Estudantes de Ilhéus desenvolvem repelente natural para combater o mosquito da dengue || Foto Divulgação
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Os estudantes Arthur Pereira, Alana de Melo e Manoel Marcos, do Centro Estadual de Educação Profissional em Gestão e Tecnologia da Informação Álvaro Melo Vieira (Ceepamev), em Ilhéus desenvolveram um repelente para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como Zika, Chikungunya e Dengue. O produto é feito a partir de cravo-da-índia e alfazema-do-brasil.

A ideia surgiu quando Alana se sentiu incomodada pelas picadas de mosquitos e, então, decidiu produzir um repelente que fosse barato e sustentável. “Ela convidou Arthur para a pesquisa. Eles descobriram que o cravo-da-índia e a alfazema-do-brasil possuem propriedades repelentes naturais. Com essa descoberta, resolveram unir os componentes e desenvolveram um repelente de baixo custo”, diz Margarete Correia, professora e orientadora do grupo.

Segundo Arthur, o desenvolvimento do produto envolveu diversas etapas. “Primeiro, fizemos a obtenção do óleo do cravo-da-índia e da alfazema-do-brasil, depois a produção do repelente, seguido do teste de pH, captura dos mosquitos e, por fim, o teste de eficácia do repelente” conta.

Ele acrescenta que “o cravo-da-índia, que contém ácido eugenol, e a alfazema-do-brasil, rica em citronelol e linalol, foram extraídos utilizando álcool. Ambos os ingredientes foram armazenados separadamente em recipientes com álcool para permitir a extração dos princípios ativos necessários à formulação do repelente”.

RESULTADOS PROMISSORES

Os testes feitos pelos jovens cientistas indicaram resultados promissores. “Durante os testes de pH, observamos que as três amostras atingiram uma média de 6,3, o que está dentro do padrão aceitável para repelentes, que varia de 5,5 a 7,5.

Já nos testes com mosquitos, notamos que eles não se aproximaram, comprovando a eficácia do repelente na prevenção contra esses insetos. Além de ser eficaz, o repelente oferece uma alternativa de baixo custo e sustentável, contribuindo para a preservação do meio ambiente”, afirma Alana.

O projeto, que tem apoio da Secretaria da Educação, por meio do Ceepamev, e coorientação de Nádia Batista, passará por mais avaliações. “Novos testes serão feitos com o objetivo de aprimorar o produto. Esperamos que o repelente possa proteger as pessoas dos mosquitos, evitando doenças transmitidas por esses vetores, como a Dengue, Zika e Chikungunya”, destaca Arthur, que representou a equipe no Expo Milset Brasil, onde foi premiado com credencial para participar da Milset ESI 2025, em Abu Dhabi.

Na Bahia, os casos de dengue cresceram 667% até abril deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).

Baixa procura pela vacina contra dengue preocupa em Itabuna || Foto Divulgação
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É baixa a procura pela segunda dose da vacina contra dengue em Itabuna. O imunizante para crianças e adolescentes de até 14 anos está disponível nas unidades básicas de saúde. Nesta quarta-feira (25), a Secretaria Municipal de Saúde alertou os pais que o esquema vacinal deve ser concluído o mais rápido possível.

A coordenadora da Rede de Frio da Secretaria de Saúde de Itabuna, Camila Brito, reforça que o chamamento é para que pais e ou responsáveis fiquem atentos aos prazos. “Estamos com altas temperaturas neste início da primavera e logo chega o verão”, diz. O clima quente, com pancadas de chuva, é propício para o aumento de casos da doença.

Camila Brito lembra que, em anos anteriores, Itabuna registrou situações críticas. “Estamos oferecendo um imunizante que tem alto índice médio de resposta imunológica. Então, pais e ou responsáveis devem ficar cientes que os filhos estarão protegidos devidamente com as duas doses da vacina”, explica.

De acordo com Camila Brito, é fundamental que a vacina seja administrada dentro do intervalo previsto de 90 dias. “Todas as unidades de saúde têm a vacina disponível e funcionam pela manhã e tarde, de segunda a sexta-feira. Os pais ou responsáveis devem levar os as crianças e adolescentes à unidade mais próxima de casa”, reforça.

