Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com
Roger Sarmento, repórter/apresentador da TV Santa Cruz, é um ótimo profissional de televisão e um excelente caráter.
Pode-se dizer também que é um sujeito de sorte, muita sorte.
No final de semana, ele trafegava de motocicleta pela rodovia BR-101 quando, nas proximidades de Gandu, uma carreta tentou ultrapassar outra, num trecho de curva, com a agravante que chovia muito.
Roger Sarmento, que pilotava com toda a segurança necessária, de repente de viu imprensado entre dois monstrengos, que desafiando a lei da física tentavam ocupar o mesmo lugar no espaço.
A sorte, essa fortuna que às vezes costuma bafejar os mortais, aliada à perícia na condução da moto, impediu o choque frontal com uma das carretas. Roger Sarmento bateu apenas de raspão num dos veículos, foi jogado ao chão, teve a moto destruída, mas saiu no lucro: foram apenas sete pontos na mão direita, que não o impediram de seguir viagem. De ônibus, providencialmente.
Pode-se dizer que Roger desafiou a estatística, já que a chance de um motociclista se safar relativamente ileso é pequena, tamanha a desproporção entre a fragilidade da moto e a força da carreta.
O que não se pode deixar de dizer – e tanto se tem dito – é a tremenda irresponsabilidade com que motoristas de caminhão conduzem suas armas, perdão, seus veículos, ao longo da BR-101. Não são a maioria, é bem verdade, mas uma minoria que espalha o perigo em cada trecho da rodovia.
Premidos pela pressa de honrar entregas ou enfrentando longas jornadas com o uso de estimulantes (os famosos ´rebites´), esses motoristas se comportam como verdadeiras feras ao volante, abusando da velocidade, fazendo ultrapassagens em locais totalmente inadequados e praticamente jogando as carretas em cima dos carros menores, induzindo motoristas menos experientes a erros que podem ser fatais.
Diante da pressão, motoristas de carros menores são obrigados a se lançar ao acostamento, isso quando existe acostamento. Não há o menor respeito às leis do trânsito e, porque não dizer, de civilidade.
Contribui para essa “sanha mortífera” o fato de que são raros os postos de fiscalização na BR-101. Entre Itabuna e Santo Antônio de Jesus, por exemplo, são apenas dois postos da policia rodoviária e nenhuma viatura circulando para coibir abusos.
Enfim, nessa terra de ninguém em que alguns caminhoneiros se transformam em foras da lei, Roger Sarmento é um sobrevivente.
Pena que nem todos tenham a mesma sorte.
Daniel Thame é jornalista, blogueiro e autor de Vassoura.
Resposta de 0
Por falar em imprudência, existe algumas caçambas que trafegam no trecho Ilhéus/Itabuna que são conduzidas de forma bem irresponsável. Alta velocidade, ulrapassagens arriscadas e direção altamente agressiva.
Umas caçambas da empresa Caramuru, em particular, não irá demorar muito de provocar um sério acidente, visto que seus condutores são extremamentes imprudentes e desrespeitam qualquer regra de direção defensiva e legislação de transito.
Vida longa ao jornalista. É muito comum ver carreteiros praticando esss tipo atitude vivida por Roger, os Patrulheiros Federais são verdadeios marajás, quando acontece um acidente na BR é que vemos eles exercendo suas funções.
É preciso uma campanha de educação no transito para os carreteiros.
CONHEÇO ROGER, NÃO SABIA DISTO, MAS AS RODOVIAS ESTÃO UM CAOS, OU VOU DE ÔNIBUS OU DE AVIÃO, CARRO SÓ NA CIDADE!