Obra de Glicéria Tupinambá é destaque na Bienal de Veneza || Foto Rafa Jacinto, da Fundação Bienal de São Paulo
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Um projeto que reúne obras de artistas indígenas do sul da Bahia é um dos destaques na Bienal de Veneza, na Itália.  A 60ª Exposição Internacional de Arte fica em cartaz até 24 de novembro. É a Foreigners Everywhere, a Estrangeiros em Todos os Lugares numa tradução livre. O evento conta com obras de 332 artistas de vários países.

Composto por obras como Okará Assojaba e Dobra do tempo infinito, de Glicéria Tupinambá, também conhecida como Célia Tupinambá; e Equilíbrio, de Olinda Tupinambá, o projeto baiano é destaque no Pavilhão Hãhãwpuá, destinado aos artistas brasileiros. O Pavilhão tem a curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana.

Os indígenas do sul da Bahia estão na Bienal de Veneza com o Projeto Ka’a Pûera, que significa “Nós Somos Pássaros Que Andam”.  Ka’a Pûera também que dizer: um lugar, uma floresta desmatada, mas que se regenera depois de um tempo, segundo afirmam indígenas.

Com as obras Okará Assojaba e Dobra do tempo infinito, Glicéria Tupinambá compartilha suas visões sobre a relação entre humanidade, natureza e memória. A Dobra do tempo infinito é uma videoinstalação onde são transmitidos saberes por meio de processo de produção de redes de arrasto e outras atividades cotidianas indígenas. “A obra inclui a produção de seis vídeos, um trabalho desenvolvido pelos próprios indígenas”, conta o itabunense Augusto Santos, que se denomina artista de Imagem Digital.

A outra obra  é composta por um manto tupinambá e redes de arrasto. O manto (foto abaixo) é considerado símbolo sagrado. Ele é utilizado em rituais por pajés, majés e caciques. A vestimenta disponibilizada na exposição na Itália é a terceira confeccionada por Glicéria.  A primeira foi produzida em 2006 e doada para o Museu Nacional. A segunda foi confeccionada em 2021 para Funarte, em São Paulo.

 

Glicéria Tupinambá tem obra exposta na Bienal de Veneza || Foto Fundação Bienal de São Paulo

Augusto Santos participou do processo de uma das obras exibidas da Bienal de Veneza, promovendo oficinas para que os indígenas fizessem as filmagens das atividades de transmissão de saberes e das entrevistas com personagens da comunidade. O itabunense relata ainda que fez a produção e edição dos vídeos que estão sendo exibidos na amostra.

Outra obra indígena que está impactando quem visita o Pavilhão Hãhãwpuá, na Itália, é a Kaapora- o chamado das matas, entidade que também é mobilizada na videoinstalação “Equilíbrio”. De autoria de Olinda Tupinambá, a obra apresenta um retrato da condição humana na terra e uma discussão crítica da relação destrutiva da civilização com o planeta do qual depende.

Olinda Tupinambá ajuda a contar a história do povo indígena brasileiro || Foto Maurício Requião

Entre os visitantes da amostra está o ex-vice-prefeito de Itabuna e Superintendente de Economia Solidária da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Wenceslau Junior, que está de férias com a família na Itália.  “Estamos aqui nesta sexta-feira, 3 maio, na Bienal de Veneza, eu e Márcia (Márcia Rosely Oliveira, esposa), visitando o Pavilhão do Brasil. É muito importante esse resgate da história tupinambá, do povo da Serra do Padeiro e de Olivença. Parabenizar Célia Tupinambá por resgatar essa cultura ancestral. Essa arte de construir esse manto sagrado”.

De acordo com Wenceslau Junior,  é muito importante resgatar a dívida histórica que o Brasil tem com o povo indígena tupinambá. “Sobretudo no que diz respeito a demarcação imediata das terras das comunidades de Olivença e Serra do Padeiro.  A luta continua. Demarcação já”,  defende em vídeo enviado ao PIMENTA. Ele também destacou o trabalho feito por Augusto Santos, que promoveu as oficinas e editou os vídeos.

