COM DROGAS
Aqui, 26 músicos mortos aos 27 anos, de 1908 a 2006 (a lista completa tem uns 40!), a maioria devido a drogas: Louis Chauvin (1908), Nat Jaffe (1945), Jesse Belvin (1960), Rudy Lewis (1964), Malcolm Hale (1968), Brian Jones (1969), Arlester Cristian (1971), Linda Jones (1972), Ron McKernan (1973), Wallace Yohn (1974), Peter Ram (1975), Cecilia Sobredo Galanes (1976), Helmut Kollen (1977), Chris Bell (1978), Jacob Miller (1980), D. Bun (1985), Alexander Bashlachev (1988), Pete de Freitas (1989), Mia Zapata (1993) Kurt Cobain (1994), Richey James Edwards (1995, na foto), Patrick McCabe (2000), Rodrigo Bueno (2000), Maria Serrano (2001), Bryan Ottoson (2005), Valentin Elizalde (2006).
Alfred Hitchcock (foto) tinha excentricidades de gênios de anedota. Entre elas, a de aparecer em seus próprios filmes. Na juventude que me abandonou há uns 300 anos (quando cinema era coisa banal) me diverti identificando a presença do mestre em seus trabalhos. Mas isto não é tão fácil quanto parece, pois o velho Hitch divertia-se também com esse expediente, “disfarçando-se”, de maneira que sua figura rotunda nem sempre ficasse evidente. Em Um barco e nove destinos ele pensou em aparecer como um cadáver boiando próximo ao barco, mas trocou a ideia macabra por outra do tipo “Antes & Depois”: um anúncio de remédio para emagrecer, exibido durante o filme, mostra o diretor redondo (antes) e, na outra foto, mais magro.
UM PACATO CIDADÃO COM SEUS CÃEZINHOS
Outras aparições hithcockianas: Em Festim diabólico, o ilusionista, de novo, tenta nos enganar: aparece logo no início, atravessando a rua. Mais tarde, quando a gente pensa que a xarada está morta, ele ressurge, com sua caricatura num neon que incide sobre a janela do apartamento dos assassinos. No começo de Intriga Internacional, lá vem ele correndo para pegar o ônibus (a porta se fecha, antes que ele entre!); em Topázio, o diretor está numa cadeira de rodas, e se levanta para cumprimentar um homem. Depois dos 12 minutos iniciais de Correspondente estrangeiro vê-se um senhor de chapéu, lendo o jornal. É ele. Em Os pássaros, Hitchcock passa pela calçada de uma loja de animais, levando dois simpáticos cãezinhos para passear.
ATRIZ BICADA POR PÁSSAROS ENFURECIDOS
Contam que Hitchcock preferia aparecer de forma que não complicasse o entendimento da história, não roubasse a cena. Mas isso não funcionava, pelo menos com a fauna que comigo ia ao cinema naqueles tempos: buscávamos a figura famosa e não descansávamos até identificar o reconchudo diretor. Era um jogo de esconde-esconde que só terminava quando o “apanhávamos”. Outras esquisitices ele deixou transparecer em Os pássaros: tornou-se obcecado pela atriz Tippi Hedren, a ponto de contratar uma equipe de detetives somente para seguí-la e informá-lo de tudo o que ela estivesse fazendo. E na famosa cena do ataque ele usa pássaros realmente enfurecidos para bicar a pobre moça, para horror dos outros atores.
O paraibano Bráulio Tavares (foto), dono de incomum inquietude intelectual (é poeta, prosador, compositor popular, estuda cinema, faz pesquisa em literatura fantástica, escreve coluna de jornal e roteiros de filmes), chama a atenção para a convergência do blues com a cantoria nordestina (a que chamam “cordel”). Apenas na forma: a cantoria é montada, ao menos em seu formato mais comum, em sextilhas (estrofe de seis versos), e o blues também. Na origem, ficam distantes, pois a sextilha, até prova em contrário, é “ibérico-catingueira” (creio que Ariano Suassuna aprovaria esta invenção) e, ao contrário do blues, nasceu em área de baixa densidade negra e tem raríssimos cantadores negros.
ROBERT JOHNSON E O PACTO COM O CAPETA
O poeta da terra dos grandes Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda faz um inesperado aproach do canto nordestino com o sofrido blues de raiz plantada nos algodoais racistas do sul estadunidense. Para tanto, Bráulio contou com o gaitista carioca Flávio Guimarães (foto), velha fera do blues brasileiro, fundador da banda Blues etílicos e que já gravou com meio mundo: Ed Motta, Alceu Valença, Renato Russo, Rita Lee, Zélia Duncan, Titãs, Luiz Melodia, Paulo Moura, Zeca Baleiro e outros. Na letra de Bráulio, música e voz de Flávio, uma homenagem a Robert Johnson – que alimentou a lenda de ter aprendido a tocar o diabo. Meia-noite, numa encruzilhada, évidement. Como se o capeta tocasse blues tão bem.
O BLUES É SOMA DE TRISTEZA COM POESIA
Balada de Robert Johnson é a história romanceada do artista negro. Tem 93 versos, mas logo no primeiro bloco há seis sextilhas que “pagam” o poema: “Vinte e sete anos vividos/lá nos Estados Unidos/passou veloz como a luz//Naquela terra sombria/onde a tristeza e poesia/se dava o nome de blues”. Já na abertura (são nove blocos de dez versos, mais três sextilhas finais), Bráulio nos brinda com um achado: “Seu nome era Robert Johnson/cantador d´outro sertão”, ligando a temática da miséria nas plantations de algodão (berço do blues) à seca nordestina (onde vige a cantoria). Mas é bom deixar que o leitor faça suas próprias descobertas.
Excelente show de Zeca Baleiro na noite deste sábado, entrando pela madrugada de domingo, na Concha Acústica de Ilhéus. Antes, ainda teve um som de primeiríssima qualidade da banda Marambaia, de Brasília.
Abaixo, registro do PIMENTA de um dos momentos finais do show de Zeca:
Dono de um dos melhores repertórios da atual MPB, o cantor e compositor Zeca Baleiro é a principal atração da noite deste sábado (30) na Concha Acústica de Ilhéus, a partir das 22 horas.
A noite também terá shows de Zabumbahia e da sensação do instrumental baiano, a banda Marambaia. O show é promovido pela M21 Eventos e tem apoio do PIMENTA. E aqui, Zeca Baleiro aparece cantando Quase Nada.
O cantor Zeca Baleiro se apresenta no próximo sábado (30) na Concha Acústica, em Ilhéus, às 22 horas. Um dos grandes nomes da última geração da MPB, Zeca não estará sozinho. Além dele, também sobem ao palco as bandas Zabumbahia e Marambaia.
Zabumbahia vai de forró e a banda Marambaia, música instrumental. Das boas. Os shows integram o projeto Eu Faço Cultura e são promovidos pela Iris e M21 Eventos, com o apoio do PIMENTA. Os ingressos para o show podem ser adquiridos no Stand do Karioca e Encantur (Ilhéus) e na Central de Ingresso e Bicho Festeiro (Itabuna). Confira clipe de Zeca Baleiro cantando Lenha.