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O governo municipal acionou secretários, ocupantes de 2º e 3º escalões e contratou três ônibus para lotar a Casa do Educador, durante a audiência que discutia a anulação de decreto de tombamento do prédio do Colégio Divina Providência, no centro, na tarde de hoje. A ordem é passar o rolo compressor por cima dos que defendem o prédio histórico da rua São Vicente de Paulo.

O governo constituiu uma comissão para “revogar” o tombamento e permitir que o espaço abrigue três empreendimentos comerciais: uma farmácia, uma filial das Lojas Americanas e uma loja da Silva Calçados. Para convencer a plateia, o governo informa que os empreendimentos vão gerar, juntos, 600 empregos.

A tentativa de convencimento reforça que nem sempre os prédios históricos perdem todas as suas características para abrigar empreendimentos comerciais. Bela tentativa, mas esse não será o caso de Itabuna. Dos 1.300 metros quadrados da área pouco – ou nada – seria mantido como original.

Dois detalhes pitorescos da audiência convocada a fórceps: 1) O presidente da FICC, Cyro de Mattos, defendeu a construção de uma área de 30 metros quadrados com a história do prédio e dos alunos que passaram pelo colégio; e 2) O governo encheu três ônibus com pessoas humildes arregimentadas na periferia de Itabuna para lotar a audiência. Todos somente aplaudiam e poucos eram os que ligavam para o que estava sendo discutido.

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