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Daniel Thame | danielthame@gmail.com

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Um veículo Gol de cor vermelha, totalmente destruído, chama a atenção de quem passa pela praça José Bastos, no coração de Itabuna.

Naquele monte de ferro retorcido, está a história de uma vida.

Ou melhor, a história de uma morte.

Mais uma entre milhares de mortes nessa guerra sangrenta em que se transformou o trânsito brasileiro, sem contar os incontáveis feridos, alguns deles condenados a viver numa cadeira de rodas ou numa cama pelo resto de seus dias.

O que restou do carro vermelho está sendo exibido como parte da programação da Semana Nacional do Trânsito, uma bela iniciativa que envolve a prefeitura e outras instituições.

É certamente a demonstração mais cruel do que a imprudência, essa praga que parece fazer parte do código genético dos nossos motoristas, pode provocar.

Mais do que as condições das estradas ou eventuais falhas mecânicas, é a imprudência, que beira a irresponsabilidade, a responsável direta pela esmagadora maioria das mortes no trânsito.

Excesso de velocidade, ultrapassagens arriscadas, consumo de bebida alcoólica e desconhecimento (ou desobediência) das leis de trânsito, formam os componentes que deságuam nas estatísticas estarrecedoras.

E aí estão as mortes diárias, brutais, ceifando vidas e provocando a dor em familiares e amigos.

Os veículos, que deveriam servir para facilitar a locomoção e gerar conforto, acabam se transformando em verdadeiras máquinas de matar.

Daí a necessidade não apenas de punição, que deve ser feita com rigor para enquadrar assassinos em potencial travestidos de motoristas, mas principalmente de educação no trânsito.

É preciso orientar desde a infância, sobre a necessidade de obedecer as leis de trânsito, dirigir com responsabilidade, respeitar os pedestres.

Educar para, justamente, não precisar exibir veículos transformados em destroços. Para formar uma geração de motoristas responsáveis, que zelem não apenas pela própria segurança, mas também pela segurança dos outros, tantas são as vítimas inocentes da imprudência.

A Semana Nacional do Trânsito inclui ainda outras ações de cidadania, mas é basicamente um alerta para a necessidade de mudança de postura, um chamamento à responsabilidade, ao bom senso.

Uma reflexão.

Não é justo que tantas vidas sejam ceifadas, que tanta gente sofra por algo que pode ser evitado.

Não é justo que esposas esperem maridos, maridos esperem esposas, filhos esperem pais, pais esperem filhos e amigos esperem amigos sem saber se eles sobreviverão a essa absurda guerra cotidiana do trânsito.

Não é justo que carros vermelhos, amarelos, azuis, brancos, pretos, etc. sejam transformados em montes de ferro velho, levando junto o mais precioso dos bens: a vida.

Daniel Thame é jornalista e blogueiro

www.danielthame.blogspot.com

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Aos poucos, tudo começa a fazer sentido. Há mais mistérios envolvidos na queda de Moacir Lima da Biofábrica do que poderia supor as especulações dos pobres mortais. Como está sendo revelado agora, a conta-gotas, a relação era de fritura, e já fazia algum tempo.

Pois bem. A história começa com o contrato de produção que o Instituto Biofábrica de Cacau mantém com a Secretaria da Agricultura. A Biofábrica produz e a Seagri compra as mudas e as distribui para os produtores da agricultura familiar, assentados e associações de pequenos agricultores. Durante quase toda a gestão de Moacir, esse contrato não havia sido formalizado, e a coisa funcionava baseada num contrato de emergência.

Quando, há pouco tempo, finalmente foi assinado o tal contrato, que foi até publicado no Diário Oficial do Estado, começou o boicote. “Passou a existir a formalidade, mas o dinheiro sumiu”, revela uma fonte do Pimenta, que identifica o próprio secretário Roberto Muniz como maior interessado na queda de Moacir.

E essa fonte também revela um fato curioso em relação a essa trama digna de novela das oito: o ‘motorista’ do secretário Roberto Muniz durante a visita que ele fez à Biofábrica há cerca de dois meses foi ninguém menos que o próprio Henrique Almeida, hoje o indicado para ocupar a vaga do ex-diretor.

“Quem conhece esse meio da política sabe que quando a autoridade escolhe alguém para ir no seu carro, é para que ali aconteça a conversa reservada”, afirma a fonte. Talvez o erro de Moacir, por sua vez, tenha sido não acreditar na força de seus opositores. “Era um ‘bicho’ pra trabalhar, mas faltou-lhe o traquejo”.

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Rose Bassuma vai para o PV
Rose Bassuma vai para o PV

O deputado Luiz Bassuma dá o troco. Na impossibilidade de ele próprio se desfiliar do Partido dos Trabalhadores, sob pena de perder de vez o mandato de deputado federal, sua mulher, a artista plástica e psicopedagoga Rose Bassuma, bateu asas. E foi parar no Partido Verde (PV), a nova coqueluche dos ex-petistas.

A mudança tem a ver com a punição do PT ao maridão, que bateu de frente com o partido ao desacatar resolução tirada em congresso nacional, a maior instância de decisão dentro da agremiação. O PT fechou questão pela descriminalização do aborto e Luiz Bassuma, que é espírita, bateu o pé contra essa postura, seguindo o que orienta a sua doutrina.

Ele já não iria disputar a reeleição em 2010, e apoiaria a sua esposa nessa empreitada. Bom, os planos continuam, até segunda ordem, mas a cor da bandeira será outra. Sai o vermelho, entra o verde. Bandeira branca está fora de questão.

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Prefeitura paga aluguel mensal desta casa destruída.
Prefeitura paga aluguel mensal desta casa destruída.

Por 10 votos a 7, o Conselho Municipal de Saúde de Ilhéus decidiu anular a votação de relatório que condenou a gestão do prefeito Newton Lima e da secretária de Saúde, Marleide Figueiredo, por supostas irregularidades (confira aqui). Na prática, não significa absolvição da dupla.

O Conselho atendeu solicitação do governo, que alegou cerceamento de defesa na votação que decidiu por denunciar o prefeito e a secretária aos ministérios públicos Estadual e Federal, Tribunal de Contas dos Municípios, Controladoria-Geral da União (CGU) e Ministério da Saúde.

Em resumo, tudo voltou à estaca zero, numa manobra que, se fosse no trânsito, poderia ser chamada de ‘cavalo-de-pau’. Mas, desta vez, o governo se compromete a facilitar o acesso do conselho às documentações exigidas, do período de janeiro de 2008 a junho de 2009.

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A noite de terça-feira não foi das melhores para os dois principais times baianos. No Uruguai, o Vitória levou uma sacolada do River Plate, do Uruguai: 4×1. Era o jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. O rubro-negro precisa vencer por 3×0, no Barradão, para avançar na competição internacional. O jogo de volta está marcado para o dia 30.

O Bahia não conseguiu passar de um empate em 0x0 com o mineiro Ipatinga, em partida disputada na casa do adversário. Pior que isso, é a ameaça de terminar na zona de rebaixamento ao final desta rodada que será concluída no próximo sábado. O tricolor-de-aço disputa a Série B, está na 15ª colocação.