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Azevedo recuperou a alegria com a ajudinha do vereador do partido de Vane, o PRB.
Azevedo recuperou a alegria com a ajudinha do vereador do partido de Vane, o PRB.

O ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM), de Itabuna, abriu o coração e dá como certo que as suas contas do exercício de 2011 serão aprovadas na Câmara Municipal com, pelo menos, 14 votos. É a quantidade necessária para derrubar o relatório do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que opinou pela rejeição das contas do ex-prefeito devido a inúmeras irregularidades à frente da gestão.

A certeza da aprovação se dá pelos 30 mil motivos reais apresentados a mais de dois terços dos vereadores. Homem sensível, Azevedo quase foi às lágrimas ao ouvir cada vereador e saber que muitos deles ainda hoje têm dívidas da campanha de 2012. E, claro, precisam de apoio, consultoria, conselho…

O ex-prefeito anda mais tranquilo, aliás, com a ajudinha do vereador Pastor Francisco, homem do mesmo partido do prefeito Vane do Renascer (PRB). Francisco tem segurado, na Câmara, seu relatório sobre o projeto que acaba com o voto secreto no legislativo itabunense.

O projeto, de autoria do vereador Júnior Brandão (PT), é importante para dar transparência às votações da casa, pois permite saber como cada vereador votou. O voto secreto em Itabuna resiste, apesar do clamor popular e da pressão de entidades como a Associação Comercial e Empresarial de Itabuna.

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luizargoloComentário maldoso que rola nos bastidores da política sul-baiana dá conta do retorno do deputado federal Luiz Argôlo a Itabuna, de onde andava sumido após calote em cabos eleitorais e gente contratada para serviços como carro de som.

O retorno ocorre depois dá quitação das pendengas. Voltou robusto. Agora negocia apoios de lideranças e vereadores nas adesões ao novo partido da praça, o Solidariedade (SDD). Mas sabe como é gato escaldado: a maioria não quer nada de acordo na base do fio de bigode, pois a desconfiança em relação ao ex-PP ainda é grande. Por isso, nada para depois, justamente para evitar dissabores ou uma espera de quatro anos pelo acordado.

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Roberto estuprava e filmava atos contra as vítimas (Reprodução Blog do Anderson).
Robert filmava estupro das vítimas (Reprodução Blog do Anderson).

Acusado de série de estupros em Vitória da Conquista, Robert de Almeida Prates, de 35 anos, foi encontrado morto no Master Motel, no município do sudoeste baiano. “Robinho” era motorista do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Conquista e estava sendo procurado por uma série de estupros cometidos contra vítimas abordadas em saídas de festas. O estuprador entrou no motel na última sexta (11). Robert teria avisado à família que iria se matar.

De acordo com o Blog do Anderson, Robert foi morto com um tiro na cabeça. Investigações conduzidas pela delegada Rosilene Correira, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), apontaram que os crimes sexuais eram cometidos por Robert Prates em estradas vicinais e as vítimas, mulheres eram violentadas e os namorados eram obrigados a assistir às cenas.

– Ele filmava o ato. A maioria das abordagens aconteciam na saída de festas da cidade – disse a delegada.

A polícia ainda divulgou que Robert foi aprovado em concurso da Polícia Militar, mas não se formou por ter sido flagrado com drogas. As informações da polícia são de que na residência do funcionário do Samu foram encontrados munições, touca, câmera filmadora, cartões de garotas de programa e um HD externo.

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marco wense1Marco Wense

Tudo aquilo que a Marina não é mais, diria o jornalista Marcelo Coelho, agora não tão sobressaltado e atônito como antes, já que naquele tempo ainda se acreditava em “papai Noel”.

O jornalista Marcelo Coelho, em artigo na Folha de São Paulo, fevereiro de 2002, com o título “Tudo aquilo que o PT não é mais”, analisou o começo da derrocada ideológica do Partido dos Trabalhadores.

Na época, o PT flertava com o PL em troca de alguns minutos no horário eleitoral. O colunista dizia que “as negociações com os liberais são um caso de senilidade”. E, perplexo, perguntava: “Será que os petistas ficaram gagás?

Finaliza dizendo que “o PT buscava ser diferente, ser uma “novidade” na política brasileira: tratava-se de um partido com programa definido, com instâncias democráticas de decisão, com vocação de massas e níveis de moralidade acima da média. Podia-se concordar ou não com o PT, mas essas qualidades eram reconhecidas por todos.”

Marina, de olho no Palácio do Planalto, em uma decisão imperial, tomada em menos de 24 horas, se filia ao PSB. O PSB não é o PL, mas a condução do processo político continua o mesmo, na base do toma-lá-dá-cá sem nenhum tipo de constrangimento.

