Os dois principais municípios do sul da Bahia tiverem desempenho distinto em relação à evolução do emprego formal no mês de julho. O saldo em Itabuna – depois de computadas as contratações e as demissões – foi de 20 postos, levando-se em conta todos os setores da economia. Já Ilhéus teve um resultado bem melhor: 170 empregos.

Em Itabuna, quem mais empregou foi o setor de serviços, contratando 343 novos trabalhadores. Também foi quem mais demitiu – 284 – perfazendo um saldo positivo de 89 empregos. O maior saldo negativo ficou com a indústria: 33. Este setor empregou 153, mas demitiu outros 186. O total de empregos gerados em todos os setores foi de 837, contra 817 desligamentos, o que resultou em saldo positivo de 20 empregos.

Já em Ilhéus, o comércio foi quem mais deu emprego, 256. Mesmo demitindo 120 trabalhadores, ainda assim gerou um saldo de 136 postos no período. Já o setor de serviços foi o grande vilão para o crescimento dos empregos formais: gerou 152 e descartou 175, ficando com um saldo negativo de 23 postos.

Somando todos os setores, Ilhéus abriu 638 vagas e demitiu 468 trabalhadores, criando saldo de 170 novos postos de trabalho. Os dados podem ser consultados a partir do site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou clicando aqui.

… POR ENQUANTO.

Quadro histórico do PSB baiano, ex-presidente do diretório de Itabuna e ainda membro da comissão provisória estadual, o advogado Ruy Correa confirmou que está mesmo batendo em retirada. Sairá da legenda que ajudou a fortalecer e à qual se filiou “em 17 de abril de 1987”.

Segundo afirmou ao blog, a sua carta de desfiliação será encaminhada ao governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, até a próxima sexta-feira, 21.

Ruy justifica a sua saída como uma resposta à intolerância e à falta de espaço para a divergência interna. “Quem ousa divergir, começa a ser alijado. O PSB ficou monocrático, ficou intolerante. Como fazer militância, se não há discussão?”, questiona o advogado.

E mira no ex-deputado e atual secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli. “Ele se acha Deus. Ele é tudo, ele resolve tudo. Há pouco espaço para discussão. Na prática, ele é o presidente do partido”. O advogado deixa claro, no entanto, que não alimenta rancores e sai da legenda sem brigas. “Só não posso conviver com a intolerância”.

O militante histórico do PSB esclarece que não sai por falta de prestígio. “Fui escolhido um dos sete membros da comissão provisória estadual do partido”, ressalta. A escolha foi do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que o nomeou há dois meses.

Além de Ruy, de saída, quem também integra a comissão é a deputada federal e presidente Lídice da Matta, Domingos Leonelli, Rodrigo Ita, Edézio Lima, Capitão Tadeu e Sérgio Gaudenzi. A comissão foi definida após uma pendenga entre o grupo de Lídice da Matta e ex-pessebistas que acabam de sair da legenda e são acusados de ser informantes de Geddel, os “infiltrados do PMDB no PSB”.

Ruy também faz uma espécie de mea culpa ao lembrar que deu uma pequena parcela de contribuição para este momento do partido ao não questionar a saída do ex-prefeito Beto Lélis, de Irecê.

Em contrapartida, lembra que participou ativamente e coordenou a instalação do primeiro diretório estadual do PSB, em 1994, “junto com Carlos Aquino”. O advogado pessebista diz que sai “com dignidade” e sabendo que cumpriu o seu papel de organização do partido. O processo de reorganização resultou na eleição de 4 deputados estaduais em 1998: Lídice, Eliel Santana, Renato Costa e Capitão Tadeu.

Ruy Correa afirma que a filiação ao PMDB somente ocorrerá após discussões sobre qual o papel desempenhado pela legenda no sul da Bahia e, principalmente, em Itabuna. “Não vou me filiar ao PMDB apenas para votar em Renato Costa (pré-candidato a deputado estadual) e Geddel Vieira Lima. Isso eu posso fazer sem me filiar a partido. Já voto naturalmente [neles]“.

O advogado deixa clara a sua proposta para o PMDB: “Precisamos definir a cara do partido em Itabuna, interagir com a sociedade. É preciso discutir uma proposta política para 2012″, diz. Um ponto considerado fundamental por ele é a definição se é oposição ou governo de Capitão Azevedo (DEM):

– Devemos ter uma proposta clara para 2012. O PMDB não pode ficar com uma parte dentro e outra fora, como se fosse hermafrodita.

