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Azevedo recebe executiva do PMDB (Foto Ascom).
Azevedo recebe executiva do PMDB (Foto Ascom).

A executiva municipal do PMDB esteve em audiência, ontem, com o prefeito Capitão Azevedo (DEM). A missão oficial do grupo era convidá-lo a participar do encontro regional que será promovido no próximo domingo, 30, em Itabuna, com a presença do ministro Geddel Vieira Lima e o prefeito João Henrique, de Salvador.

A outra missão era amolecer o coração do democrata e assegurar mais cargos ao PMDB na estrutura da máquina municipal. Os representantes do partido do ministro Geddel Vieira Lima foram desencorajados.

Azevedo iniciou a conversa logo dizendo que o PMDB já ocupava espaços na prefeitura, tendo Fernando Gomes Vita como secretário de Desenvolvimento Urbano, Zarias Oliveira no jurídico da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa) e Ricardo Xavier, como administrador de estádio. Ele primeiro quer ver a ‘bucha’ de R$ 12 milhões cair na conta da prefeitura, para cobrir o canal Lava-pés, liberado pelo Ministério da Integração Nacional.

Azevedo, no entanto, confirmou que participará do encontro peemedebista, no próximo domingo. O Pimenta conversou com dois assessores do PMDB sobre a audiência concedida pelo prefeito Azevedo. Um negou que houvesse interesse – “agora” – em se falar de cargos. O outro foi mais direto: “Você acredita mesmo que só foi para tratar do encontro e falar do sexo dos anjos?”.

O ministro Geddel Vieira Lima liberou a executiva municipal a discutir cargos com o prefeito itabunense. A conversa com os peemedebistas locais para discutir o assunto foi rápida e aconteceu no encontro promovido em Jequié, há duas semanas.

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O presidente da OAB / Bahia, Saul Quadros, estará em Ilhéus hoje (28) para a inauguração da Sala do Advogado, no Fórum Epaminondas Berbert de Castro. A solenidade está programada para as 16 horas e contará com a participação do presidente da OAB em Ilhéus, Deusdete Machado de Sena Filho, do conselheiro Nei Viana e do secretário-geral da Seccional, Antônio Menezes.

Às 19 horas, na sede ilheense da OAB, haverá a outorga do diploma de honra ao mérito Ernesto de Sá para ex-presidentes da Subseção.

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Durante seu curto e tumultuado governo, o ex-prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, foi acusado de armar poucas e boas com as verbas federais. Naquela época, apontaram o gestor por desvios de recursos de áreas como saúde e educação, tanto que até hoje Valderico tem seus parangolés para resolver com a justiça.

É por esse histórico complicado que a população estranhou quando tomou conhecimento do novo endereço do escritório da Advocacia Geral da União (AGU) em Ilhéus. É, simplesmente, o prédio construído por Valderico Reis na Avenida Itabuna.

A mudança da AGU para a nova sede aconteceu recentemente e deixou muita gente espantada. Alguns chegam a sugerir que as perdas da União com o governo Valdé sejam descontadas nos aluguéis, mas – ao que tudo indica – demoraria muito para se fazer a compensação.

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Senildo Paulino | senildopaulino@gmail.com

Do final da semana passada para cá, tenho recebido várias ligações a respeito da saída ou não de Ruy, ou Dr. Ruy como é popularmente conhecido, do Partido dos Trabalhadores (PT).

Antes de tecer comentários sobre essa informação fatídica, gostaria de relembrar alguns momentos de Ruy no PT de Ilhéus, que se confundem também com parte da minha militância nesse partido que mudou a cara e a forma de fazer política nesse país, e que muito me orgulha por fazer parte das fileiras do mesmo.

Ruy entrou no PT logo após as eleições municipais de 1992, motivado principalmente pelo apoio e carinho da militância do Partido dos Trabalhadores, demonstrados durante todo aquele processo eleitoral, quando o seu partido à época, o PSB, o abandonou no meio do pleito. A filiação foi apenas formal, pois Ruy já era um pouco PT a muito tempo.

Lembro bem que, em 1987, na famosa greve dos professores da rede municipal, ele foi um dos primeiros vereadores a apoiar o movimento e inclusive acompanhar clinicamente o prof. Genildo (Índio), durante a sua greve de fome. Greve (a dos professores) que, junto com as manifestações estudantis daquele ano, contribuiu para o crescimento do Partido no município de Ilhéus.

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Ruy Carvalho na disputa eleitoral de 2008.

E em 1989 Lá estava Ruy apoiando a primeira candidatura de LULA à presidência da República, e ao PT desde o primeiro turno.

Foi também importante e decisiva a participação de Ruy, nos debates que culminaram na grande aliança progressista de 1996, que derrotou as forças ligadas ao antigo carlismo em Ilhéus.

Antes de ser convidado para disputar as eleições de 2000, por mim e prof. Ednei,  representando o desejo da grande maioria do PT de Ilhéus, Ruy esteve presente e atuante em todos os principais eventos políticos do nosso município, dando a cara e a cor do Partido nestes. Afirmo isso como testemunha ocular, pois acompanhei e participei desses momentos importantes e marcantes para o PT e para a política de Ilhéus.

Nas duas últimas campanhas de Ruy para prefeito, participei das equipes de coordenações e pude conviver ainda mais com o mesmo. Compartilhei dos momentos alegres de contato com a população, presenciei as várias demonstrações de carinho que ele recebia. Compartilhei dos momentos de conflitos, zangas, dificuldades financeiras, onde “Ruy Trovão”, como alguns carinhosamente chamavam nesses momentos, estourava, esbravejava, desabafava, mas em questão de minutos voltava a ser o mesmo Dr. Ruy de sempre, amável, companheiro e solidário.

Também sofremos juntos durante todos esses anos, em diversos momentos. Sofremos pelas escolhas equivocadas do povo de Ilhéus em várias eleições, sofremos nas três “derrotas” de LULA, sofremos durante a crise que a direita revanchista, juntamente com a mídia golpista, impôs ao PT, em 2005. Sofremos inclusive por não concordarmos, mas que por disciplina partidária tivemos que aceitar, com o jogo da governabilidade, que destrói relações e menospreza a história de lutas antagônicas.

Faço os relatos acima, para responder aos que me perguntaram qual era a minha opinião sobre a saída de Ruy.  Como opinar sobre uma decisão individual, tomada por alguém que durante esses mais de 20 anos, só fez política coletivamente? Prefiro falar dos momentos políticos que discutimos, debatemos e participamos juntos.

Perguntaram-me ainda se eu, como dirigente do PT, iria pedi para ele ficar. E disse aos mesmos que nas relações pessoais como na política, quando alguém toma alguma decisão precipitada ou no calor da emoção, talvez precise de um tempo para refletir, rever posições e, quem sabe, corrigir a rota. Não sei se é o caso em questão, pois parece que Ruy, bem ou mal assessorado, já vem trabalhado essa decisão há algum tempo.

Por ter aprendido a compreender e a gostar dessa figura polêmica, ‘bruta’ às vezes, mas sempre intensa no que faz que é o Dr. Ruy, finalizo usando um refrão de um reggae do Muzenza, que penso seja assim:
“… adeus não, e diga ATÉ BREVE…”

Senildo Paulino é advogado e integra o Conselho Estadual de Ética do PT.