A mudança de sistema de nota fiscal eletrônica gerou prejuízos à economia itabunense e o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna (Acei), Eduardo Fontes, antecipou ao Pimenta na Muqueca que cobrará explicações à prefeitura.
De acordo com Fontes, os secretários Maurício Athayde (Planejamento) e Carlos Burgos (Fazenda) e o diretor de Tributos, Emerson Carvalho, serão convidados a participar da reunião da entidade, na próxima segunda-feira, 26. “Colocaram um sistema para economizar, mas está gerando prejuízo para nós e para a prefeitura”, observa o presidente da Acei.
As empresas que necessitam emitir as notas fiscais eletrônicas acumulam prejuízos desde a quarta-feira da semana passada, segundo o presidente da Associação Comercial. Simplesmente, não se consegue emitir notas. Quando consegue, o próprio sistema altera dados como endereço, por exemplo, e a nota tem de ser cancelada.
“Se a gente emite nota contra uma empresa do Rio de Janeiro, o sistema apresenta como endereço uma outra cidade. O sistema troca nomes de cidades, bairros. As notas estão acumulando”. O presidente da Acei relata que as queixas são enormes por parte de empresas e de contadores.
Outro problema citado é que o novo sistema que a prefeitura adotou não gera “link” para que a nota fiscal seja enviada pela internet. No sistema anterior utilizado pelo município, a nota poderia ser encaminhada por e-mail. Agora, se a empresa for de uma cidade mais distante, é preciso recorrer aos serviços dos Correios. Enfim, houve um retrocesso.
Eduardo defende que a prefeitura, para evitar maiores prejuízos às empresas, retome o sistema da empresa E-maiss e faça os testes necessários até que o software criado pelo município esteja operando sem problemas. O soft para emissão de notas eletrônicas foi implementado ao final de fevereiro. Na quarta da semana passada, passou a ser o único oferecido pela prefeitura às empresas. Gerou o caos.