 

Casal Wencelau Júnior e MárciaRoseli visita exposição com obras de indígenas na Itália || Foto Divulgação

QUEM SÃO AS ARTISTAS

Glicéria Tupinambá nasceu em 1982, na Serra do Padeiro. Ela está fazendo mestrado no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto Nós Somos Pássaros Que Andam, que está na Bienal de Veneza, garantiu à artista a 10ª edição da Bolsa de Fotografia ZUM/IMS. Ela também foi vencedora do Prêmio Pipa 2023.

Olinda Tupinambá é artista, jornalista, documentarista, cineasta e ativista ambiental. Ela é da terra indígena Tupinambá de Olivença, em Ilhéus, mas atua na comunidade Pataxó Hã-hã-hãe, na aldeia Caramuru-Paraguaçu, em Pau Brasil, onde mora. Em 2020, Olinda participou, na Pinacoteca de São Paulo, da exposição Véxoa: nós sabemos.

Picanha do sol é uma das iguarias de Itororó
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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) sancionou, nesta sexta-feira (3), a Lei nº 14.689/2024, que reconhece Itororó como a Capital Baiana da Carne de Sol. O preparo da carne peculiar ao município é famoso em todo o país. Também é símbolo cultural da cidade do Médio Sudoeste da Bahia, que inspira, por exemplo, o Festsol, festival junino com três décadas de história.

Segundo a tradição, o modo de salgar e conservar a carne é um legado de Joaquim Prates, falecido em 2019, aos 82 anos. Kinkão, como era conhecido, chegou a Itororó na década de setenta e deu origem à fama gastronômica da cidade.

Ele fez escola e, hoje, o trecho da BR-415 entre Firmino Alves e Itororó é chamado de Corredor da Carne de Sol. Por todo o sul da Bahia, estabelecimentos usam a carne de sol de Itororó como chamariz da clientela, com direito a delivery.

Editora promove literatura sul-baiana na Bienal do Livro da Bahia
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Salvador recebe, desde a última sexta-feira (26) até a próxima quarta (1º), a Bienal do Livro da Bahia 2024. Referência do mercado editorial no sul do estado, a Via Litterarum Editora, dirigida pelo professor Agenor Gasparetto, expõe obras de 20 autores sul-baianos em estande no evento.

Uma das responsáveis pelo estande da editora, a escritora e psicóloga Leila Oliveira dimensiona o impacto da atuação da Via Litterarum na Bienal. “É uma oportunidade única para que autores da nossa região possam participar de um dos maiores eventos de literatura do Brasil. Uma chance de terem suas obras lidas e conhecidas por pessoas de todo o Brasil”.

A editora promove sessões de autógrafo com os autores grapiúnas. Serão 12 até o final do evento. No estande, a intervenção do teatro de sombras da dramaturga Naiara Gramacho é um show à parte.

Representante do setorial de Literatura do Conselho de Cultura de Itabuna e autora selecionada para a exposição da comitiva sul-baiana, Leila ressalta o sentimento de se integrar à Bienal. “É a festa da literatura baiana, é o sonho de toda pessoa que escreve estar aqui, é uma forma de reconhecimento sobre o trabalho produzido. Ganha a região, ganha a literatura”, conclui a autora de Além dos Cômodos, coletânea de crônicas lançada pela Via Litterarum em fevereiro.

Arte na Praça será neste domingo (28), a partir das 16, na Beira-Rio
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Neste domingo (28), a Associação de Artesanato Praça das Artes (AAPA) promoverá a 4ª Edição do Arte na Praça. O evento começará às 16h, na Praça Rio Cachoeira, em frente ao Hospital Beira-Rio, e oferecerá ao público feira de artesanato e gastronomia, com música ao vivo e espaço para crianças, além de sorteio de brindes.

“Queremos reunir as famílias para conhecer os produtos dos nossos artesãos e artesãs. Organizamos atrações para todos os públicos”, disse Flávia Layane Oliveira, uma das organizadoras do evento.

Estarão expostos produtos como costura criativa, bonecas, bordados, croché, bijuterias, roupas infantis, chaveiros, laços infantis e adultos, MDFS, tapetes, bolsas e gastronomia estão entre os produtos. “Nosso trabalho é fomentar a economia criativa”, ressalta Flávia Oliveira.

