Tempo de leitura: < 1 minuto

santa-maria-tragedia-6

A tragédia da madrugada deste domingo, 27, na cidade gaúcha de Santa Maria, poderia ter ocorrido em qualquer outro lugar. Situações como a falta de estrutura adequada para realizar eventos de maior porte, ausência de equipamentos básicos de segurança e de fiscalização rigorosa não são uma exclusividade do município que se tornou triste ao ver mais de 240 vidas se perderem em questão de minutos.
Para evitar que tanto sofrimento se repita, é necessário que o poder público cumpra seu papel e exija de quem promove eventos a garantia de condições adequadas, sem colocar em perigo  a vida de ninguém. O risco é elevado e a cobrança deve ser feita, não apenas sob o impacto imediato da tragédia, mas como ação permanente.
Em Salvador, uma vereadora já está cobrando mais rigor na fiscalização realizada pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom), Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros. Vale o mesmo para todas as cidades.
 

Tempo de leitura: 2 minutos

marco-lessa-festival-do-chocolateMarco Lessa | marcolessa@m21.com.br
 

É preciso compreender que um aniversário infantil é um evento. Um culto é um evento. Uma reunião num restaurante é um evento. E cada local ou evento deve requerer o suporte profissional e autorização dos órgãos competentes para acontecer ou funcionar.
 

O que tirar de lições em meio a tanta dor? Que a vida é o que realmente importa. Que a economia mais irresponsável e burra que um empresário pode ter é com segurança e planejamento.
Antes de mais nada, é importante tirar os holofotes dos eventos culturais ou musicais e repensar qualquer local que reúna um número maior de pessoas, como igrejas, restaurantes, bares, clubes, postos de gasolina, etc.
A boate onde ocorreu a tragédia poderia ter segurança e extintores. Mas fogo, material inflamável e excesso de pessoas formam uma uma bomba relógio. E desta vez estourou.
É preciso planejar e considerar todas as probabilidades, todos os riscos e, se houver algum relevante, considerar seriamente até o cancelamento do evento – reunião de pessoas em torno de um objetivo comum.
Como organizador de eventos há mais de 20 anos, sei da complexidade deste setor, que envolve, num simples show, mais de 30 fornecedores diferentes, com responsabilidades diferentes, que vão desde o local a montagem de uma enfermaria, da empresa de bebidas a montadora de estrutura como palco, etc. Quando o evento é um congresso, um festival, torna-se mais complexo ainda.
Há cerca de cinco anos, quando presidente do Convention Bureau, criei, em parceria com o Centro de Convenções de Ilhéus, uma série de reuniões entre produtores, organizadores de eventos, entidades, órgãos públicos, autoridades e sociedade civil, visando regulamentar a realização de eventos no Centro de Convenções e que gerasse um documento para a cidade. Nasceu uma cartilha inédita na Bahia, elogiada inclusive pela Secretaria de Turismo do Estado.
Precisamos retomar e ampliar essa proposta, em caráter imediato. É preciso compreender que um aniversário infantil é um evento. Um culto é um evento. Uma reunião num restaurante é um evento. E cada local ou evento deve requerer o suporte profissional e autorização dos órgãos competentes para acontecer ou funcionar.
O Festival de Verão, por exemplo, reuniu em Salvador, recentemente, mais de 100 mil pessoas e nada de grave aconteceu. Em Santa Maria, eram menos de 2 mil e 240 desapareceram precocemente.
A vida é o que realmente importa.
Marco Lessa é publicitário e presidente da Atil (Associação do Turismo de Ilhéus).

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da Agência Brasil
O abaixo-assinado de iniciativa popular que pretende tornar lei a obrigação de a União destinar 10% de suas receitas brutas ao sistema público de saúde chegou ao Fórum Social Mundial Temático (FST), que está sendo realizado em Porto Alegre. Há quase 700 mil assinaturas, um pouco menos da metade do exigido para ser aceito pela Câmara dos Deputados. Hoje, há percentual fixo para uso de dinheiro na saúde pública apenas os estados, obrigados a aplicar 12% dos impostos recolhidos, e os municípios (15%).
“Nosso objetivo é superar o principal gargalo do SUS [Sistema Único de Saúde] que é o seu subfinanciamento. O que ocorre é que o volume de recursos que é aplicado no sistema para cumprir com suas responsabilidades, que está constitucionalmente determinado, é impraticável”, disse o coordenador do Movimento Nacional em Defesa da Saúde Pública, Ronald Ferreira.
Leia mais