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Aldicemiro Duarte | mirinho_estivador@hotmail.com

 

Curioso verificar que uma das regiões mais procuradas por turistas de todo o mundo convive com três grandes terminais de embarque de minério, sem que essa situação interfira em sua vocação turística.

 

O noticiário informa que a Vale irá expandir o seu terminal de embarque de minério em Mangaratiba, no sul do Estado do Rio de Janeiro, em uma região conhecida como Costa Verde. O terminal tem capacidade para movimentar 42 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e recebe investimentos para alcançar 54 milhões de toneladas / ano em 2015.

Além da exportação de minério de ferro, Mangaratiba, um município dinâmico, está entre os mais procurados por turistas de todo o mundo, possuindo grandes condomínios e hotéis e resorts de luxo. A localização privilegiada, próxima a Angra dos Reis, Paraty e Itaguaí, favorece a atividade turística, sendo importante destacar que na região existem outros dois portos que se dedicam à exportação de minério de ferro.

Em Ilhéus, a empresa Bahia Mineração aguarda a Licença Prévia do Ibama para a instalação de um Terminal de Uso Privativo, pelo qual serão escoados 19,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano (menos da metade do volume embarcado em Mangaratiba). O minério virá de Caetité pela Ferrovia da Integração Oeste-Leste (Fiol), esta com as obras já iniciadas.

Um parêntese: é importante destacar que o transporte do minério de Caetité a Ilhéus seria feito por mineroduto, mas o Governo Federal entendeu que o empreendimento da Bamin seria a oportunidade de colocar em prática o antigo projeto de construir a Ferrovia Oeste-Leste. Ou seja, a iniciativa privada favoreceu e ajudou a viabilizar uma ação de alto valor estratégico para o Brasil.

Curioso verificar que uma das regiões mais procuradas por turistas de todo o mundo convive com três grandes terminais de embarque de minério, sem que essa situação interfira em sua vocação turística. Não desconsiderar também o fato de que se trata de uma região conhecida como Costa Verde e na qual a Mata Atlântica ainda preserva sua exuberância.

A convivência entre grandes portos e zonas turísticas existe em outros lugares do Brasil, como Suape (Pernambuco), que fica próximo à belíssima praia de Porto de Galinhas e ao Eco Resort Cabo de Santo Agostinho. Quem visita esses locais se encanta com a beleza e pode observar a satisfação da comunidade com a existência do terminal portuário. É um catalisador de empregos e desenvolvimento.

Há pequenas cidades na Europa onde vários portos operam com cargas diversas. Sines, em Portugal, tem uma população menor que a do bairro ilheense do Teotônio Vilela e conta com três grandes portos.

Em Ilhéus, um reduzido grupelho, cheio de interesses “por baixo do pano”, combate com ferocidade o Complexo Intermodal Porto Sul e o Terminal de Uso Privativo da Bamin. A turma tenta propagar que a infraestrutura do complexo será incompatível com o turismo e destruirá o meio ambiente. A visão é obtusa e míope, a postura é arrogante e egoísta.

Essa turma tem entre suas maiores protagonistas uma senhora que cultivava ligações bastante próximas com hoteleiros ingleses cuja área foi desapropriada pelo Governo da Bahia para a instalação do Complexo. Seus interesses, disfarçados de defesa do meio ambiente, passam por essas e outras questões, que depõem contra a seriedade do falso movimento ambientalista.

Diante de tamanha insensatez e egoísmo de quem sobrepõe mesquinhos interesses a um projeto que trará desenvolvimento para a nossa região, resta-nos um grito: Socorro!

Aldicemiro Duarte (Mirinho) é coordenador do Coeso (Comitê de Entidades Sociais em Defesa dos Interesses de Ilhéus e Região).

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  1. Aldicemiro Duarte (Mirinho).
    Moramos num país democrático, portanto não queira unanimidade, seria “burra” como disse Nelson Rodrigues, portanto considerar insensato um grupo que voce qualifica como “grupelho” não coloca o debate num nível razoável, eles tem sim o direito constitucional de duvidar que a obra trará os ganhos tão propagandeado, cabe ao governo do estado provar que sim. O estado brasileiro dispõe de um órgão legalmente constituído que tem como obrigação preservar o meio ambiente, caso o IBAMA entenda como possível mitigar os efeitos da obra, porque claro que terá, ela libera, caso contrario ela não libera, isto é o que a sociedade brasileira entende como legal, se voce não concorda, então proponha mudar a lei, é assim que funciona. Caso contrario estaríamos vivendo numa ditadura e acredito que voce também não gostaria.
    Duvido que voce gostasse de ver seu município degradado,não combinaria com o cargo que voce propõe dirigir.

