TODOS NÓS CONHECEMOS HOMENS NO ESTOJO
“DON JUAN” TUDO PERDE POR FALAR DEMAIS
Já Um negócio fracassado nos dá um Tchekhov picaresco (lado que, penso, é pouco analisado em sua obra), num texto que nos prende logo de saída: “Estou com uma terrível vontade de chorar! – começa o narrador, passando a contar como lhe escapou das mãos, num casamento, uma pequena fortuna.“Ela é jovem, linda, vai receber de dote 30 mil rublos, tem alguma cultura, e a mim, autor, ama como uma gata”, festeja o Don Juan, por antecipação. Veste-se, perfuma-se, penteia-se, impressiona a incauta. Mas quando já tinha como seus os 30 mil rubros (mais a linda moça que os acompanharia), mete-se a falar e tudo põe a perder. É de fazer chorar. Tem bom gosto, esse Mohammad com sobrenome de grande poeta.
O CONTO LIBERTO LEVITA FEITO ASA-DELTA
SAUDADES DAS COORDENADAS ASSINDÉTICAS
MONSTRENGO QUE AGRIDE OLHOS E OUVIDOS
JULGAMENTO NÃO FINALIZA, É FINALIZADO
Melhor para todos é escancarar o sujeito, tirá-lo da sombra. Com “Tribunal finaliza julgamento de padres…” estaria tudo resolvido. Colho na grande mídia (para não fatigar os leitores) apenas cinco abonos da construção que defendo neste caso: 1) Supremo finaliza julgamento sobre Raposa Serra do Sol; 2) Elenco do Flamengo finaliza atividade física; 3) Petrobras finaliza plano de investimento; 4) MEC finaliza plano de educação com meta de 7% do PIB; 5) Supremo finaliza julgamento de Battisti. “Julgamento” não finaliza, é finalizado; sofre a ação, não a pratica; não é elemento principal, mas acessório; logo, não é sujeito, é complemento.
MPB NUM NOME SÓ: ANTÔNIO CARLOS JOBIM
BAIANA COM CESTO DE FRUTAS NA CABEÇA
ROCK BRASILEIRO É APENAS CONTRAFAÇÃO
(O.C.)
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Já há algum tempo, tenho sido testemunha de inúmeros ataques à Gramática Normativa e uma defesa fanática da Descritiva e de tudo que vá de encontro à norma, em nome de uma ideia de que “o importante é comunicar e se fazer entender”. Ora, se norma é lei, regulamentação, é óbvio que a Gramática Normativa é indispensável ao uso adequado do padrão culto da língua e para que ocorra uma comunicação efetiva.
É inconcebível um escritor que desconheça as normas da língua em que escreve, e o que dizer de alguém que fez o curso de Letras e desconhece a sintaxe? Infelizmente o que vemos é que nos cursos de formação de professores de Língua Portuguesa há um abandono do estudo das normas, e um consequente despreparo dos professores da matéria, o que acaba comprometendo em muito a formação dos nossos jovens.
Se não houver uma mudança radical na formação de professores nos cursos de Letras, proporcionando-lhes o conhecimento necessário, a tendência será vermos aberrações cada vez maiores, e o sonho brasileiro de tornarmo-nos um país desenvolvido cada vez mais distante devido ao despreparo dos nossos profissionais. Afinal de contas, quem não conhece a língua mãe, não lê bem, não escreve bem, não é capaz de desenvolver raciocínios exigidos em diversos segmentos do mercado de trabalho. Já vemos a carência de profissionais habilitados em diversas áreas sendo suprida por estrangeiros.
Seria interessante que o Universo Paralelo fosse leitura obrigatória para alunos dos cursos de Letras, Jornalismo, Comunicação. Quem sabe assim os responsáveis pelos cursos, assim como seus alunos, acordariam para a necessidade do estudo entusiasmado da nossa língua!
O império romano ao se apossar de um território, procurava destruir as bibliotecas para impor sua Língua; no Brasil, estão menosprezando o estudo formal do Português. Alguns alunos fazem chacota da professora que exige escrita pertinente com a série que estudam. Muito breve o Brasil perderá parte considerável de sua nacionalidade por causa dessa brincadeira de confundir Linguística com Gramática.