Itabuna está concluindo o 4º ciclo de combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. O índice atual de infestação no município sul-baiano é de 1,5%. Até o início do mês, conforme a Secretaria de Saúde,  o controle da dengue e demais arboviroses já tinha cumprido 80% dos ciclos, sendo que o Ministério da Saúde recomenda seis ciclos por ano de combate ao mosquito.

DENGUE NA BAHIA

Em 2024, até o dia 14 de setembro, segundo a Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB), foram notificados 231.871 casos prováveis de dengue na Bahia, com 143 óbitos. Atualmente, 19 municípios estão em epidemia da doença. No mesmo período, foram notificados 15.712 casos prováveis de chikungunya, com nove óbitos. Em relação ao zika, 1.067 casos prováveis foram notificados, sem óbitos.

Reunião da CIB definiu medida nesta segunda-feira (1º)
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Resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) determinou a distribuição de doses da vacina contra a dengue para dez municípios baianos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (1º), pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Segundo a Pasta, a decisão foi tomada com base na autorização do Ministério da Saúde para a redistribuição de vacinas com o prazo de validade até 30 de abril. Cerca de 15 mil doses do imunizante serão encaminhadas de municípios que já estavam fazendo a vacinação para as cidades selecionadas.

Os municípios de Vitória da Conquista, Serrinha, Jacaraci, Caetité, Barra do Choça, Teixeira de Freitas, Morro do Chapéu, Piripá, Macaúbas e Bonito foram os selecionados para receber as doses remanejadas. O critério definido para que estes municípios fossem selecionados foi definido pelo Ministério da Saúde, que considerou o número de casos prováveis absolutos notificados em 2024.

A logística de redistribuição, que se iniciará ainda nesta segunda-feira, ficará a cargo da Secretaria da Saúde do Estado. “Colocaremos à disposição toda a nossa estrutura de logística para que as vacinas cheguem o mais breve possível a esses dez municípios, afinal o prazo para aplicação é curto. Caso seja necessário, até mesmo o Grupamento Aéreo da Polícia Militar será acionado”, garantiu a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana.

De acordo com a diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro, essa orientação para redistribuição das vacinas veio do Ministério da Saúde com o objetivo de fazer com que nenhuma vacina seja perdida. “O público para a vacinação permanece o mesmo, de 10 a 14 anos. É muito importante que os pais se conscientizem da necessidade da vacinação e levem os seus filhos aos postos”, afirma.

CENÁRIO

Ao todo, na Bahia, foram notificados 95.890 casos prováveis da doença até o dia 30 de março de 2024, registrando um Coeficiente de Incidência (CI) de 678,1 de casos/100.000 habitantes. No mesmo período de 2023, foram notificados 15.070 casos prováveis, o que representa um aumento de 536,6%. No total, 275 municípios da Bahia estão em estado de epidemia de Dengue, entre eles os três citados. Outros 56 estão em risco e 16 em alerta.

“A redução no número de municípios em epidemia de 285 para 275 não nos deixa confortáveis. Isso não significa que a epidemia está acabando ou que há redução no número de casos. Houve, sim, um tratamento, um trabalho, um fechamento dos números de casos prováveis que foram notificados por esses municípios ao sair os resultados laboratoriais”, explica Márcia São Pedro, diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado.

A Bahia possui uma taxa de letalidade de 1,3, menor do que a média nacional. Ao todo, foram confirmados 23 óbitos por dengue nos municípios de Vitória da Conquista (5), Jacaraci (4), Piripá (3), Santo Antônio de Jesus (2), Barra do Choça (1), Caetité (1), Campo Formoso (1), Feira de Santana (1), Ibiassucê (1), Irecê (1), Juazeiro (1), Carinhanha (1) e Santo Estêvão (1).

Em 2024, até 30 de março, foram notificados 7.469 casos prováveis de Chikungunya e registrados dois óbitos, nos municípios de Teixeira de Freitas e Ipiaú. No mesmo período de 2023, foram notificados 6.337 casos prováveis. Já os casos prováveis de Zika são 1.042 até 30 de março, contra 469 no mesmo período no ano passado. Nenhum óbito por Zika foi confirmado.

Pacientes aguardam atendimento no Hospital Manoel Novaes || Foto Divulgação
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A disparada de casos suspeitos de arboviroses (como dengue, zika, chikungunya) sobrecarrega o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, informa a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mantenedora da unidade. A Coordenação Administrativa do Hospital aponta aumento de 250% dos atendimentos, com um salto de 50 para 125 pacientes por dia.