EVENTO MENSAL

Segundo Flávia, o Arte na Praça é mais uma atração mensal dos domingos na principal praça da Beira Rio. Aos domingos, uma das vias do eixo avenidas Aziz Maron e Mário Padre fechada para o lazer das famílias.

Iniciativa de promoção do artesanato e de cultura e lazer, o Arte na Praça tem o apoio da Prefeitura de Itabuna, por meio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), e de Paulinho de Banco

Reitor Alessandro Fernandes e José Nazal durante cerimônia na Uesc
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) promoveu, nesta quinta-feira (25), a solenidade de entrega dos títulos de Doutor Honoris Causa ao músico Adalmiro Leôncio da Silva, Mestre Sabará, e ao fotógrafo, memorialista e ex-vice-prefeito de Ilhéus José Nazal. Também homenageou o músico Clóvis de Figueiredo Leite, o Kocó da Banda Lordão, que faleceu em fevereiro e foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa em memória.

Mestre Sábara, ícone da música grapiúna, recebe título de Doutor Honoris Causa

A solenidade contou com a presença de familiares e amigos de Kocó, a exemplo do irmão, José Jorge Leite; da viúva, Sônia Leite; e das cantoras da Banda Lordão, Cris Mel e Tina Dias.

Parte das comemorações dos 50 anos do Campus Professor Soane Nazaré de Andrade, a cerimônia também foi marcada pela entrega dos títulos de Professor Emérito ao professor Aurélio Farias de Macêdo, que dirigiu a Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), precursora da Uesc; e à professora Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro, reitora da Uesc de 2012-2019, ex-secretária da Educação da Bahia e pré-candidata a prefeita de Ilhéus pelo PT.

Viúva e irmão de Kocó recebem título concedido ao músico em memória

OBRA DA CIVILIZAÇÃO GRAPIÚNA

No seu pronunciamento, o reitor Alessandro Fernandes de Santana relembrou o papel de instituições e pessoas que deram forma e corpo à Uesc, como a Ceplac, o extinto Instituto de Cacau da Bahia (ICB), o professor Soane Nazaré de Andrade, falecido no ano passado, e a família Nabuco, que doou parte do terreno onde, em 1974, nasceu o campus da Fespi. O restante da área foi adquirido pela Ceplac.

O reitor também lembrou do trabalho que, muitas vezes, passa despercebido, mas é parte essencial da vida no Campus, como os serviços prestados por operários, ajudantes, técnicos e todas as categorias profissionais. Para Alessandro, é o reconhecimento dessa pluralidade é uma marca da Uesc, à qual se refere como “a maior invenção da sociedade grapiúna”.

– Somos uma instituição plural e diversa, porque temos a grandeza de reconhecer que se constrói uma Universidade grande se reconhecemos a grandeza da contribuição de todos – declarou.

Raquel Rocha, ao centro, é a nova presidente da Alita || Foto Divulgação
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Raquel Rocha é a nova presidente da Academia de Letras de Itabuna (Alita). A imortal tomou posse em concorrido evento na noite de sábado (20), no Rotary Club de Itabuna. Raquel Rocha sucede ao escritor Wilson Caetano, que dirigiu a Alita nos últimos dois anos.

Caetano citou ações do seu mandato como visitas às escolas, reforma do estatuto, sarau de poesias, exposições e lançamentos de livros. “Fizemos importantes ações como a exposição dos 200 anos de Independência da Bahia, em parceria com o Centro Cultural Teosópolis, o primeiro concurso literário Crônicas do Rio Cachoeira, palestras marcantes como a Cem anos sem Ruy Barbosa, incentivamos a literatura infantil com os encontros Pequenos Leitores, Grandes Autores, fomentamos o livro com o lançamento e relançamento de obras”, relatou.

Como último ato de seu mandato, Wilson Caetano encaminhou à Câmara Municipal, por meio do vereador Israel Cardoso, pedido de utilidade pública municipal. “Esperamos que os vereadores avaliem o importante trabalho que a Alita tem promovido em prol da cultura e das artes na nossa cidade”, disse.