Aliados históricos estão deixando Marina e o projeto de criação da Rede Sustentabilidade, entre eles o ex-deputado federal Luciano Zica, um dos coordenadores da campanha presidencial da ambientalista em 2010.

Zica, como é mais conhecido, decepcionado, nitidamente irritado, em tom de desabafo, bracejando, disse: “Fiz papel de bobo tentando convencer possíveis aliados sobre a nova política. O PSB não tem métodos menos velhos que os outros.”

Em um eventual segundo turno, o DEM e o PSDB apoiariam Eduardo Campos contra Dilma Rousseff. No mesmo palanque, lado a lado, Marina, democratas, tucanos, toda bancada ruralista e o fundador do antigo PFL, o senhor Jorge Bornhaunsen, hoje eduardista de carteirinha.

Tudo aquilo que a Marina não é mais, diria o jornalista Marcelo Coelho, agora não tão sobressaltado e atônito como antes, já que naquele tempo ainda se acreditava em “papai Noel”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

 

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PrintA abertura da feira de exposições agropecuárias de Itabuna, a Expoita, registrou um dos maiores públicos já vistos no Parque de Exposições Antônio Setenta, ontem. Em parte, o sucesso de público é explicado com o anúncio de duas atrações de grande apelo popular: Galinha Pintadinha e o Pablo do Arrocha.

Galinha Pintadinha fazia parte do “Expo Kids”, uma inovação dos organizadores da Expoita, anunciada justamente para o Dia das Crianças. Qual nada… A atração era esperada para as 16h e subiu ao palco lá pras tantas (o relógio marcava mais de 21h). Não ficou por lá mais que quatro musiquinhas e deu no pé, gerando tensão e vaias do público.

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"Seu Madruga" foi preso neste domingo depois de escapar de ação da polícia (Foto Divulgação).
“Seu Madruga” foi preso neste domingo depois de escapar de ação da polícia (Foto Divulgação).

Policiais da Companhia Independente de Polícia Especializada (Cipe) da Mata Atlâtica, antiga Caema, prendeu neste domingo (13), por volta das 7 horas, um dos membros da maior quadrilha de furto e roubo de veículos no eixo Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Altamirando José Batista, vulgo Seu Madruga, foi preso em Caraípe, em Teixeira de Freitas, no extremo-sul da Bahia.

Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão e prisão expedidos pela Justiça no Espírito Santo. De acordo com as investigações, “Seu Madruga” era responsável por fornecer documentos e plaquetas para “esquentar” documentação de carros roubados ou furtados nestes estados.

Para o comando da Cipe Mata Atlântica, a prisão de “Seu Madruga” representa “um importante golpe na desarticulação de toda a quadrilha”. Ele havia escapado da Operação Dilúvio, executada na Bahia e Espírito Santo há menos de duas semanas.

“Seu Madruga” será recambiado para o Espírito Santos, ficando à disposição da Justiça, segundo o comando Cipe Mata Atlântica.

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Da Revista Época

Nada menos que 38 agremiações pediram à Justiça Eleitoral para ser oficializadas. Seis são partidos cristãos, outros seis têm a palavra social no nome, cinco se anunciam liberais, três são ambientalistas e dois defendem servidores públicos. Se todos forem aprovados, o número de siglas da fauna política nacional subiria dos atuais 32 para 70. 

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CÍCERO, O SENADOR QUASE SANTIFICADO

Ousarme Citoaian | ousarmecitoaian@yahoo.com.br

1CíceroVoltemos, promessa é dívida, à Roma de César, Pompeu, Brutus, Catilina, Marco Antônio e, sobretudo, de Cícero, que é nosso compromisso. Os que bebem na história “oficial” sabem que Marco Túlio Cícero, além de orador extraordinário, é cidadão romano “compassivo e culto”, “honrado e desprendido”, “dotado de princípios de dever, bondade e espírito público”, “refinado e amável”, “um dos filhos mais diletos de Roma”, “uma das mais preciosas joias do Império”, “que se recusou a viver numa tirania”, pondo-o a poucos passos da santificação. Já os revisionistas (que opõem Cícero a Júlio César) discordam desse festival de louvações.

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O patife mais desprezível da história

Entre americanos e britânicos “os ciceronianos são 95% e os cesarianos são um punhado”, diz o historiador Arthur Khan, integrante do punhado. Esses estudiosos não alinhados atribuem a Cícero uma atividade de caça às bruxas (pessoas que “ameaçavam” a aristocracia). Era “pena alugada”, como se diria mais tarde. Encontro entre os cesarianos o alemão Friedrich Engels (alma gêmea de Marx), que chamou Cícero de “o patife mais desprezível da história”. Vindo de baixo, sem a dita nobreza de origem, o orador pôs sua eloquência a serviço dos poderosos e enriqueceu no combate a qualquer ideia de democracia, pois “só os ricos devem governar”.