Os pais que procuram a unidade em busca de atendimento para seus filhos têm esperado um pouco mais na Unidade de Pronto Atendimento, que funciona 24 horas, com dois pediatras por turno, acrescenta a direção do Hospital, em nota. A triagem e o atendimento, que funcionam por classificação de risco, possibilitam a priorização dos casos mais graves.

Ainda segundo a direção, muitas crianças que chegam ao Manoel Novaes deveriam passar por outras unidades no município. Para o HMN, só deveriam ser levados os casos graves, reforça.

PREVENÇÃO E CONTROLE

A diretora técnica do Manoel Novaes, médica Fabiane Chávez, alerta que é importante a prevenção e controle das arboviroses. Ela ressalta a necessidade de medidas eficazes de combate ao mosquito transmissor das doenças. “São ações que dependem da participação de todos. Da população, que deve cuidar para não ter criadouros do mosquito, e do poder público, com campanhas de orientação e trabalho de campo. Caso contrário, o sistema de saúde não irá suportar por muito tempo”.

Os dados indicam que entre os dias 1º e 13 foram contabilizados 1.160 atendimentos pediátricos, sendo 113 na última quarta-feira (13). “E, pela nossa classificação de risco, 85% dos casos que chegam não são da média e alta complexidade. Por causa da falta de direcionamento correto, a nossa unidade está sobrecarregada”, reforçou a médica. “As equipes do nosso hospital seguem trabalhando, incansavelmente, para fornecer cuidados de qualidade a todos os pacientes”, finalizou.

Município tem 1.106 casos suspeitos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
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A Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau) emitiu alerta sobre risco de surto de zika e chikungunya no município, que identificou 38 casos das doenças. A pasta aguarda a análise de 1.106 notificações de suspeita das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue. A confirmação ou o descarte da suspeita é feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen), em Salvador.

Hoje (5), a Secretaria informou a distribuição dos casos investigados por bairros. São 128 notificações da Conquista; 115 do Nelson Costa; 107 do Nossa Senhora da Vitória/Sol e Mar; e 304 na soma dos casos suspeitos do Vilela, São Francisco, Pontal, Malhado e Hernani Sá.

A Unidade de Pronto Atendimento da Esperança, na Avenida Governador Roberto Santos, e a PA da Zona Sul são as unidades de referência para atendimento dos casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya.

O mosquito depende de água parada para se reproduzir. Por isso, a Secretaria de Saúde de Ilhéus pede que a população redobre os cuidados e evite os criadouros do Aedes. A Prefeitura mantém o telefone (73) 3231-4519 para a denúncia de possíveis criadouros do mosquito, a exemplo de terrenos baldios e casas abandonadas. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 17h.

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A Secretaria de Saúde de Itabuna já classifica como epidemia a infestação do Aedes aegypti no município. O mosquito é transmissor da dengue, zika e chikungunya. “Posso assegurar que os casos [de dengue] confirmados deste ano superam em quatro vezes os de 2021”, alerta a secretária Lívia Mendes Aguiar.

Para conter o avanço de casos, a secretária mobilizou todos os setores administrativos da Prefeitura para iniciar força-tarefa de combate ao mosquito, por meio de mutirões. O primeiro será no próximo sábado (14).

“Estamos traçando e colocando em prática estratégias para frear a proliferação do Aedes aegypti com ações de conscientização e de combate para, consequentemente, evitar que Itabuna viva o mesmo caos de cinco anos atrás”, explica a gestora ao comentar a reunião desta sexta-feira (6), que teve a presença de representantes de todos os setores do governo.

Participaram da reunião, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, representantes das secretarias de Infraestrutura e Urbanismo (Siurb), Segurança e Ordem Pública (Sesop), Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) e de Governo e do Departamento de Limpeza Pública, dentre outros.

O secretário Almir Melo Júnior, titular da Siurb, assegura que a força-tarefa terá todo o suporte necessário das equipes de coleta de resíduos, limpeza e fiscalização de áreas.

Secretaria de Saúde divulga resultado do segundo Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021
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Caiu para 6,8% o índice de infestação predial do Aedes aegypti em Itabuna, informa a Secretaria Municipal de Saúde, com base no segundo Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2021. As visitas aos imóveis ocorreram na semana passada, de segunda (14) a sexta-feira (18).

De acordo com a Divisão de Vigilância Epidemiológica do município, o índice é 2 pontos percentuais menor que o de abril, quando 8,8% dos imóveis visitados estavam infestados com larvas do mosquito responsável pela transmissão da dengue, chikungunya e zika vírus.

BAIRROS COM MAIORES ÍNDICES

Os bairros com maiores índices de infestação do mosquito foram Santa Inês (21,27%), Daniel Gomes (21,05%), Corbiniano Freire (18,75%), Novo Horizonte (18,03%), Conceição (17,17%), Sarinha Alcântara (16,43%), Jardim Primavera (15,62%), Jorge Amado (14,89%), Urbis IV (14,28%) e Monte Cristo (13,43%).

A Divisão de Vigilância Epidemiológica mantém telefone (73) 3612-8324 para a denúncia de focos de reprodução do mosquito. O canal também pode ser usado para esclarecimento de dúvidas.

Número de casos de dengue dispara em Vitória da Conquista
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O Centro de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, registrou 4.775 casos notificados de dengue. Destes, 2.351 tiveram diagnóstico confirmado para a doença, 622 foram descartados e 1.264 apresentam diagnóstico inconclusivo.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista, 536 pacientes aguardam resultado laboratorial e duas mulheres foram a óbito por dengue grave hemorrágica no município.

ZICA E CHIKUNGUNYA

O número de casos suspeitos de zika também vem aumentando. São 854 notificações, com 10 casos confirmados, 212 aguardam resultado, 564 apresentam diagnóstico inconclusivo e 68 foram descartados.

Vitória da Conquista registra também 481 notificações de pessoas com os sintomas de chikungunya, sendo 23 casos confirmados e 458 pacientes seguem aguardando o resultado laboratorial.

As localidades com mais casos notificados e confirmados de contaminação por dengue, zika e chikungunya são Cruzeiro (759 notificados e 284 confirmados), Patagônia (320/137 confirmados), Alto Maron (298/148 ), Centro (242/101) e Vila América (339/83).

Vitória da Conquista tem mais de 700 casos confirmados de dengue
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Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, registra 712 casos confirmados de dengue, do total de 3.284 pessoas notificadas com suspeita. O município tem 1.562 pessoas aguardando resultado de exame, 121 tiveram resultados descartados e 886 apresentaram diagnóstico inconclusivo em relação à doença. Além disso, três pessoas morreram por dengue grave hemorrágica.

ZIKA E CHIKUNGUNYA

De acordo com a Secretaria de Saúde de Vitória da Conquista, foram feitas 521 notificações de pessoas com suspeita de zika. Na última semana o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) não divulgou nenhum novo resultado laboratorial dos casos suspeitos da doença.

São sete pessoas que testaram positivo, 37 que tiveram resultados negativos e 103 apresentaram diagnóstico inconclusivo em relação à doença. Outras 374 pessoas seguem aguardando resultado laboratorial.

O município também registra 346 casos suspeitos de chikungunya, além de 14 casos confirmados para esta doença. Existem 332 pacientes aguardando o resultado laboratorial.

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Cerca de 200 grupos de cientistas, no mundo, trabalham intensamente no desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos oito delas já iniciaram a fase clínica, de testes em pessoas.

A equipe brasileira, composta por 15 pessoas, é liderada pelo pesquisador Alexandre Vieira Machado, da Fiocruz em Minas Gerais, em parceria com outras instituições, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto Butantã, a Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Segundo Machado, o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo também trabalha no desenvolvimento da vacina, liderado pelo médico Jorge Kalil, e há troca de informações entre as duas equipes. “Esperamos que nós possamos utilizar a deles junto com a nossa em alguns testes”, diz Machado.

CORONAVÍRUS

A atual pandemia de covid-19 é causada pelo novo coronavírus, chamado tecnicamente de Sars-CoV-2, uma mutação do vírus Sars-CoV-1, que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, da sigla em inglês). Segundo dados da OMS, a Sars registrou 8.098 casos e deixou 774 mortos em 26 países entre 2002 e 2003, com foco principal na Ásia.

Outro tipo de coronavírus causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, da sigla em inglês), que deixou 858 mortos desde 2012, com um total de 2.494 casos em 27 países.

Covid-19 significa Corona Virus Disease, ou doença do coronavírus em português. O 19 se refere a 2019, ano em que foram divulgados os primeiros casos em Wuhan, na China. O Sars-Cov-2 já registrou quase 6 milhões de casos em todo o mundo, com mais de 360 mil mortos.

