Tempo de leitura: 2 minutosMarcos Wense
O prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, eleito pelo DEM, quando é questionado sobre quem foi o melhor governador, se Jaques Wagner ou Paulo Souto, diz que “os dois são bons, mas Paulo Souto teve mais tempo”.
Esse “mas” de Azevedo significa que o apoio do democrata ao projeto de reeleição do governador caminha a passos largos. O secretário de Administração, Gilson Nascimento, faz o trabalho de convencimento entre os que ocupam cargo de confiança.
A opinião do prefeito é compartilhada por milhares de eleitores. Se o pessoal de ACM passou 16 anos governando a Bahia, inclusive com o próprio Paulo Souto, porque Wagner não pode ficar 8 anos?
Em decorrência do cada vez mais provável apoio do chefe do Executivo ao segundo mandato de Wagner, outra pergunta vem à tona: quais os secretários que acompanhariam Azevedo no apoio ao petista?
Antonio Vieira, Carlos Burgos e Maurício Athaide, respectivamente da Saúde, Finanças e Planejamento, membros do diretório municipal do DEM, até mesmo por uma questão de fidelidade partidária, ficam com Paulo Souto. Antonio Marcelino (Agricultura), Formigli Rebouças (Assistência Social), Walmir Rosário (Ações Governamentais e Comunicação) e Juliana Burgos (Procuradoria Jurídica) também votam no ex-governador.
O secretário de Esporte, Alcântara Pelegrine, segue Gilson, que é uma espécie de, digamos, interlocutor político do PT no Centro Administrativo Firmino Alves. O engenheiro Fernando Vita (Desenvolvimento Urbano), filiado ao PMDB, vota no ministro Geddel.
A única dúvida é Carlos Leahy, secretário de Indústria e Comércio. A coluna acha que Leahy fica com a reeleição do governador Jaques Wagner. A margem de erro do comentário de hoje é de dois secretários.
CIRO VERSUS PSDB
O imprevisível deputado Ciro Gomes (PSB), que a qualquer momento pode desistir da sua pré-candidatura à presidência da República, como deseja o comando nacional socialista, continua com sua metralhadora giratória acionada.
Depois de dizer que o PT de São Paulo é um “desastre”, o parlamentar partiu para o PSDB: “É cruel. O brasileiro talvez não tenha ideia do que é enfrentar a máquina clandestina de difamação que o PSDB de São Paulo montou. Eu já passei por isso”.
A resposta dos tucanos: “Não tendo o que fazer, depois que foi enganado e rejeitado pelo PT, o deputado, que já foi condenado quatro vezes pela Justiça por difamação, faz o que lhe resta: o uso da língua de aluguel”.
Ciro Gomes versus PSDB. Sem dúvida, como diz a sabedoria popular, uma autêntica briga de cachorro grande.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.