A Capes rebaixou o conceito do mestrado em Cultura e Turismo da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e os 16 alunos aprovados em seleção para início das aulas neste semestre só neste semana foram informados da suspensão do curso, que acabou descredenciado pelo Ministério da Educação (MEC).
Ainda havia uma esperança de abertura da turma, mas a Uesc perdeu recursos de revisão de nota por parte da Capes. O curso de pós-graduação foi implantado em março de 2001 com a chancela da Ufba e até o ano passado tinha o status de recomendado pela Capes.
A Capes ( Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) é o órgão avaliador de cursos de mestrado e doutorado no Brasil.
O rebaixamento teria a ver com a falta de publicações científicas por parte dos professores do mestrado, conforme explicação do próprio colegiado. Dos 10 professores do curso, apenas quatro teriam obtido notas satisfatórias em relação à publicação de artigos.
Os 16 aprovados na seleção realizada ao final do semestre passado prometem acionar a Justiça. Eles lembram que, ainda em dezembro, após a divulgação da lista, a coordenação do curso despachou email afirmando que as aulas, provavelmente, começariam em junho.
A esperança deu lugar à frustração. Os aprovados foram comunicados da suspensão de novas turmas. “Os alunos protocolaram pedido de esclarecimento, por escrito, ao reitor e ao colegiado”, diz a publicitária Janete Morais, aprovada na seleção.
Janete lembra que a turma tinha casos de pessoas que deixaram emprego ou remanejaram horário de trabalho para cursar a pós em Cultura e Turismo, já que o curso exigia dedicação de 40 horas semanais.
De acordo com informações de ex-alunos, o mestrado em Cultura e Turismo entrou em dificuldades desde o momento em que perdeu a chancela da Ufba, em 2007. Imaginava-se um curso já estruturado. A avaliação da Capes mostrou que não.
Atualizado às 11h25min