Um ‘mamão com mel’ para as empreiteiras Brasil afora, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tem gerado muito trabalho sem carteira assinada, como mostramos aqui há uma semana (relembre). Os dramas contados por serventes e pedreiros explorados em um canteiro de obras do programa em Itabuna sensibilizaram leitores, mas pouca resposta foi ouvida de quem pode, de fato, fazer algo para aplacar a sanha destas empreiteiras.
Não são raros os protestos de trabalhadores em obras deste tipo. Na reportagem da semana passada, pais de família arregimentados em outros municípios passavam fome em Itabuna. Vieram para cá construir a casa dos sonhos de mil itabunenses cadastrados no programa.
Na semana passada, e após os protestos de trabalhadores da EMA, a obra no bairro São Roque ficou parada por dois dias e meio, entre a manhã de segunda-feira, 8, e o início da tarde de quarta, 10. Os contratados da FM Construtora protestavam contra a falta de cumprimento de acordos por parte da empresa. Será que o Ministério do Trabalho e Emprego tem passado por lá? E a procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho?