Tempo de leitura: 2 minutosDaniel Thame | danielthame@hotmail.com
A onda de violência que assola o eixo Ilhéus-Itabuna, com sete assassinatos no último final de semana, além do banho de sangue que eleva o índice de homicídios à estratosfera, acaba produzindo situações, digamos, inusitadas.
Tome-se, por exemplo, um assalto a ônibus ocorrido na linha Itabuna-Barro Preto.
Assaltos a ônibus, assim como furtos, roubos e arrombamentos raramente merecem registro, diante da profusão de assassinatos. As vítimas, muitas vezes, nem se dão ao trabalho de prestar queixa. É pura perda e tempo e chateação.
Mas o assalto em questão chama a atenção pela situação em que se deu, digna de entrar para o anedotário, não fosse o fato de que a explosão da criminalidade não tem graça alguma, muito pelo contrário.
O citado ônibus seguia sua trajetória normal junto à outrora pacata Barro Preto. Num determinado ponto, entraram três rapazes. Mais outro ponto e entram mais três rapazes. Simples passageiros nessa profissão onde, como na vida, tudo é passageiro, menos o motorista e o cobrador.
(Um parêntese: em algumas linhas até o cobrador tornou-se dispensável. Sua função é acumulada pelo motorista. Isso, enquanto não inventam ônibus dirigidos por robôs).
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