Hoje, pelo menos dois nomes peemedebistas em Itabuna integram o governo Azevedo. São eles o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando Gomes Vita, e o administrador de estádio Ricardo Xavier, ex-secretário de Esporte. Definido está que ele não entra na legenda de Geddel no próximo dia 30, no encontro regional de Itabuna.

Apontado pelo Ministério Público Estadual como um dos integrantes da “Máfia das Funerárias”, Robson Roberto Santana resistia a entregar o seu pedido de afastamento do cargo de secretário de Agricultura e Pesca de Porto Seguro (BA). A máfia atuava desde 1999 em Porto, Eunápolis e outros seis municípios do extremo sul da Bahia. O alvo eram prefeituras e famílias carentes.

Na manhã de terça, o Pimenta conversou com o secretário de Comunicação e Governo de Porto, Edézio Lima. Ele disse que o prefeito Gilberto Abade (PSB) esperou até as 16h da última sexta-feira, 14, para que Robson Roberto entregasse o seu pedido de afastamento ou exoneração, o que não ocorreu.

– Então, ele foi exonerado sumariamente ainda na sexta, logo após o governo tomar conhecimento do seu envolvimento no caso, segundo a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil.

O secretário de governo diz que as investigações não apontaram para o uso do esquema na atual gestão. “Constatou-se que esse crime foi praticado no período de 2007 a 2008 [gestão do ex-prefeito Jânio Natal]”, afirmou Edézio.  “A máfia não operou nesse governo. Inclusive, nós fizemos licitação para compra de urnas funerárias em junho último”, completou.

Leia mais sobre a Máfia das Funerárias em posts abaixo

Um grupo de cadeirantes realiza protesto em frente à sede da Assembleia Legislativa da Bahia. Eles exigem celeridade na tramitação da lei do passe livre no transporte intermunicipal, que está sem relator. Brigam também pela gratuidade no ferry boat e por melhores condições de acessibilidade na própria AL.

Ouvido pela reportagem do Pimenta na Muqueca, o presidente da Associação Municipal e Metropolitana das Pessoas com Deficiência, Cledson Oliveira Cruz, afirmou que os cadeirantes ficariam na Assembleia até que o presidente da casa, deputado Marcelo Nilo, os recebesse em audiência.

O ex-prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão, o Pedrão, deu ontem uma péssima notícia ao médico Renato Costa, que pretende disputar mandato de deputado estadual pelo PMDB.

Renato contava com o apoio de Pedrão e de prometidos 2 mil votos que ele lhe conseguiria. Mas o apoio e os possíveis eleitores bateram asas em uma reunião ocorrida ontem.

Na conversa que teve com o médico, o ex-prefeito afirmou que não poderá mais apoiá-lo, em função de uma incompatibilidade partidária. É que Pedrão, no meio de uma revoada, está deixando o PMDB e já declarou que vai se filiar ao governista PP.

É a irresistível atração do poder…

O zum-zum-zum nos bastidores da Assembleia Legislativa baiana é que a cisma (confira) entre o prefeito João Henrique e Geddel Vieira Lima, no final de semana, estaria relacionada à forçação de barra do ministro.

De acordo com o que apurou este blog, Geddel estaria cobrando postos de destaque na prefeitura de Salvador para peemedebistas do primeiro e do segundo escalões ejetados do governo estadual, após o rompimento entre o PMDB e Jaques Wagner.

Exonerado da Secretaria de Agricultura de Porto Seguro, Robson Roberto Santana não enfrenta uma boa maré. Há exatamente um mês, no dia 18 de julho, a esposa de Robson, Lorimar de Souza, atropelou e matou o índio pataxó Manoel Reis Marino de Oliveira, 41 anos. Ela ficou foragida, mesma condição em que se encontra o secretário de agricultura.

Robson Roberto já foi exonerado pelo prefeito de Porto, Gilberto Abade (PSB), quando o esquema foi “detonado” pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil. Além de Robson, estão foragidos o policial civil Cláudio Bispo e os “laranjas” Ricardo Amaral e Neurimar de Souza. Estão presos os comerciantes Clemerson Bispo e Frederico Porto Leão.

Uma quadrilha que monopolizava serviços funerários em Porto Seguro, Eunápolis e outros seis municípios do extremo sul baiano, desmontada pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, tinha a cobertura de políticos da região. Os nomes ainda não foram divulgados, mas pelo menos um secretário municipal de Porto Seguro “caiu”: Robson Roberto Santana, da Agricultura.

