Tempo de leitura: < 1 minuto

Os seis vereadores que integram a bancada governista na Câmara de Ilhéus decidiram passar às mãos do Ministério Público estadual (MPe) um calhamaço que indicaria irregularidades em, pelo menos, três de cinco licitações realizadas pela Mesa Diretora da Casa. Os nobres edis fizeram os cálculos políticos e viram que não teriam bala na agulha (traduzindo: os votos necessários) para abrir e fazer andar a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigaria os “malfeitos” da turma do presidente, Dinho Gás. Aguardemos, então, a resposta da promotoria à papelada entregue.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Imbassahy: preocupado com a segurança.

O deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA) disse estar preocupado com o avanço da violência em Salvador e a repercussão nacional do caso, justamente em um período em que a capital baiana recebe milhares de turistas e se prepara para realizar o carnaval. Nesta semana, lembra o tucano, um telejornal da Globo mostrou que se registra média de um assassinato a cada quatro horas na Região Metropolitana e ocorreram 314 homicídios em menos de dois meses.

O deputado e ex-prefeito de Salvador enfatiza que o governador Jaques Wagner fez duas trocas de secretário de Segurança Pública, mas as mudanças ainda não surtiram efeito. Para ele, algo está errado.

Tempo de leitura: 2 minutos

Marco Wense

Depois de um bom tempo esquecida, a discussão sobre a necessária reforma política vem à tona. Sempre é assim: a coitadinha é deixada de lado e, depois, aparece.

O deputado federal Josias Gomes coloca o financiamento público de campanha e a lista pré-ordenada como itens mais importantes da reforma.

Discordo em relação a tal da lista, já que outros pontos merecem mais atenção: o voto distrital, o aperfeiçoamento do instituto da fidelidade partidária e outras medidas contra a prostituição eleitoral.

“É necessário uma mobilização, a mais ampla possível, em torno dos itens financiamento público de campanha e a lista pré-ordenada”, diz o petista.

A lista pré-ordenada, se aprovada de acordo com o andar da carruagem, vai inibir o surgimento de novas lideranças políticas, já que os donos dos partidos, conhecidos como “mangangões”, serão os primeiros da fila.

A defesa da lista partidária como prioridade deve ser assentada em fortes e convincentes argumentos, sob pena do parlamentar ficar com a pecha de exterminador de novas lideranças.

REFORMA POLÍTICA (2)

Para Itamar Franco – senador eleito pelo estado de Minas e ex-presidente da República –, a solução para acabar com o mandonismo nas legendas são as candidaturas avulsas.

É evidente que candidaturas a cargos eletivos sem precisar de filiação partidária é uma medida extrema. A iniciativa, no entanto, serve de alerta para os que se acham proprietários de partidos.

Além da defesa da candidatura avulsa, Itamar Franco, que vai presidir a comissão especial da reforma política no Senado, quer o fim do instituto da reeleição.

“Vivemos uma ditadura de partidos. Os partidos são dominados por cúpulas”, diz, com toda razão, o ex-presidente da República.

REFORMA POLÍTICA (3)

Qualquer iniciativa que vise o fortalecimento do regime democrático e, consequentemente, dos partidos é salutar. O povo brasileiro agradece.

A prostituição eleitoral, assentada no vergonhoso toma-lá-dá-cá, na compra de votos e no escancarado fisiologismo, deve ser incinerada, extirpada do mundo político, sob pena de contaminar outras instituições da sociedade.

Se a lista partidária (ou pré-ordenada) for implantada a toque de caixa, para satisfazer interesses de grupos políticos encastelados no poder, vai inibir o surgimento de novas lideranças.

Partido Político é para servir o povo. Não pode ser instrumento para satisfazer projetos pessoais de políticos inescrupulosos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.