Carlos Mascarenhas | carlos.consultic@gmail.com
Ilhéus tem hoje um Pólo de Informática que, de acordo com informações do Sinec, produz 15% dos computadores comercializados no Brasil.
Porém, a história da informática na nossa região, na época chamada de “processamento de dados”, começa em 1970, com a instalação de um computador na CEPLAC.
A instalação contou com a participação inicial de quatro ilheenses: Carlos da Silva Mascarenhas, José Alberto Maia, José Dias Santos e Martial Batista Câmara, que foram selecionados e treinados por técnicos da IBM do Brasil. Ainda nesta época, outros ilheenses vieram se juntar à equipe. Foram eles Cecília Tavares, Marcelo Mendonça e Guy Valério.
Modelo de computador usado em 1970 pela Ceplac. Ilustramos este artigo com a foto de um computador IBM /360 modelo 25, mas na verdade o computador instalado na CEPLAC tinha menos recursos que o que aparece na foto, pois não tinha fitas e tinha apenas uma unidade de discos com dois drives.
Veja a seguir a configuração do primeiro Cérebro Eletrônico, como se chamava na época, instalado no interior do Estado da Bahia:
CONFIGURAÇÃO
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- – IBM /360, modelo 25
- – 24 kbytes de memória
- – 2 (duas) unidades de disco com 7,5MB cada
- – 1 leitora/perfuradora de cartões de 80 colunas
- – 1 impressora de 600 linhas por minuto com 132 caracteres por linha
Pois é, assim começou a história da informática na nossa cidade. E naquela época ninguém poderia imaginar que 40 anos depois teriamos aqui um Pólo de Informática. Apesar das dificuldades que atravessa, o pólo ainda é um grande gerador de empregos e renda.
Com a instalação de um Núcleo Softex ao seu lado, luta que deve ser encampada pelos nossos políticos, com algumas mudanças na legislação, com um aeroporto alfandegado e com um maior apoio do Governo do Estado, poderá vir a se consolidar e ter uma importância ainda maior na nossa economia.
Carlos Mascarenhas é especialista em Tecnologia da Informação e mantém o blog da Consultic
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Respostas de 9
Davidson:
Como este artigo foi feito incialmente para publicação em Ilhéus, nele não aparece aqueles profissionais que moravam em Itabuna e fizeram parte da equipe inicial da CEPLAC, que faço questão de nominar aqui: Clovis Peixoto Pereira, Claudio Mirabeau Dessimoni Pinto, João Francisco de Oliveira Nunes, Paulo Cardoso Brito, Schwartz Brasil Reis e Deraldo Pitombo. Se esqueci de alguém, perdoem-me e completem.
Você me perguntou quem eu achava que era o Pai da Informática na Região e eu respondo com a maior segurança que é Clovis Peixoto Pereira, Agronomo e Estatistico que Coordenou a implantação do primeiro CPD da CEPLAC.
Carlos Mascarenhas
É verdade o “causo” que a Ceplac foi o único lugar onde a chegada da informática demandou mais gente para trabalhar???
Onde em outros lugares a informática reduz o número de trabalhadores.
Embora não tenha sido citado, Máximo Hori, já falecido, tbm funcionário da Ceplac, fez parte deste grupo, implantado o sistema de informatização na Ceplac, UESC – FESPI e nas prefeituras de Itabuna e Ilhéus.
Cleide:
Conhecí o Maximo Hori, sei que ele trabalhou na CEPLAC e no CPD, e o nome dele não foi citado pelo fato dele não participado da turma inicial que foi selecionada e treinada pela IBM e que implantou o CPD.
O Máximo foi trabalhar na área de Processamento de Dados quando esta já estava instalada.
Mas foi realmente excelente a sua lembrança e eu tenho boas recordações do japonezinho, como cariosamente o chamávamos.
Mascarenhas
Prezado Mascarenhas,
Nos próximos meses teremos a instalação na UESC do 3º mais poderoso supercomputador do Nordeste (e maior da Bahia), com 1,7TFlops (1,7 quatrilhão de operações por segundo). O cluster que compõe o C.A.C.A.U. (Centro de Armazenamento de dados e Computação Avançada da UESC) já deveria estar instalado e funcionando desde meados do ano passado, o que não aconteceu por causa da proverbial burocracia brasileira… Bom saber que (para compensar o atraso) virá no ano do 40º aniversário deste outro marco.
Acho muito importante esse pólo em Ilhéus principalmente pela geração de empregos, mas quem é profissional de informática que é meu caso, na região a perspectiva de um bom emprego é muito baixa, já que o foco é apenas montagem, mas tenho esperanças que se crie um pólo de desenvolvimento de software, que ai sim profissionais realmente de computação possam sair da faculdade e tenha uma possibilidade de emprego em sua área, sabemos que mão de obra qualificada temos na região, já que existem dois cursos de computação, um na UESC e outro na FTC, e se existisse esse pólo sem duvidas teríamos alguns cursos de aperfeiçoamento como certificações Oracle, Microsoft, Java, Cisco e também pós graduação na área, particularmente tive que sair da Bahia para fazer algumas certificações e meu mestrado, e é claro que tive que continuar fora para poder trabalhar e com um salário justo, so venho para Bahia passear e visitar familiares, mas preferiria ter ficado aqui.
Marcos Costa
Cientista da Computação
Mestre em Banco de Dados
O tempo passou…Mas a segurança dos sistemas foram reforçadas ?
Ano passado, se não me engano, o próprio pimenta divulgou aqui uma invasão que fizeram no site lá da CEPLAC.
Maravilha!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas… Me dá uma dó imensa de termos avançado tanto em Ciência e Tecnologia e não termos saído do primitivismo que fomenta a violência, a intolerância, o preconceito, a corrupção… De não termos evoluído em valores que nos dariam a condição suprema de Seres inteligentes que podemos exercer…
Exemplos não faltam: Jesus Cristo, Ghandi, Luther King, Lama, Teresa de Calcutá, Irmã Dulce e tantos outros anônimos!!!
Inclusive, o Cláudio Dessimoni foi para Inglaterra, fazer um curso na sede da IBM.