  2. Zelão diz: – O legítimo direito de divergir

    Quando alguém, levianamente aponta o dedo para outrem, acusando-o, deve estar preparado para assumir as consequências pelos seus atos.

    Querendo ou não o senhor Aldecemiro Duarte, cego pela sua verdade absoluta, não pode negar que o projeto intermodal, é de interesse econômico. De um lado – o defendido por Mirinho – mesmo sob a rubrica de “Projeto de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia,” mal disfarça interesses econômicos de grupos privados, onde também a mensuração do lucro é o objetivo maior.

    Por outro lado, se verdadeiras as acusações (ou insinuações) contra os que se posicionam contrários ao empreendimento – nos moldes propostos – também defendem interesses econômicos e socias, construídos sob a égide da “Preservação Social e Ambiental de Ilhéus.”

    Em respeito ao direito democrático da divergência de opiniões, mesmo em defesa de interesses econômicos, é de bom alvitre que se estabeleça perante a opinião pública, principal interessada pelo presente e futuro da nossa região.

    Negar-se o direito do contraditório, é cercear a própria democracia e o direito de escolha do povo. Acusando levianamente sem provas, é crime, e levanta a suspeita sobre quem se utiliza de “métodos acusatórios levianos,” para fazer calar os destoantes das suas “verdades absolutas, de estar “a soldo” de interesses inconfessáveis.

  3. Sou mais o trator, o avião, o trem-de-ferro. o grão, o minério, o porto, do que esse “turismo rebolador com sintoma de macumba. Isto é que nem dinheiro roubado por sacristão, cantando veem, cantando vão”.

  4. Sou mais as árvores, os animais e tudo que eles trazem de bom para nós não é o pó do minério que eu e meus filhos queremos respirar e sim o ar limpo vindo das plantas; não quero o trator e sim os animais na mais perfeita sintonia da cadeia alimentar. Nos dias de hoje vir a público fazer uma afirmação dessa é no mínimo a pessoa ser despreparada, desisteressada ou não, e porque na falar burra. O mundo pede socorro, são “tratados e mais tratados” para reduzir poluição, o tão comentado desenvolvimento sustentável.
    Por essas afirmações que nosso país anda dessa forma, com políticos fazendo pouco caso do povo que o elegeu. O nosso turismo aconteceria de uma forma mais lucrativa se o estado tivesse interesse em resolver, aí sim descentralizando os olhos de Salvador ou mesmo se o povo de Ilhéus colocasse pessoas mais preparadas para assumir a prefeitura.
    Ilhéus tem muita coisa a ser explorada pelo turismo, são praias, a mata atlântica INTACTA, a cultura e a história, resta saber aproveitar e não ir na onda do porto como se todos os problemas fossem resolvidos nele.

  5. Esse Zelão é uma besta quadrada e não sabe o que diz. De onde tirou a ideia de que um artigo como esse procura eliminar o espaço para o contraditório. Ora, meu caro, o contraditório está estabelecido faz tempo. Há os “contra” e os que são a favor do Complexo Porto Sul, por entenderem sua importância para Ilhéus e toda a região. Concordo com o Mirinho quando ele fala em arrogância desses ambientalistas de fachada, pois eles se postam como donos da verdade e tudo o que os outros dizem é fruto de “achismo”, coisa de quem não entende nada, está por fora e é desinformado. Me poupe! Nunca vi uma minoria tão chata, bossal e pedante como essa. Acordem pra vida, pois a hora de Ilhéus chegou.

  6. Zelão diz: – “A besta do apocalipse”

    Pelo que disse dona Isabela, acabo de ser nomeado como “a besta do apocalipse, – aquela que conduzirá o fim dos tempos para Ilhéus.

    Interessante é a virulência com que algumas pessoas “defendem as suas pretensas verdades,” contra os que se opuserem as mesmas.

    Ignorância absoluta é afirmar que Ilhéus, após seus mais de quatrocentos anos de história, tenha, só agora, com a implantação do Projeto Intermodal, encontrado há “sua hora” ou o seu “verdadeiro, único e ultimo caminho” na história do seu desenvolvimento e de afirmação como povo.

    Nunca antes nas terras do São Jorge dos Ilhéus, se ousou insinuar a existência da “hora marcada” com o futuro. Não foi assim, por exemplo; quando da implantação do pólo industrial, do pólo de informática e da ZPE, da ampliação e modernização do aeroporto Jorge Amado ou quiçá do desenvolvimento turístico com base nas modernas técnicas empresariais do setor.