NOVA DIRETORIA

A nova diretoria da Academia de Letras de Itabuna (Alita) é composta por Raquel Rocha (presidente), Lurdes Bertol (vice-presidente), Eliabe Moraes (1ª secretária), Maria Luísa Nora (2ª secretária), Gustavo Veloso (1° tesoureiro) e Marcos Bandeira (2° tesoureiro). Margarida Fahel é a diretora da Revista e Sérgio Sepúlveda o diretor de Ações Culturais. A diretoria é ainda composta por Clovis Junior (diretor da Biblioteca), Heloisa Prazees (diretora de Arquivo), Rafael Gama (diretor de Comunicação Social e Marketing) e Gustavo Cunha (diretor de Projetos e Pesquisas).

Ao assumir a presidência da Alita, Raquel Rocha exaltou a capacidade da nova equipe que vai dirigir a Alita nos próximos dois anos. “Cada membro desta equipe traz consigo uma riqueza de experiência, capacidades e conhecimentos. Estou profundamente honrada pela confiança de cada um de vocês em trilhar essa jornada junto comigo”.

ALICERCE DA VIDA

Ainda agradeceu à família (“o verdadeiro alicerce da minha vida”). “Eles não são apenas minha base. São minha força, cada passo que dou. A eles devo tudo que sou. Tenho uma crença inabalável no poder das artes: da poesia, da literatura, da música, do cinema. As artes têm o poder de transformar o mundo, mudar vidas e, acima de tudo, nos fazer seres humanos melhores”, pontuou a acadêmica.

A nova presidente também falou da força do trabalho conjunto da Academia. “Por isso, expresso meus mais sinceros agradecimentos a esta diretoria, que está sendo empossada junto comigo”, ressaltou.

A cerimônia contou com apresentações culturais do Coral da Ceplac e do PrAdorar Cristão da Igreja Batista Teosópolis. Rafael Gama quebrou o protocolo recitando poesia do escritor francês Charles Baudelaire, autor de Flores do Mal. Membro da Alita, o médico Silvio Porto falou em nome da Academia de Medicina. Ao final da cerimônia foi lançada a quinta edição da Revista Guriatã, reunindo, em 275 páginas, a produção literária de escritores da Alita.

Joelma é confirmada no São Pedro de Itabuna || Foto Divulgação
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Considerado o maior São Pedro do Brasil, o Ita Pedro tem mais uma atração confirmada para a edição de 2024, na Arena Zé Cachoeira, na Avenida Princesa Isabel. Será a paraense Joelma, ex-vocalista da Banda Calypso.

A organização já havia anunciado outros nomes para a festa deste ano. O som genuíno de Dorgival Dantas, o forró das antigas da Calcinha Preta e Léo Santana.

A festa deste ano começará em 27 de junho. A promessa é de quatro dias de festa, com encerramento em 30 de junho. o arrasta-pé é promovido pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Prefeitura de Itabuna e Governo da Bahia.

KOCÓ HOMENAGEADO

Numa homenagem a um dos ícones da música baiana, Clóvis Leite, Kocó, falecido em 19 de fevereiro passado, o tema do Ita Pedro deste ano será É tão bom se apaixonar, nome de um dos maiores sucessos da banda Lordão.

Elisa conta história para crianças atendias pelo CHEAS
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A escritora e educadora ilheense Elisa Oliveira bateu um papo com as crianças atendidas pelo Centro de Humanização e Ação Social (Cheas), na Vila Nazaré, em Ilhéus. O encontro deu início às atividades com o mote do Dia Nacional do Livro Infantil, que será comemorado na próxima quinta-feira (15). A artista também contou histórias para os pequenos.

A ação teve o objetivo de aproximar as crianças e adolescentes dos livros e da leitura. “Quer seja como educadora ou escritora, sou ponte entre o livro e o leitor. Faço questão de aproximar as crianças dos mais diversos temas, especialmente os filosóficos, que convidam a pensar sobre seu cotidiano”, explica Elisa.

Turma do Cheas tem contato com obras da escritora ilheense

A autora tem 18 livros publicados, sendo nove didáticos de filosofia para as infâncias e a outra metade de literatura filosófica e antirracista.

