Marco Wense
A composição da chapa da reeleição encabeçada pelo governador Jaques Wagner, com a proximidade da sucessão estadual, é pauta obrigatória nas reuniões do Conselho Político.
Formado pelas agremiações partidárias aliadas, o Conselho vai ter os seus momentos de grande efervescência, já que o PSB, PC do B, PDT, PP e PT não querem ficar de fora da majoritária.
Certo mesmo, sem nenhum resquício de dúvida, é que uma das duas vagas para o Senado da República é favas contadas para o conselheiro do TCM, Otto Alencar, que deve se filiar ao Partido Progressista (PP).
A outra cobiçada vaga vem sendo acirradamente disputada pelos socialistas, petistas, comunistas e brizolistas, respectivamente com Lídice da Mata, Wálter Pinheiro, Haroldo Lima e o neopedetista Marcelo Nilo.
E o senador César Borges? Se depender do comando nacional do PT, o ex-governador da Bahia, que é presidente estadual do PR, já pode se considerar integrante da chapa majoritária.
Restaria a vaga de vice-governador. Como as pesquisas de intenção de voto apontam uma provável reeleição de Wagner logo no primeiro turno, a vice não é tão ruim assim. O que é inadmissível é uma cabeça de chapa puro sangue (PT e PT).
Os deputados federais Geraldo Simões e Zezéu Ribeiro são os dois principais protagonistas do movimento petista contra a presença de dois ex-carlistas na chapa majoritária.
O comentário nos bastidores é que o governador Jaques Wagner, ex-ministro das Relações Institucionais do governo Lula, como é um hábil articulador político, vai rapidamente dissolver o imbróglio.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.