A “máfia das funerárias” era integrada ainda por mais outras cinco pessoas, dentre elas o policial civil Cláudio dos Santos Bispo. De acordo com as investigações da polícia e do Ministério Público, o esquema foi montado em 1999 e usava como fachada as empresas Salmo 23 Indústria e Comércio Distribuidora Ltda., Funerária Eterna Saudade, Mercolbrasil Comércio e Distribuidura Ltda. (nome fantasia Califórnia) e Funerária Universal, todas sediadas em Porto Seguro.

Além de cobrar “valores exorbitantes” das prefeituras por serviços funerários, os abutres ainda recebiam o mesmo valor de familiares dos mortos. O policial civil flagrado no esquema, o Cláudio dos Santos Bispo, acionava as funerárias amigas tão logo ocorria um óbito. Se a família era carente, o secretário municipal de Porto tratava de garantir que o serviço fosse executado pelas funerárias do esquema.

Os integrantes do esquema são acusados de formação de quadrilha, concussão, violação de sigilo funcional, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

As empresas que revendem produtos hospitalares em Itabuna já descobriram uma forma de ganhar dinheiro com a gripe suína. Com as suspeitas da doença cada vez mais fortes em Itabuna e região – uma morte suspeita ocorreu no Hospital de Base na semana passada – o comércio de máscaras cirúrgicas se tornou um grande filão.

E as tais máscaras já fazem mesmo parte da rotina de alguns itabunenses. Um desses precavidos é o secretário municipal das Finanças, Carlos Burgos. Ontem à tarde ele desfilava disfarçado de Michael Jackson pela rua Ruffo Galvão, no centro de Itabuna.

Será o medo de algum surto do vírus H1N1 na prefeitura?

Há alguns dias, a deputada federal Lídice da Mata menosprezou os 250 militantes do PSB que migraram para o PMDB, engrossando as fileiras de Geddel Vieira Lima. Segundo ela, os ex-pessebistas que resolveram formar a “quinta coluna” de Geddel representavam pouco para o partido, principalmente em termos de voto.

No próximo dia 30, quando o PMDB realiza seu encontro em Itabuna, Lídice terá o dissabor de ver outro correligionário, e velho amigo, filiar-se ao partido do ministro da Integração Nacional. É o advogado Ruy Correia, que já admitiu o propósito de mudar de partido, após 20 anos no PSB.

A razão da partida seriam decepções acumuladas com o comando do partido da pombinha.

A petista e prefeita reeleita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, não gostou nadinha do espaço conquistado pelo PP no governo do também petista Jaques Wagner.

E usou todo o seu arsenal de adjetivos para, no seu entendimento, afirmar que Wagner está sendo ingênuo ao colocar no seu governo “sanguessugas profissionais da política, ávidos pelos espaços de poder, que saltitam de partido em partido (basta ver por quantos cada um deles já passou), para seguir “mamando” nas tetas do poder (pratica usual já demonstrada por eles”.

O tiro é no PP, de forma genérica. Mas o alvo é o escolhido como novo secretário de Infraestrutura, o deputado federal João Leão. Ele “saltitou” por diversos partidos até chegar ao atual. João iniciou a carreira política em 1988, quando disputou e venceu a eleição a prefeito de Lauro de Freitas. Estava no PMDB.

Bom, vamos lá. Você pode precisar de um pouco de fôlego. Quatro anos depois, João Leão arrumou as malas para o desembarque no PSDB. Era 1993. Participou da leva que resultou na criação do partido dos tucanos. Em 2001, “saltitou” para o PPB. Não satisfeito – e dois anos depois, migrou para o PL (hoje PR). Como não gosta de ficar parado, retornou ao PP (o antigo PPB) em 2005.

O outro “saltitante” é o deputado estadual Roberto Muniz, também ex-prefeito de Lauro de Freitas. Este, atirava com gosto no PT, mas converteu-se e vem desempenhando bom trabalho como secretário estadual de Agricultura, desde novembro último. Mas a lista não termina aí. O PP indicará mais gente para empresas estatais baianas.

Para fechar a carta, Moema fala de sonhos, de razão e emoção, chama os dirigentes do PP de caras de pau e lembra que os secretários de hoje (o escolhido e o nomeado) são os derrotados de ontem (2008) em Lauro de Freitas. E que ambos estavam juntinhos com Geddel Vieira Lima (PMDB).

É nitroglicerina pura.

Leia a íntegra da carta.

O PMDB confirmou para o próximo dia 30 a realização, em Itabuna, do 12º encontro regional do partido. Bem ao estilo “trator” do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, o evento partidário será precedido da divulgação de obras para o sul da Bahia. Seguindo o script aqui já anunciado, Geddel prometerá a cobertura do canal Lava-pés (Avenida Amélia Amado), orçada em aproximadamente R$ 12 milhões. Pelo menos, essa é a promessa.