AÇÃO SOCIAL

O Cheas atende a crianças da Vila Nazaré e entorno. Reforço escolar, capoeira, oficina de leitura, futebol, atividades artísticas e culturais são algumas das atividades ofertadas, sob a monitoria de voluntários.

Dirigida pela psicóloga Maria Inês da Costa Carvalho de Jesus, a instituição não tem fins lucrativos e é mantida com esforço e ajuda de voluntários há mais de 30 anos, atendendo a um grande número de famílias da localidade.

Centro Cultural Teosópolis participa da programação na próxima quinta-feira (18), em Itabuna
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A Academia de Letras de Itabuna (Alita), o Centro Cultural Teosópolis (CCT) e a editora Via Literarum promoverão, no Dia do Livro Infantil, 18 de abril, o 2° Encontro Pequenos Leitores, Grandes Autores. O evento ao ar livre, na Praça dos Eucaliptos, no Conceição, marca a abertura das atividades especiais para o ano de 2024 promovido pelas duas entidades culturais. As atividades vão das 9h às 17h.

De acordo com os organizadores, a programação contará com a participação das escolas com apresentação da produção cultural dos seus alunos em forma de coletânea ou individual. Participantes, professores ou alunos vão recitar poemas. As escolas também levarão pessoas caracterizadas como personagens de livros infantis, com ênfase nas obras do escritor Monteiro Lobato.

Na Praça, serão instaladas barracas para exposição da produção cultural das escolas de Itabuna, para a visita dos amantes da literatura. Para o presidente da Alita, Wilson Caetano, o encontro é forma de estimular a leitura. “Entendemos que a leitura é o caminho para a percepção do mundo ao seu redor. Quanto mais o indivíduo exerce esse hábito, mais integrado ele está ao seu meio cultural e mais apto para o exercício da cidadania”, afirmou.

Segundo a historiadora e professora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) Janete Macedo, que é curadora do Centro Cultural Teosópolis (CCT), um dos objetivos do encontro é incentivar a leitura. “Objetivamos incentivar o gosto pela leitura, tornar o aluno protagonista das suas produções literárias, desenvolvendo as habilidades de comunicação, ampliando a concepção do mundo literário e aproximando os autores de livros infantis regionais do seu público”, disse.

Os promotores estão convidando as escolas e a comunidade para o evento. “Esse é um momento de compartilhamento e convidamos a sua comunidade escolar para estar conosco. A escola pode participar ativamente, como protagonista do evento, ou como público assistente”, pontua Janete Macedo.

As inscrições para participação das escolas estão abertas, no Centro Cultural Teosópolis, na Praça dos Eucaliptos, bairro da Conceição, em Itabuna, ou pelo e-mail centroculturalteosopolis@gmail.com.

MÊS DO LIVRO INFANTIL

O calendário cultural dedica o mês de abril ao livro infantil. A Alita, o Centro Cultural Teosópolis e a Biblioteca Municipal Plínio de Almeida deram início às atividades de celebração da data no último dia 2 de abril, promovendo mesa redonda com o tema O livro um Patrimônio Cultural, em comemoração ao Dia Internacional do livro.

Festa Tropical Groove reúne seis nomes da música de Ilhéus e Itabuna || Divulgação
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Neste sábado (13), a partir das 21h, o espaço cultural Almáfrica, no São Miguel, na zona norte de Ilhéus, recebe a Festa Groove Tropical, que vai arrecadar dinheiro para a reforma do terreiro Ilê Axé Odé Omi Ewá, de Mãe Bernadete de Oxóssi.

A música será por conta de Ize Duque, Sadan, Libre Ana, Sindel, Oba Omi e Ma Way. O ingresso de segundo lote custa R$ 25,00. Dois saem por R$ 40,00, no site da plataforma Sympla.

Além das atrações musicais, o público vai conferir exposições de arte e peças de brechó e desfrutar de comidas e bebidas na praça de alimentação.