Machado explica que o vírus Sars-CoV-1 desapareceu depois do surto de 2002 e as pesquisas com ele foram interrompidas, por isso agora há mais dificuldade de se encontrar a vacina, com a pandemia em andamento e com um vírus muito mais contagioso e que causa uma doença grave. “É como ter que trocar o pneu de um carro em movimento descendo uma ribanceira”, diz o pesquisador.Leia Mais

Equipe criou armadilha elétrica para combater mosquitos
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Uma equipe de cientistas baianos trabalha com uma solução tecnológica no combate aos mosquitos, uma armadilha elétrica sustentável, principalmente em tempos de zika, dengue e chikungunya. A novidade é que o protótipo, feito em impressão 3D com composição plástica biodegradável, funciona por meio de um sistema solar, que reduz o uso de energia elétrica e pode ser utilizado em qualquer lugar atingido com a infestação de mosquitos.

“Nossa armadilha apresenta um design inédito, ao mesmo tempo decorativo e eficaz. Com amplitude de atração de 360 graus, tanto na vertical e horizontal, além de um duplo mecanismo de atração, um sonoro e outro por iluminação pulsada, os mosquitos ficam presos ao entrar e lá dentro desidratam e morrem”, explicou um dos responsáveis pela invenção, Arthur Ribeiro, estudante de engenharia elétrica do Instituto Federal da Bahia (Ifba), da cidade de Paulo Afonso.

SEM AGREDIR MEIO AMBIENTE

Ele se uniu a outros estudantes – Ana Clara, Thaís Caires e Fábio Filho, orientados pelo professor Weber Miranda, e tiveram a inspiração para criar o projeto durante um programa de fomento do Instituto. “Nosso orientador mostrou um protótipo da ideia e formamos uma equipe para desenvolvê-la. Fomos aprovados no Edital do Hotel de Projetos e estamos nessa pesquisa desde então”, disse o estudante.

As três principais estratégias de combate aos mosquitos, atualmente, são os inseticidas, repelentes e as armadilhas. “Queremos combater as doenças que são transmitidas através dos insetos sem agredir o meio ambiente ou a saúde das pessoas, sem necessidade de produtos químicos. Soluções como inseticidas podem causar efeitos como náuseas, dores de cabeça e alergias, então a armadilha sustentável pode ser a melhor solução para atender a diversas populações”, destacou.Leia Mais

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Itabuna e Ilhéus correm risco de epidemia de dengue zika e chikungunya

O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta sexta-feira (8), mostra que dezenas de municípios baianos correm sério risco de enfrentar um surto de dengue, zika e chikungunya. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação é muito preocupante em localidades como Itabuna (13,1%) e Ilhéus (11,6%).
Em Itabuna, de cada 100 imóveis pesquisados, pelo menos 13 estão com larvas do mosquito Aedes aegypti. Em Ilhéus, a situação é parecida. Foram encontrados criadouros em 11 de cada 100 imóveis visitados pelos agentes de combate a endemias. O risco de surto  de dengue, zika e chikungunya é muito alto também em Buerarema (9,1%), Ibicaraí (10,2%) e Itapé (8,1%).
Há risco de surto ainda em Camacan, Itapintaga, Jussari, Canavieiras, Itajuípe e Mascote. Nessas localidades, os índices de infestação de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya variam de 4,9% a 7,1%. O município com o maior índice infestação no país é baiano. Em Itiúba, de cada 100 imóveis pesquisados, 28,6% estão com criadouros.
Os dados do Ministério da Saúde mostraram ainda que 1.153 (22%) municípios em todo o país apresentaram alto índice de infestação do Aedes aegypti. Além das cidades em situação de risco, o levantamento identificou 2.069 localidades em alerta, com o índice de infestação predial (IIP) entre 1% a 3,9% e 1.711 municípios com índices satisfatórios, inferiores a 1%.

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Mosquito Aedes aegypti faz estrago em Coaraci || Foto Portal Mix

Se morar numa cidade com altos índices de dengue, zika e chikungunya é algo que ninguém quer, imagine, então, no  município da Bahia que passa por uma epidemia simultânea dessas três doenças, classificadas como arboviroses por serem transmitidas por insetos – neste caso, o temido mosquito Aedes aegypti.

