Levantamento do IBGE divulgado neste domingo pelo jornal O Estado de São Paulo revela que o crescimento populacional no Brasil, entre os censos demográficos de 2000 e de 2010, concentrou-se predominantemente nas cidades médias, onde houve também aumento da renda das populações.
Ilhéus, na Bahia, e a paranaense Foz do Iguaçu figuram como exceções à regra. A cidade baiana teve sua população encolhida em 17% nos dez anos que separaram as duas pesquisas demográficas. Porém, no mesmo período a renda média da população elevou-se em 49,55%. Foz do Iguaçu teve população reduzida em 0,89% e renda ampliada em 11,19%.
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Soou estranho o conteúdo da entrevista do secretário Geraldo Magela neste final de semana, quando atacou diretamente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e acusou um suposto boicote do titular da Pasta, Jorge Solla, ao município de Itabuna.
O porquê da estranheza: há mais de seis meses Magela assumiu a secretaria apontado (e vendido) como a panaceia para todos os males que afligia a saúde itabunense. Dentre os fatores levados em conta para que o homem assumisse o posto estava o fato de “ser amicíssimo e contar com ótimo trânsito na Sesab”.
O que teria mudado nesse curto espaço de tempo? Estaria mesmo a Sesab, e o seu titular Jorge Solla, promovendo boicote ao sistema de saúde pública de Itabuna?
Trata-se de Emílio de Menezes, o último boêmio, de Raimundo de Menezes, bebido (ops!) na adolescência, e que agora recuperei num sebo. Réu, confesso: precoce, lia, bebia uísque e fumava (de fumar, logo me cansei, pois odeio vícios pequenos). Pois saibam todos que o velho e bom Emílio (a voz poética mais destrutiva que já se ouviu neste País) está também num livro psicografado por Chico Xavier (Parnaso de além túmulo) e, crenças à parte, não gostei de vê-lo “recuperado”, como ali se mostra em dois sonetos. Num deles, confessa: “Sou o Emílio, distante da garrafa,/ mas que não se entristece nem se abafa,/ longe das anedotas indecentes”. Não é Emílio, é anti-Emílio.
Não resisto a esticar o assunto e fazer um comentário em torno da palavra “doutor”, de sentido hoje já desvirtuado (para não dizer desmoralizado) entre nós. Aqui, a tese aprovada por banca especializada não está entre as formas mais comuns de chegar ao título: mais fácil é obter uma licenciatura qualquer ou, na falta desta, vestir-se de branco. Bem fez famoso bacharel em Direito, de Itabuna, que, tão logo recebeu o diploma, reuniu a família e fez seu primeiro grande discurso: “A justiça, para ser boa, começa em casa; portanto, a partir de hoje, quero ser chamado de doutor”. Assim foi feito e assim é até hoje, “doutor pra lá, doutor pra cá”, com (quase) todos felizes.
O.C.
A Emasa abriu uma vala de 50 metros na praça principal do bairro Fonseca, em Itabuna, para reparos na rede de esgoto, mas não concluiu o serviço. Faz mais de 30 dias que os moradores da área convivem com o forte mau-cheiro produzido pelos dejetos e a empresa alega mil dificuldades para terminar o que começou. Até a mudança de presidente é apontada como percalço…
A população, que não tem nada a ver com tais desculpas, mas sofre com a incompetência escancarada, queixa-se de doenças causadas pela fedentina. A manicure Ofélia Santana dos Santos, ouvida pelo blog Tempo Presente, afirma que o odor se acentua à noite.
“Todo dia coloco um pano molhado debaixo da porta para não entrar o fedor, mas não tem jeito; amanheço todos os dias com forte coriza e minha família não está se alimentando direito”, reclama Ofélia, que mora no Fonseca há 38 anos.
O deputado estadual Gilberto Santana (PTN) realmente carregou o estilo militar da caserna para a atividade política. Neste sábado, 16, durante o encontro na sede do diretório do DEM em Itabuna, o parlamentar fez um discurso de comandante de tropa, endereçado ao prefeito Azevedo (também milico, mas de patente inferior). Disse, entre outras coisas, que é “parceiro” da administração municipal, mas que exige “mais respeito” do governo.
Santana não explicou exatamente como é que estão lhe faltando com respeito e deixou muita gente intrigada. O deputado tem cargos na gestão municipal, sendo o mais vistoso deles a Secretaria de Assistência Social, ocupada por sua “afilhada” Marina Silva. O que estaria faltando então ao nobre coronel?
Um observador atento da reunião afirmou o seguinte: “Santana só vai se sentir respeitado quando o Capitão Azevedo bater continência e abrir caminho para que ele dispute a eleição de 2012”.
Em tempo: no encontro deste sábado a empresária Maria Alice Pereira foi reconduzida à presidência do diretório do DEM. Estavam presentes vários caciques do partido, como o presidente da executiva estadual, José Carlos Aleluia, e o deputado federal ACM Neto.