EXPRESSO ZONA NORTE

A festa disponibiliza serviço de transporte do Centro ao São Miguel e no retorno. Na ida, os horários vão das 20h à 1h, e na volta, das 3h às 6h. Mais informações pelo WhatsApp (73) 98190-9406.

Matilde Reymão é Cacau, a protagonista da novela ambientada em Itacaré
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Sucesso de audiência na TV portuguesa, a novela Cacau será exibida em um segundo país europeu. A TVI fechou acordo com a Mediaset, um dos maiores grupos de comunicação, para que a obra vá ao ar no canal Divinity, na Espanha, informou a Delas.

Ambientada em fazendas de cacau de Itacaré, no sul da Bahia, a novela conquistou o público português. A protagonista tem o nome da novela e do fruto que marcará a vida da jovem sonhadora que tem como meta fazer o curso de pastelaria e artes de chocolate.

Por meio de comunicado, a emissora portuguesa se posicionou sobre a transação. “Esta venda para o mercado espanhol representa não apenas um reconhecimento do talento e da qualidade da produção portuguesa, mas também uma oportunidade emocionante de compartilhar a riqueza da cultura televisiva portuguesa com uma audiência internacional ainda mais ampla”.

A bela Itacaré, no sul da Bahia, é uma das locações da novela “Cacau”

ITACARÉ NA VITRINE

O anúncio provocou entusiasmo em Itacaré. O município já colhe frutos da exibição de Cacau na TV portuguesa, com atração de turistas e de negócios do Velho Continente. Há pouco mais de um mês, o secretário de Turismo de Itacaré, Marcos Japu, empresários participou da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), quando prospectou negócios, reuniu-se com parte do elenco da novela Cacau e diretores da TVI (relembre aqui).

Secretário de Turismo de Itacaré, Marcus Japu

Marcos Japu observa que a exibição na Espanha será em canal temático, o Divinity, o que aumenta ainda mais a expectativa para atração de turistas espanhóis para Itacaré. “A cidade já recebe turistas vindos da Espanha. Com a exibição da novela, que é ambientada em nosso município, a perspectiva é de aumento de fluxo vindo daquele país europeu”.

João conta a Inocêncio que buscará orientação técnica para entrar no mercado de cacau fino || Reprodução/TV Globo
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O drama edipiano do Coronel José Inocêncio com João Pedro, no remake da novela Renascer, da TV Globo, começa no nascimento do filho, com a morte de Maria Santa no parto, se aprofunda na entrada de Mariana na vida de ambos e desemboca na disputa sobre a qualidade do cacau que eles produzem em Ilhéus, no sul da Bahia. Nos últimos capítulos, a trama ganhou um novo personagem, o conhecimento científico como aliado dos produtores de cacau.

Mérito da adaptação de Bruno Luperi para a obra original de Benedito Ruy Barbosa, seu avô, o enredo de Renascer apresenta os esforços de João Pedro, à frente das fazendas que divide com os irmãos, para entrar no mercado do cacau fino. Para isso, João faz investimentos para adequar sua produção às exigências técnicas que habilitam o produtor a obter certificados de qualidade e procedência. E, no capítulo desta segunda-feira (1º), anunciou ao pai que buscará orientação técnica de um centro de pesquisa.

Por linhas tortas, Inocêncio criou João à sua imagem e semelhança. Se o privou da educação superior, transmitiu ao filho o conhecimento acumulado nas décadas de experiência no manejo da cacauicultura. Agora, está prestes a ver a criatura superar o criador, caso João Pedro consiga implementar, com sucesso, as técnicas de produção do cacau fino. Atualizado às 16h03min para correção.

Peça sobre martírio de Cristo será apresentada na Praça Dom Eduardo, na quinta-feira (28) || Foto ABr.
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A Praça Dom Eduardo, em frente à Catedral de São Sebastião, no Centro Histórico de Ilhéus, será transformada em um grande palco a céu aberto, na próxima quinta-feira (28), às 21h, quando o Grupo Irmãos na Fé vai encenar A Paixão de Cristo. Dirigida por Márcio Oliveira e Maria Rodrigues, a peça será aberta ao público e vai suceder a Missa de Lava Pés.