A mudança ortográfica é algo sem pé, sem cabeça. Não sei porque o Brasil tem que ter grafia similar à de Angola e de outros países sem as mesmas características brasileiras. Acham pouco o desafio que ensinar e escrever o Português, ainda inventam mais essa. Coisa sem nexo…
Comentário sobre publicação de 12 de junho de 2010.
Com mais de um ano de atraso venho me referir à postagem citada posteriormente:
…”E há muita gente na fila de espera da releitura: Bandeira, Drummond, Cecília Meireles, versos de Dinah Hoisel (foto)”, etc.
Caro Sr. Pimenta (ou seria Ousarme Citoaian ?)
No capítulo “De leituras, releituras e saudades” e no consequente “Em débito com Homero, Esopo e Marx” destaco o subtema das releituras, ressaltando:
” É permitido a alguém ler apenas uma vez”… e confesso:
li somente uma vez ‘Cem anos de solidão’, ‘Dom Casmurro’, duas vezes; mas, quanto ao ‘Grande sertão:veredas’,li (e não espero que acredite) 7 (sete!) vezes. Consecutivas.
Explico: foi um livro que explodiu como fogo de artifício na minha imaginação, pela forma única e genial, chegando a desequilibrar a minha habitual forma de me expressar. Inúmeras frases exigiam ser gravadas a ferro e fogo na minha memória estética.
O grave problema é que o livro não era meu, e, sendo emprestado, não podia grifar os trechos que me conquistaram. O fato de que a forma não obedecia a uma ordem cronológica só piorava a possibilidade de reencontrar minhas pérolas favoritas. Solução: tornar a ler…e reler; nos dias seguintes, no processo de garimpar, ler novamente …e outra vez. Até que, exausta, resolvi confiscar o livro (de meu irmão) e selecionar o que buscava. Usei grifos, registros de páginas,marcas, comentários pessoais e tudo mais que fosse necessário, tornando a edição imprestável para dividir com mais alguém. Agora, é MEU, para sempre! Quando me apaixono o limite de saturação desaparece> Assim é com a literatura e com a música. Acho tudo isto meio doido,mas é assim que funciona.
Tudo que escrevi até aqui enfoca apenas um comentário fortuito sobre um assunto secundário.
A razão primordial deste contato é afirmar minha gratidão pelo acréscimo do meu modesto e até mesmo inesperado nome em companhia de tão seleto grupo de pessoas indiscutivelmente consagradas…e ainda acompanhado de foto(!). Valha-me Deus!
Fiquei simplesmente estarrecida…pena que só tivesse encontrado o surpreendente registro na semana que se finda.
Não tenho muita intimidade com este meio de comunicação- o computador.Costumo apelidá-lo de “o monstro”, pois algumas vezes sinto-o me devorando, quando ele não obedece aos meus inseguros comandos, ou após uma peleja sem tréguas, vejo-me abatida, e ele, vencedor, ri um riso cínico,sobre os meus escombros.
Há aproximadamente três anos alimento um blog com poesias, minhas e de poetas que admiro…o que já provocou a ironia de algumas pessoas:”Você pretende conq
continuo:
“Você pretende conquistar leitores na internet usando essa forma de expressão tão em desuso?”
Pois é. Não procuro o sucesso nem a celebridade.Entretanto gostaria de ser lida ou “ouvida”. Escrevo o que acredito ser a minha verdade.E espero.
Tenho encontrado algum retorno,o que me traz alegria.
Agora lhe pergunto:leu os meus versos?Como chegou ao meu livro? Qual dos dois? Já entrou no http://www.vamoscirandar.wordpress.com ?
Qualquer resposta afirmativa me deixaria perplexa, mas feliz.
E, se por acaso, mesmo que acompanhada de ressalvas e críticas, me enviasse alguma avaliação, aí eu ficaria felicíssima. Reconheço que, conhecendo o seu grau e seus juízos condenatórios, fico amedrontada.Ainda assim os aprecio sobremaneira e me ponho ao seu dispor.
É muito pessoal o que lhe escrevo, não espero nem desejo publicação.
Tudo aqui não passa de um simples agradecimento.
Um abraço e, talvez, até breve.