Tempo de leitura: 2 minutos

Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Queremos dignidade e o que temos é politicalha, política pública exercida por uma facção de canalha.

Rui Barbosa, um dos maiores juristas e políticos que o Brasil já teve, intelectual brilhante do seu tempo, disse um dia: “A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada”. Sábias e atualíssimas palavras.
Num período em que a Fé mundial tende a ser renovada com a escolha de um novo líder religioso, aqui no Brasil a nossa esperança escoa pelo ralo a cada eleição, a cada mudança de gestão. Queremos política de resultados e temos politicalha, política mesquinha de interesses pessoais, de intrigas tacanhas, de jogo com a pobreza e a miséria do povo.
Habemus politicalha, por exemplo, quando assistimos homens serem exonerados de cargos públicos por incapacidade técnica ou corrupção num dia sendo nomeados dias depois em cidades vizinhas.
Habemus politicalha quando vemos grandes obras estagnadas por governantes que se recusam a executar ideias e feitos de antecessores por serem de partidos opostos e adversários.
Habemus politicalha quando assistimos mafiosos ocupando cargos interessados apenas nas verbas atreladas à carteira e não na solução das questões a que lhe são atribuídas.
Queremos política séria, direção, organização e administração. Queremos a execução e cumprimento de regras morais, leis e costumes respeitáveis para o povo. Queremos Homens de bem e de coragem nos representando e lutando pelos nossos direitos.
Infelizmente, o que temos é uma politicalha desmedida, uma indústria de escândalos inacreditáveis, roubos excessivos e falta de vergonha na cara. Queremos dignidade e o que temos é politicalha, política pública exercida por uma facção de canalha.
Manuela Berbert é publicitária, jornalista e colunista do Diário Bahia.

18 respostas

  1. Antes de qualquer coisa o brasileiro precisa mudar a cultura do ganho fácil, dos benefícios diretos, da malandragem e entender que a coisa pública não é privada. Que estamos em uma república e não mais em uma colônia de reis e súdicos, mas de representantes e cidadãos.

  2. Manuela além de muito linda….é de uma inteligência brilhante…fala perfeita e tudo isso as claras e visível a todos que podem e que não podem fazer alguma coisa para impedir.

  3. Excelente seu texto!! uma observação para sua fala: roubos excessivos – roubos não é aceitavel em nenhuma quantidade!!!!

  4. … Os três poderes da República estão funcionando normalmente, livres e democráticos; O Judiciário, o Executivo e o Legislativo. Se tem coisa errada, malversação do dinheiro público etc., temos os MP’s estaduais e federal para acolher e apurar as denúncia. Todas as instâncias de governo de justiça vivem na mais absoluta operacionalidades democráticas. Então, de dois em dois anos o nosso povo tem a liberdade de retirar da governabilidade aquele político que a sociedade entende, ser nocivo para compor o governo do País. No mais, a democracia, obra dos gregos há milênios, continuará a imperar em terras brasileiras!

  5. Já tinha lido uns 3 artigos da senhora,virei leitor assíduo.
    Parabéns pela lucidez que a senhora nos apresenta.
    Os políticos de hoje dá nojo.
    Jairo do Nascimento
    Barro Preto-BA

  6. Zelão, diz: – Políticos ganham “nome e sobrenome”
    “A democracia não é o melhor dos regimes políticos, mas não é também o pior. A representação política de um povo depende em muito do grau de educação e maturidade política alcançada pelo povo.”
    A indignação demonstrada pela jornalista Manuela Berbert é um fator e prova de vitalidade da nossa jovem democracia: – Não se acomodar diante da leviandade dos políticos pela prática da “politicalha” é a forma democrática de o povo gritar a sua insatisfação.
    São exemplos de coragem, como essa “santa indignação” manifesta por Manuela que aprimoram a democracia, despertando nos demais cidadãos brasileiros o mais importante sentimento: -A cidadania plena.

  7. Parabéns Manuela, por essa reportagem corajosa e maravilhosa! Deus te abençoe! Espero que os políticos leiam e comecem a se espelhar na verdade que é a base da vida, da dignidade e do caráter. Leia na Bíblia: Provérbios capitulo 22.

  8. Houve uma pesquisa no Brasil para se saber de onde vinha mais a corrupção. Resultado:
    1º Lugar: Bancos;
    2º Lugar: Empresas/Empresários;
    3º Lugar: Poder Judiciário;
    4º Lugar: Poder Executivo(União, Estados e Municípios);
    5º Lugar: Poder Legislativo(Senado,Camaras Fed/Est/Municipal).
    Normalmente, o brasileiro pensa na câmara dos deputados e se esquece dos grandes esquemas dos bancos (sonegação/remessa de lucros/juros escorchantes/bancando campanhas eleitorais, etc…)
    Assim, lembramos também do povo que gosta duma facilidade e vota em bandido para político.

  9. Boa matéria, é pena que o povão não vai ler, e quem mais elege esses que foram citados são eles, por uma telha de eternite etc.

  10. Super Parabéns Manuela!! excelente texto, pertinente em suas colocações, coerente, nós até podemos não ter o poder imediato de mudar os fatos, mas nunca jamais deveremos perde a nossa capacidade de indgnação de questionamento, de externar a nossa decepção, de lutar e porque não de sonhar e dele torna-lo realidade!!! PARABSNNS!!!

  11. ESTA HE REALMENTE A REALIDADE NO BRASIL,…..
    MAS PARA MIM A GRANDE CHAGA, HE A FORMA COMO FUNCIONA O JUDICIARIO NO BRASIL ALIMENTANDO A IMPUNIDADE, E CONTRIBUINDO PARA A DEGRADACAO DO ESTADO DE DIREITO.

  12. Zelão, diz: – O voto é o alimento da democracia!
    “Sendo a democracia o “governo do povo e para o povo, o voto é a arma do povo, para fazer a verdadeira democracia.”
    Enquanto os verdadeiros homens e mulheres democratas, se esquivarem da luta pelo fortalecimento da democracia, assistiremos o triunfo da inquidade, e continuaremos elegendo os piores.

  13. Aplicável de Borogodó do Sul a Borogodó do Norte…
    Parabéns para a observação de luciano alvin, afinal quem rouba um docê, rouba um banco.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *