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O deputado federal Geraldo Simões (PT) chegou em Itabuna com a língua ferina. Em contato com esse blog, o parlamentar analisou uma questão que movimentou a semana política em Itabuna: a aproximação do prefeito Capitão Azevedo do governador Jaques Wagner.

Sem dizer se aprova ou desaprova, Geraldo foi, como diria a gíria, rápido e caceteiro: “Com Wagner batendo 50 pontos nas pesquisas, todos querem se aproximar. Qualquer um fica ‘lindo’ com 50 pontos!”.

Ô, maldade…

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Um delegado que já passou por Itabuna pode ser o calo (eleitoral) do deputado petista Jota Carlos, apelidado de ‘rei do Subúrbio’ de Salvador. De acordo com o blog Política Etc, Deraldo Damasceno vai disputar também uma vaga à Assembleia Legislativa baiana.

O delegado está a todo momento na mídia (na rede Bahia então, nem se fala) e já é considerado o novo xodó da população de baixa renda da capital baiana. Por lá, o homem é tido como herói dos fracos e oprimidos soteropolitanos.

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O comandante da Guarda Municipal de Itabuna, Manoel Cerqueira da Silva, nega que o seu efetivo faça uso do spray de pimenta, ao contrário do que foi divulgado na nota sobre a manifestação de professores da rede municipal, na prefeitura, ontem.

Os relatos de suposto uso do gás foram feitos ao repórter Fábio Roberto por três dos manifestantes, no pátio do centro administrativo Firmino Alves. Segundo o comandante da Guarda, “não houve qualquer ato represssivo durante toda a manifestação”.

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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) acaba de divulgar a lista com os nomes dos aprovados na segunda chamada do Vestibular 2010. A matrícula deverá ser efetivada no dia 19, no colegiado do curso para o qual o vestibulando foi aprovado. O horário de atendimento é das 8h às 12h e das 13h às 16h.

CONFIRA A LISTA DE APROVADOS

A lista tem 231 nomes aprovados para os mais diversos cursos, dentre eles Medicina, Direito, Enfermagem e Comunicação Social.

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Julier, santinhos, dinheiro e camisa de Gramacho e Azevedo (Foto Pimenta)

No próximo dia 23 ocorrerá mais uma sessão no TRE para julgamento do recurso que pode cassar o mandato do vereador Milton Gramacho. Tem gente apostando 10 contra um que ainda teremos mais um pedido de vistas pelos nobres desembargadores.

A esperança de quem acompanha o processo com particular interesse, o maior beneficiado e imediato suplente Leléu, é que um dia os desembargadores se cansem de ler o tal processo.

Milton foi acusado de compra de votos, depois que o cabo eleitoral Julier Bispo dos Santos foi flagrado com santinhos, camisa e dinheiro seus e do então candidato a prefeito, Capitão Azevedo.

Só Milton foi denunciado. Azevedo se livrou por falta de provas, segundo o Ministério Público, embora o cabo eleitoral operador da compra de votos, segundo o MP, portasse camisa com a sua numeração e santinhos casados com os do vereador.

Outro dado que chama a atenção nessa alegada falta de provas é que o número 25 na camisa do cabo eleitoral só se refere ao DEM, partido de Azevedo. O partido de Gramacho, PRTB, carrega o número 28. Ou seja aquela camisa, que aparece devidamente dobrada sobre a mesa na foto, só beneficiava Azevedo.

Mistérios…

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A Empresa Municipal de Água e Saneamento anuncia uma suspensão do fornecimento de água na próxima quinta-feira (18), para reparos em suas estações do São Lourenço e em Mutuns.

Segundo a empresa, o corte no fornecimento ocorrerá entre as 7  e as 17 horas. A Emasa justifica a ação como necessária para a manutenção e reparos dos equipamentos nas duas estações.

Antes, a empresa havia anunciado que suspenderia os serviços hoje. Ontem, resolveu mudar a data para a próxima semana. Prato cheio para o radialista Val Cabral descascar no presidente, Alfredo Melo: “nem para cortar o abastecimento ele consegue cumprir o prometido”, diria o principal desafeto do dirigente.

Atualizdo às 7h29min

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Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com

Em Itabuna, os relógios marcam cinco horas da manhã e os primeiros raios de sol anunciam um dia quente e abafado. O Rio Cachoeira exala o inconfundível cheiro de esgoto sem tratamento e os mendigos começam a desocupar as marquises, escadarias e calçadas onde passaram a noite.

Eventuais arrombadores se dirigem para casa, em busca do sono reparador após uma noite de “trabalho”. Moçoilas de fino trato, que exercem a mais antiga das profissões (essas, com dignidade, pois não surrupiam ninguém) também se preparam para o merecido descanso.

A cidade centenária começa a acordar.

E José da Silva, nome fictício, se prepara para ser personagem de fatos reais, repetitivos e irritantes.

José encara a primeira fila do dia. Há pelo menos um mês tenta marcar uma consulta médica com um especialista. Quando chega ao local, a fila já é imensa, teve gente que chegou na noite anterior.

Ele espera, espera, espera. Duas horas na fila.

Não consegue marcar a consulta. Vai ter que voltar outro dia, encarar outra fila.

Da central de (des)marcação de consultas, segue para o posto onde precisa tirar a segunda via de um documento.

Descobre que chegou tarde. Ainda assim, entra na fila imensa e espera outras três horas.

Inútil, acabaram as senhas bem na sua vez de ser atendido. Fica, de novo, para outro dia.

O sol forte faz da avenida do Cinqüentenário um caldeirão, em que camelôs disputam espaço com os pedestres e pedintes e, em algumas lojas, os clientes são chamados através de megafones, como em feiras livres das cidades mulambentas do interior.

José agora está numa agência bancária. Precisa de atendimento no caixa. Nova senha, nova fila e lá se vão mais de duas horas de espera. O atendimento propriamente dito, não leva nem três minutos.

Mas, pelo menos foi atendido.

Passa numa lotérica para pagar a conta de água e fazer uma “fezinha” na Mega Sena. Mais trinta minutos de fila. “Quem me dera ganhar sozinho”, pensa, enquanto sonha com as possibilidades da vida de rico.

Entre elas, a de não precisar encarar tanta fila.

E, por falar em fila, José decide dar uma passada rápida no supermercado do shopping e comprar algumas coisas, para fazer média com a esposa, a essa altura imaginando que o marido anda aprontando alguma coisa pela rua.

Rápida? No supermercado, encara mais uma hora de fila. E José ainda tem que empacotar os produtos que comprou por um preço nem tão bom assim.

Chega em casa a tempo de assistir no telejornal local uma matéria sobre a lei que determina o tempo máximo de espera nas filas.

Num acesso de fúria, atira um cinzeiro no aparelho de televisão.

Amanhã, terá que encarar a fila do conserto.

Ou a fila do pronto socorro, já que a esposa está com um jarro pesado apontado na direção de sua cabeça…

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Daniel Thame é jornalista e blogueiro