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3J CésarCapitalizando o medo da aristocracia

Combateu o voto secreto, por impedir aos ricos saber o que a plebe pensava. Para ele, diz o cientista político Michael Parenti, o povo era “rasteiro e imprestável”, “manada pronta para a revolução”, “bando de criminosos e degenerados”, que “participa de manifestações de massa e suga o tesouro”. Reacionário e oportunista, disputou o consulado com Catilina (lembram das Catilinárias?) e usou este para capitalizar o medo dos ricos, método político ainda vigente hoje entre nós. Cônsul, mandou executar “conspiradores” ligados a Catilina, sem julgamento. Anos depois, foi executado, também sem julgamento, a mando de Marco Antônio.

NÃO HEI DE METER A COLHER EM TAL ANGU

Literatura regional em tempo de festa
Falo da canção Eu te amo (Tom Jobim-Chico Buarque): “Se nós nas travessuras das noites eternas/ já confundimos tanto as nossas pernas/ diz com que pernas eu devo seguir…”, e “Na desordem do armário embutido/ meu paletó enlaça teu vestido/ e o meu sapato ´inda pisa no teu”. Penso ser esta uma das melhores letras românticas da MPB. Muitas vezes analisada, ganhou rasgados elogios, mas um exegeta, pelo menos, tentou azedar o tom (ai!) dos louvores: diz que se trata de um plágio de poema de Gregório de Matos. Nesse angu não hei de meter minha modesta colher de ouvinte, pois meu interesse na letra é outro.
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5CartagoGeneral modelo histórico de crueldade

O trecho “Ah, se ao te conhecer/ dei pra sonhar, /fiz tantos desvarios/ rompi com o mundo,/ queimei meus navios…” me serve de gancho para retomar aquela presença da mitologia em nossa linguagem: queimar os navios, significando uma decisão sem volta, remonta ao século IV a. C., quando um certo general Agátocles (que nome!), tido como modelo histórico de crueldade, mau, feito um pica-pau (mandou degolar os próprios filhos), levou seu exército de navio até Cartago (na foto, ruínas), e lá fez uma fogueira com as embarcações. Sem poder voltar, os soldados sabiam que o preço do fracasso era a morte. Se venceram ou morreram, não sei.

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Conquistadores não perdoavam: matavam

Próximo a nós (México, século XVI), houve um episódio parecido, quando o espanhol Fernão Cortez queimou os navios. Embora haja versões afirmando que o espanhol foi outro, Pizarro, pesquisadores confiáveis as desmentem. E tampouco Cortez queimou as embarcações, a não ser figuradamente: ele as destruiu, ao sentir que seus soldados tinham medo de embrenhar-se em território estranho. O resultado é o mesmo: sem transporte para casa, eles partiram para a jugular dos nativos. No México, no Peru e em Ilhéus (Francisco Romero), os espanhóis não brincaram de matar nativos, mataram. E a gentil leitora, se mal pergunto, já queimou os navios por alguém?

ARMSTRONG, OU COMO CANTAR SEM LETRA

7RitinhaQuem já ouviu algum vocalista de jazz sabe o que é scat, aquela forma de “cantar” sem a letra da música, o que é feito por muitos deles. Sons são emitidos, na base do dá-bá-dá-bá-dá, que exige fôlego, garganta e noção de ritmo. É o mesmo que cantar, mas sem versos. Diz a lenda, sem obter aval de nenhum pesquisador sério, que o inventor dessa coisa foi Louis Armstrong: durante uma execução, ele deixou cair o papel em que estava a letra e não se deu por achado, tirando tudo no scat (há quem diga que, anos antes, um cantor não famoso já fizera o mesmo). Segundo os críticos, o Brasil tem uma especialista em dá-bá-dá-bá-dá: a grande Leny Andrade, que, todo mundo sabe, é a cara da também grande Ritinha Dantas (foto), de sorriso aberto e franco.
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Para alguns, o scat é “indispensável”

Nem todo os intérpretes utilizam esse recurso, que certo público identifica como “indispensável”. É bom lembrar a “opinião” de duas cantoras do topo da tabela do jazz: Sarah Vaughan muito pouco se valeu do scat; Billie Holiday, simplesmente, não o usava. Ella Fizgerald (a outra das três grandes cantoras negras) e a branquela Anita O´Day foram cultoras fiéis do dá-bá-dá-bá-dá. Por mera curiosidade (tenho dúvidas se não seria preferível o canto, sem firulas, valorizando a letra), mostramos aqui a soberba Ella (Festival de Montreux, 1977), num longo scat singing de Samba de uma nota só – clara e merecida homenagem a Tom Jobim e Newton Mendonça.

O.C.