    O “título” que me foi concedido por dona Isabela, é só mais um fruto da intolerância e porque não dizer da “beligerância,” com que alguns dos defensores do projeto intermodal, acreditam ou querem fazer crer aos outros, que defendem a salvação da humanidade, através da luta contra o “anti-Cristo.”

  7. Ilhéus tem uns sujeitos estranhos..falam de turismo, em preservação da natureza, etc. mas o que se ve atualmente? os turistas não recebem um bom atendimento e são praticamente enxotados da cidade..

    agora um projeto desta envergadura vem para a cidade e o que se vê..esse papo furado de turismo..ninguém cuida do turista!!

    então que venha o novo ciclo de desenvolvimento..ilhéus e a região so tem a ganhar!

    fora com esses eco-chatos..existe tanta empresa que exploram os recursos naturais e não são rechaçadas..

    Esses eco-chatos falam de preservação, mas não largam o seu carro que consome gasolina..a preservação deveria começar no ponto de lavra, no ponto de retirada do petroleo..

    enfim..

    que venha o desenvolvimento para a região.

  8. Sr. inteligentissimo ZELÃO, se vc fosse um empresário de visão no futuro em sã conciencia invertiria na inatalação de industrias que gerasse varios empregos e agregaria su-empreiteiros a sua empresa investindo milhões do seu rico dinheirinho em uma cidade onde não existe escoamento dos produtos preoduzidos por sua empresa. A nossa linda Ilheus não possue aeroporto, estradas e nem portos com capacidade de retirada do material produzido nesta linda terra caro amigo. E ai, o que fazer pra que possa acontecer o crescimento, Arrumar mais bois de arrasto pra retirar o produto da região, Mais jeeps pra aumentar a capacidade ou criar portos e aeroportos. Com vc a resposta? Aguardo.
    E se não tiver resposta que será o mais obvio qual a outra solução?

  9. Exatamente esse é o problema hoje aqui em nossa região.
    “não se pode falar sobre os problemas desse projeto que é logo atacado de ambientalista e que é contra o desenvolvimento.”
    Dias desses fiz comentários sobre a atuação do governador em nossa região que logo fui colocado na categoria de político(depois reclamam que o O POVO NÃO SE INTERESSA).
    lEIS ESTÃO SENDO JOGADAS DE LADO POR CONTA DO PÓ DE FERRO DA BAMIN-O NOSSO DINHEIRO ESTÁ SENDO USADO PARA FAVORECER O CAZAQUISTANEZ!!!!! nÃO PODEMOS SER A FAVOR DE OUTRO DESENVOLVIMENTO, TEM QUE SER PÓ E PRONTO!
    mE FAÇAM UMA GARAPA…

    mEU NOME É PEDRROOOOOOOOOOOO!
    E SOU A FAVOR DO VERDE E DO TURISMO(GOSTE QUEM GOSTAR)

  10. Dna geralina a cidade já tá destruida com as drogas, violencia, lixo nas ruas e falta de empprego e grande pobreza e a senhora ainda não descobriu amiga

  11. Acho muito fácil falar em ambientalismo de barriga cheia e morando num apartamento chique. É muito fácil falar “dane-se os empregos, salvem a natureza” de dentro de um carrão ou de um apartamento razoável. é fácil quando se tem vários imóveis em uma das áreas bais bonitas do país, prontos para a especulação…

    Morei nessa região a vida inteira e nunca vi tais “ambientalistas” fazerem nada! Estão matando o rio cachoeira e eles se calam. Estão destruindo o mangue há anos e ninguém diz nada. As fazendas da região desmatam à vontade e ninguém abre a boca… Agora que certos imóveis foram desapropriados e certas áreas serão desvalorizadas, os paladinos da natureza aparecem?

    Até o momento, as únicas coisas que os tais ambientalistas têm apresentado são reclamações. O movimento pode até ser legítimo, mas se assim for, seria melhor que afastassem certas pessoas suspeitas. Elas estão tirando a credibilidade do mesmo e fazendo parecer que a única motivação para os protesto é o desejo de lucro (tal como os envolvidos no projeto).

    Querem cancelar o projeto? Querem falar em turismo e natureza? Apresentem um plano realmente viável! Mostrem que a região pode crescer sem essas obras. Dêem uma alternativa a esse povo sofrido e pobre que aí vive.

    É muito fácil dizer para alguém com fome que ele não deve comer, quando você está bem alimentado.

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