Esse é o drama dos 19 mil moradores de Coaraci, no sul da Bahia, e a manicure Maria Augusta Silva Sales, 26 anos, conhece bem. “Três pessoas da minha família – um sobrinho, uma tia e um cunhado – tiveram dengue e foi um sufoco. Tenho muito medo de pegar também, e busco tomar cuidados para não deixar água acumulada”, disse.

Coaraci aparece no relatório anual de arboviroses da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) como a única cidade baiana que o coeficiente de incidência de arboviroses foi maior ou igual a 100 casos por 100 mil habitantes em 2017.

“Dessa forma, o município de Coaraci apresenta uma tríplice epidemia, considerando parâmetro do Ministério da Saúde”, afirma a Sesab no relatório divulgado na semana passada.

Em 2017, o município notificou 20 casos suspeitos de zika, 75 de Dengue e 26 de chikungunya. No ano anterior, foi pior: 191 notificações de zika, 200 de dengue e 18 de chikungunya, atendidos no Hospital Geral de Coaraci, de baixa complexidade. A unidade possui 100 leitos. Leia mais no Correio  24 hs.

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Aedes aegypti é o transmissor da zika, dengue e chikungunya (Foto Fiocruz).
Aedes aegypti é o transmissor da zika, dengue e chikungunya (Foto Fiocruz).
Lísias Miranda, secretária de Saúde de Itabuna.
Lísias Miranda, secretária de Saúde de Itabuna.

O índice de imóveis infestados por larvas do Aedes aegypti praticamente não caiu em Itabuna nos últimos dois meses. Agora em abril, a Secretaria de Saúde detectou que 23,3% deles tinham larvas do mosquito que transmite dengue, zika e chikunguya. Significa que, a cada grupo de 100 imóveis visitados, 23 estavam infestados pelo mosquito. Em fevereiro, eram 24 (24,1%).

A baixíssima queda fez reacender o sinal de alerta. A secretária de Saúde de Itabuna, Lísias São Mateus, pede “que a comunidade continue vigilante em relação aos cuidados” contra o mosquito.

Cuidados essenciais são aqueles para não manter água parada nem reservatórios destampados. Pneus, cascas de ovos, vasos de plantas e garrafas, por exemplo, pode se tornar criadouros do mosquito, se houver água parada neles.

Para se ter uma ideia, o índice registrado agora em abril é mais de 22 vezes superior ao aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A organização considera que o percentual satisfatório de infestação de larvas é menos que 1%. Ou seja, Itabuna continua muito longe do ideal.

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Aedes aegypti é o causador da zika, dengue e chikungunya (Foto Fiocruz).
Aedes aegypti é o causador da zika, dengue e chikungunya (Foto Fiocruz).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) rebateu neste sábado (28) as declarações de um grupo de cientistas e afirmou que não há motivos para adiar ou cancelar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, previstos para agosto, devido ao surto do vírus Zika, informa a Agência Brasil.

Na avaliação da OMS, eventual mudança no calendário da competição não alteraria significativamente a propagação do vírus. O Brasil é um dos 60 países que registraram a presença do Zika em seu território.

“Com base na avaliação atual do vírus Zika circulando em quase 60 países globalmente e em 39 nas Américas, não há nenhuma justificativa de saúde pública para adiar ou cancelar os Jogos. A OMS continuará monitorando a situação e atualizando as recomendações, se necessário”, afirmou a entidade, em comunicado.

A manifestação da OMS foi provocada por uma carta aberta na qual pesquisadores de pelo menos 15 países pediram à organização e ao Comitê Olímpico Internacional (COI) o adiamento do evento esportivo em nome “da saúde pública” devido à presença do vírus Zika na cidade.

Em nota, a OMS também ressaltou que está fazendo recomendações ao governo brasileiro e ao Comitê Olímpico sobre formas de reduzir o risco de atletas e turistas de contraírem o vírus durante os Jogos, como o combate ao mosquito Aedes aegypti,que além do Zika, transmite a febre chikungunya, febre amarela e a dengue.

Ontem (27), após a divulgação da carta dos cientistas, o Ministério da Saúde esclareceu que o mês de agosto, quando a competição será realizada, é o período do ano de baixa incidência das doenças provocadas pelo mosquito. O ministério ressaltou ainda o fato de a OMS não ter feito nenhuma recomendação para restrição de viagens, exceto às grávidas.