A pressa do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), em fechar acordo político com o governador Jaques Wagner, na última terça, e no carro da governadoria, tem a ver com o calendário eleitoral e os últimos resultados das pesquisas sobre a disputa ao Palácio de Ondina.
Recebeu, de aliados, o recado de que 3 de outubro está cada vez mais próximo e quanto mais tarde se definir, menor será a chance de fechar um apoio “em boas condições” para o seu governo. Foi por isso que Azevedo disse ao Pimenta que irá se posicionar o mais rápido possível.
Azevedo não contava que Wagner poderia se posicionar bem nas pesquisas após o fim da propaganda governamental e achava que teria mais tempo para negociar – e negociar em melhores condições.
Uma de suas imposições, além de obras, era que o governo liberasse a gestão plena da Saúde o quanto antes. O governo estadual resiste – especialmente o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla – devido às dificuldades da prefeitura em cuidar até mesmo da rede básica de saúde.
Com o tempo avançando e as pesquisas indicando Wagner eleito ainda no primeiro turno, Azevedo pode passar de caça a caçador. Mas é bom não desprezar o apoio do prefeito. Ele já provou que, eleitoralmente, surpreende. Ao prefeito, ainda existem duas opções: Paulo Souto e Geddel Vieira Lima. Azevedo não morre de amores por Souto. Poderia (pode) ficar com Geddel.