O cumprimento de uma portaria que exime o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de efetuar levantamento cadavérico em caso de morte natural, passando a obrigação para unidades de saúde, cria mais uma daquelas cenas difíceis de acreditar – e aceitar.
Uma mulher de 55 anos, de prenome Sara, faleceu em casa, às 15h desta quarta, no bairro Sarinha, em Itabuna, e até agora a família não pôde providenciar o funeral por que médicos de unidades de saúde se negam a emitir o atestado de óbito.
A família procurou a unidade do São Caetano, mas havia apenas uma enfermeira de plantão. A profissional, solícita, entrou em contato com dois hospitais, mas os médicos se negaram a atender o pedido.
Um “não” também foi ouvido de uma médica que estava na unidade de saúde do bairro Lomanto Júnior. Neste momento, há um clima de revolta de vizinhos da senhora e moradores da rua Corbiniano Freire. Dona Sara morreu de infarto, conforme diagnóstico de equipe médica do Samu 192.
À vítima, falta um atestado de óbito para que parentes e amigos possam prestar as últimas homenagens.