“A encenação é um convite à reflexão e representa um momento para renovar a fé em Cristo”, diz Márcio. No enredo, o público será apresentado aos momentos decisivos da vida de Jesus Cristo, segundo a tradição cristã, como a escolha dos 12 apóstolos; a traição de Judas; o martírio da crucificação; e a ressureição.

Segundo Márcio Oliveira, o Grupo Irmãos na Fé reúne mais de 60 atores e figurantes e se dedica à evangelização por meio da arte. Na apresentação, dividirá o palco com o Grupo Minerva, de Canavieiras. A Catedral Diocesana de São Sebastião e a Prefeitura de Ilhéus apoiam a atividade cultural, que faz parte das celebrações da Semana Santa.

Mestre Virgílio dedicou a vida ao ensino da Capoeira Angola || Acervo M. Cabello
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O corpo de José Virgílio dos Santos, Mestre Virgílio, foi embalsamado para o velório, que está marcado para a próxima quinta-feira (21), a partir das 8h, no SAF, no Alto da Conquista, em Ilhéus. A decisão foi tomada para permitir que familiares cheguem à cidade a tempo de se despedirem do Mestre. O sepultamento será na sexta-feira (22), em local a ser divulgado.

Mestre Virgílio faleceu neste domingo (17), no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus, aos 89 anos, vítima de complicações de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

REPERCUSSÃO

Instituições de Ilhéus e região lamentaram a perda do Mestre. De acordo com a Associação dos Docentes da Uesc, Mestre Virgílio dedicou sua vida à propagação e preservação da capoeira e da cultura afro-brasileira no sul da Bahia. “Fundador da Associação de Capoeira Angola Mucumbo, recebeu em 2021 o título de Doutor Honoris Causa pela Uesc, em virtude da sua trajetória de resistência, das suas produções culturais e do seu empenho em difundir conhecimento”, diz trecho da nota divulgada pela Adusc.

Segundo a Prefeitura de Ilhéus, o Mestre honrou seu compromisso com a preservação da cultura afro-brasileira e “seu legado perdurará como fonte de inspiração para as futuras gerações”.

Mãe Ilza, do Terreiro de Matamba Tombenci Neto, também lamentou a partida do ancião. “Nosso Terreiro teve a felicidade de tê-lo como grande amigo por décadas, e estamos certos de que Zambi o recebe com todas as honras”, escreveu Mametu Mukalê.

Mestre Virgílio faleceu hoje, em Ilhéus || Foto Elisa Braga
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Faleceu hoje (17), em Ilhéus, José Virgílio dos Santos, Mestre Virgílio, maior expoente da Capoeira Angola no sul da Bahia. Ele estava internado no Hospital Regional Costa do Cacau desde terça-feira (12), após sofrer Acidente Vascular Cerebral (AVC) e parada cardíaca.

Nascido em Ilhéus, ele foi iniciado na capoeiragem aos 9 anos, em 1944, pelo Mestre Caranha. Também foi discípulo dos Mestres Chico da Onça, Claudemiro, Álvaro, Elíscio, João Valença e Barreto. Formou-se contra-mestre, em 1950, pelas mãos do Mestre João Grande.

Mestre Virgílio dedicou a vida ao ensino da Capoeira Angola || Acervo M. Cabello

Mestre Virgílio fundou, em 2002, a Associação de Capoeira Angola Mucumbo (Acam). Compositor profícuo, lançou, em 2007, o disco de canções autorais Velho Angoleiro: Ladainhas e Corridos.

Pela vida dedicada à arte marcial e à transmissão da cultura afro-brasileira, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) o concedeu, em 2021, o título de Doutor Honoris Causa.

Mestres João Grande (à esq.) e Virgílio na Roda da Paz, em Ilhéus || Acervo M. Cabello

Formou centenas de alunos. Além do trabalho na Mucumbo, ensinou a Capoeira Angola em projetos sociais ligados ao Teatro Popular de Ilhéus e ao Terreiro de Matamba Tombenci Neto. No próximo dia 26 de junho, Mestre Virgílio completaria 90 anos.

Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento. Assista, abaixo, à reportagem da TV Uesc sobre a trajetória do Mestre Virgílio.