Revolta entre os fiscais das áreas de trânsito, de indústria e comércio e da agricultura. A prefeitura de Itabuna cortou 20% do salário dos fiscais. O percentual era concedido a título de adicional noturno, fixo. Os servidores somente perceberam a ‘mordida’ no salário ao receber o contracheque entre sexta e hoje. Correm para que a distorção seja corrigida antes do salário pingar na conta, no início de julho.
O corte acontece no período em que o município concede 6,9% de reajuste ao funcionalismo. Os servidores prejudicados foram à secretaria de planejamento e tentaram contato com o secretário Maurício Athayde, mas ele ainda não havia chegado. “Não tem ninguém para resolver”, diz Aristóteles Bispo, o Tote, que preside o Sindicato dos Servidores Municipais.
A prefeitura teria alegado que o adicional concedido às três categorias de fiscais é ilegal e, por isso, promoveu o corte do benefício dos servidores. Para o sindicato, a medida seria uma retaliação política engendrada pelo secretário. “Desde o carnaval, ele nos persegue”, diz Tote, para quem o governo pode se tornar historicamente “conhecido por retirar direitos dos trabalhadores”.
O sindicato se queixa que a prefeitura prometeu, em reuniões com os servidores, cortar 10% dos cargos comissionados e ‘limar’ as funções gratificadas, mas o que ocorre é a retirada de direitos históricos dos trabalhadores.